terça-feira, 16 de dezembro de 2008

RESISTE POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS






O jornalista iraquiano que lançou os sapatos a Bush é nomeado como a Personalidade do Ano





O Prémio da Personalidade do Ano é atribuído por unanimidade ao jornalista iraquiano Muntazir Az-Zaydi que pela sua coragem e o seu magnífico acto simbólico ao enfrentar Bush, o criminoso de guerra mais poderoso do mundo, conseguiu mostrar a todo o mundo que a Dignidade Humana é um alto valor que a todos deve inspirar, apesar dos criminosos governarem o nosso planeta.

A ilustração de cima é de Zack Furness, membro do website Bad Subject, enquanto a de baixo é do conhecido cartoonista brasileiro Latuff




Numa visita rápida ao Iraque por Georges W. Bush, durante uma conferência de imprensa em Bagdad, o jornalista iraquiano Muthathar al Zaidi descalçou-se e arremessou os seus dois sapatos em direcção ao Presidente dos Estados Unidos da América, e reconhecido criminoso de guerra, transformado agora em boneco de tenda de feira. Por pouco, os pobres dos sapatos não acertaram no alvo.
O corajoso jornalista ainda teve tempo, antes de ser retirado pelos gorilas ao serviço de Bush, em gritar: "This is a goodbye kiss, you dog," ( este é um beijo de adeus, seu cão).
Note-se que o arremesso de sapatos contra alguém, na cultura árabe, é uma das maiores ofensas pessoais.
Dois outros jornalistas iraquianos, presentes na sala, declararam pouco depois que a acção do seu colega revelara uma enorme coragem.

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27 DEZ Casa Viva

Sabado 20-12 22H Club Aljustrel

Grécia] Chamada aberta para unir-se à assembleia popular organizada pela Câmara Municipal libertada de Agios Dimitrios

No dia 6 de dezembro de 2008, um policial apertou o gatilho e assassinou um jovem de 15 anos. A raiva da população está crescendo apesar das tentativas dos meios de comunicação e do governo de confundir a opinião pública..
Deveria ser evidente para todos agora, que este levantamento não é só uma resposta em honra de Alexandro. Desde então, se têm falado muito sobre roubos, incêndios e saques. Para os meios de comunicação e os políticos, a violência só é entendida em termos do que perturba a ordem pública. Para nós, sem dúvida: .
Violência é trabalhar sem parar durante 40 anos e perguntar-se se poderá aposentar-te algum dia..
Violência é a Bolsa, as aposentadorias roubadas e as ações..
Violência é estar obrigado a pedir uma hipoteca que acabarás liquidando ao dobro do preço..
Violência é o direito de um patrão a despedir-te a ti e a teus companheiros quando lhe dê vontade..
Violência é o desemprego, a precariedade, os salários de 700 euros..
Violência são os "acidentes" no lugar de trabalho, porque os patrões reduzem seus custos frente à segurança de seus trabalhadores..
Violência é ter que tomar Prozak e vitaminas para poder agüentar às horas extras.
Violência é ser um imigrante, viver com medo de ser deportado em qualquer momento e experimentar uma insegurança constante.
Violência é ser dona de casa, trabalhadora e mãe ao mesmo tempo.
Violência é ser violentada sexualmente e que te digam "Sorria quando te pedimos".
A revolta dos alunos de instituto, dos estudantes, dos abandonados, dos trabalhadores temporários e dos imigrantes atravessa a normalidade. A revolta não deve parar!.
Sindicalistas, partidos políticos, padres, jornalistas e empresários estão decididos a manter a violência a que nos referimos..
Não só eles, nós também somos responsáveis pela continuação indefinida da situação descrita acima. Esta revolta tem aberto um espaço para a comunicação, onde finalmente podemos expressar-nos livremente. Decidimos, portanto, ocupar a Prefeitura de Agios Dimitrios e convocar uma assembléia popular, aberta a todos..
Um espaço aberto para o diálogo e a comunicação, para romper com o silêncio, para recuperar nossas vidas. Ocupação da Prefeitura de Agios Dimitrios - Atenas, Grécia...
.Tradução > Juvei
agência de notícias anarquistas-ana
Em câmera lentapreguiça na imbaubeirapassa a outro galho.
Anibal Beça

Concentração na embaixada da Grécia

Terça-feira, 16 de Dezembro, 19h00: Concentração de solidariedade com o movimento social grego. Junto da embaixada da Grécia, rua Alto Duque nº13, Lisboa (Belém)O movimento social na Grécia protesta contra a violência que a polícia exerce sobre os cidadãos, cujo caso mais recente foi o assassinato de um jovem de 16 anos. Mas os protestos são também contra as crescentes desigualdades sociais.Neste mundo, quase todos os gregos com menos de 25 anos sabem que pertencem ao que é chamado por todo o lado como “a geração 700 euros”, a primeira geração depois da segunda guerra mundial que cresce com a certeza que vai viver uma situação pior que a dos seus pais. Uma geração com poucas perspectivas de um futuro melhor e ainda menos esperança nesse futuro.Por isso, entre as 19h00 e as 21h00, vamo-nos concentrar contra a violência policial, pela justiça social.

20 de Dezembro- Dia Internacional de Acção- Apelo das Universidades Ocupadas de Atenas


Iniciativa de Solidariedade Anarquista“We don’t forget, we don’t forgive” - day of international action against state murders, 20.12.2008
--Apelo Internacional--Hoje (6ª-feira), a assembleia do Politécnico Ocupado de Atenas decidiu fazer uma chamada a acções de resistência, a nível europeu e mundial, em memória de todos os jovens assassinados, imigrantes e todos aqueles que estavam a lutar contra os servos do estado. Carlo Juliani; A juventude dos subúrbios franceses; Alexandros Grigoropoulos e os inúmeros outros, em todo o mundo. As nossas vidas não pertencem aos Estados nem aos seus assassinos! A memória dos irmãos e irmãs, amigos e companheiros assassinados mantém-se viva através das nossas lutas! Não nos esquecemos dos nossos irmãos e irmãs, nós não perdoamos os seus assassinos. Por favor traduzam e espalhem esta mensagem por um dia comum de acções coordenadas de resistência, no maior número de sítios possível.TV é ocupada em PátrasNa cidade de Pátras, um grupo de anarquistas ocupou durante meia hora o canal de televisão "Super B", e emitiram ao vivo um vídeo com imagens da luta na Grécia e um comunicado. Vídeo, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=J-a1jCD9sk0Manifestação e Ocupação de uma emissora de Rádio em JaniáDepois da manifestação de hoje na cidade de Janiá (Ilha de Creta), foi ocupada uma emissora de rádio, onde foi lido "ao vivo" vários textos escritos pelo espaço autogestionado dos imigrantes, o C.S.O.A "Rosa Negra", a Associação de Professores, de um coletivo de anarquistas da cidade, da Associação de Estudantes da Universidade Politécnica de Janiá e da Prefeitura Ocupada de Áyios Dimítrios.Prisioneiros apoiam a lutaMilhares de prisioneiros, nos 23 presídios da Grécia, na terça-feira passada, entraram em greve de fome (por um dia) para se solidarizar com a luta e contra o terrorismo estatal.

sábado, 13 de dezembro de 2008

7º dia de protestos na Grécia

[Debaixo de uma forte chuva, a Grécia voltou a registrar confrontos entre jovens e policiais nesta sexta-feira, no sétimo dia de protestos pelo assassinato de Alexis Grigoropoulos, 15, por um policial ocorrido no sábado passado (6), em Atenas.]...Manifestantes e policiais se envolveram em novo violento embate às portas do Parlamento grego. Jovens atacaram os policiais com coquetéis molotov, pedras e outros objetos; e os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral.No protesto desta sexta-feira, os jovens carregavam faixas com os dizeres "o Estado mata" e "o governo é culpado de homicídio".Um dos manifestantes cobriu a escultura instalada diante do Parlamento, a Tumba do Soldado Desconhecido, com uma bandeira anarquista.Segundo agencias internacionais de notícias, o prejuízo pelos danos causados nos protestos já ultrapassa 1 bilhão de euros. E conforme fontes da polícia, o principal problema, agora, é a reposição do estoque de bombas de gás lacrimogêneo, a principal arma usada contra os manifestantes. Mais de 5.000 já foram utilizadas, e a Grécia pediu reforço para as polícias de Israel e da Alemanha..Direto da Grécia, sexta-feiraCentenas de estudantes enfrentaram a polícia em vários pontos de Atenas, atirando pedras e bombas incendiárias contra uma dezena de delegacias.Em seis dos quartéis se registraram danos materiais, além de que um transeunte ficou levemente ferido por uma bomba de gás lacrimogêneo na localidade de Jalandri, próximo da capital.Nas imediações da Universidade Politécnica, as pessoas que tomavam café nos terraços, se levantaram e começaram a atirar pedras contra a polícia para que deixasse de bater nos manifestantes.As televisões gregas informaram que também têm sido produzidos atos repressivos na cidade portuária de Tesalônica. Ali, a polícia deteve 12 pessoas, a maioria menores de 14 anos, que respondiam as investidas policiais atirando frutas e pedras contra os agentes nas proximidades da Torre Blanca, no centro da cidade.A polícia lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes que se refugiaram nas instalações da Universidade de Aristotélio.Rádio ocupada Uns 80 ativistas ocuparam a emissora privada Flash Radio para ler um comunicado contra a repressão.Os meios de comunicação comerciais prosseguem em sua estratégia tentando colocar toda a culpa da revolta popular sobre as costas do primeiro ministro. Não é que não tenha grande parte de culpa (ainda que seja o mandante), mas o objetivo desta tática é para que o povo acabe lutando pela renúncia deste politiqueiro, como se isso fosse à solução de todos os problemas.Isto se torna patente quando informam sobre a ocupação da emissora Flash Radio por ativistas para ler um comunicado contra a repressão. Os meios dizem que foi "para ler um comunicado criticando a Karamanlis"..Menina de 13 anos brutalmente presaQuando a manifestação estava terminando em Atenas, os antidistúrbios atacaram na rua Korai, prendendo pelo menos quatro estudantes. Uma delas era uma menina de 13 anos; vários jornalistas próximos reagiram a brutal detenção e também foram violentamente golpeados.Horas antes, o escritório de Alexis Kougias (advogado do assassino) foi atacado.Agentes secretos em um carro com placas falsas seqüestraram dois estudantes, espancá-los e depois os deixaram em liberdade na porta de um instituto escolar de Ilioupolis.Prefeitura Auto-organizada de Áyios DimítriosNo bairro de Áyios Dimítrios, a Prefeitura segue ocupada. A noite foi realizada uma assembléia popular onde participaram mais de 300 pessoas de todas as idades. Foi falado sobre muitos assuntos de como é a auto-organização da luta, o tema da violência, as razões da explosão social, os problemas dos imigrantes, dos desocupados... de todos nós.Durante a assembléia se notou a necessidade das pessoas tomarem suas vidas em suas próprias mãos, que é uma "ocasião" de uma mudança radical... algo que há algum tempo atrás parecia impossível.O mito bem construído, por parte dos meios de comunicação, durante os últimos anos sobre grupos de hooligans encapuzados que destroçam a propriedade privada foi derrubado. Pais, avós, crianças, anarquistas... todos juntos debateram em um clima de respeito, horizontalidade e auto-organizado.Foi decidido na assembléia: a continuação da ocupação até que estejam livres e sem encargos todos os detidos; às 17:00 teatro; às 19:00 manifestação pelo bairro; após nova assembléia popular; e assembléia da Prefeitura ocupada.Atenas em rebeldia Mais de 10.000 pessoas na manifestação de hoje no centro de Atenas. As intenções da polícia eram claras quanto a impedir a realização da mani, já que antes de seu início atacaram com gás lacrimogêneo a concentração. A polícia tem atacado os manifestantes e os jornalistas que são impedidos de gravarem com suas câmaras as barbaridades policiais. Na rua Koraí a policia atacou jovens, e também professores, sindicalistas e jornalistas que tentaram proteger os jovens.No geral, é uma manifestação enorme e pacífica (por parte dos manifestantes), algo muito importante nestes momentos, já que é uma resposta muito clara ao Estado e aos meios de comunicação, que falam de provocadores e hooligans, numa tática de intoxicar a opinião pública. O povo de Pátras deu a resposta aos fascistas e aos policiais a paisana......que durante os últimos dias aterrorizavam os manifestantes e toda a cidade.Hoje mais de 5.000 pessoas saíram às ruas de Pátras manifestando-se, dando assim a melhor resposta ao terror que "cultivavam" ultimamente "fachas" junto com a polícia. Pela manhã cidadãos atacaram um policial..
Vale à pena mencionar, que a Associação de Pequenos Comerciantes fez um comunicado dizendo que não houve destruição na cidade e a única coisa que aconteceu, segundo seu presidente, em uma entrevista na TV, foi a destruição de uma vitrine, isto pelas pedras que atiravam os policiais antidistúrbios nos manifestantes..
Tradução > Juveiagência de notícias anarquistas-anaSobre o varal
A cerejeira prepara
O amanhecer
Eugénia Tabosa

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

[Grecia] URGENTE, Notícias de ataque da polícia durante o funeral de Alexandros!!!

Incrivelmente a policia atacou o funeral do jovem Alexandros ontem à tarde!!!Milhares de pessoas foram ontem ao cemitério de Faliro para se despedirem num pesado silêncio de Alexandros.Repentinamente a polícia cercou o cemitério e vários jovens juntaram-se e tiveram uma azeda troca de palavras com as forças policiais que responderam com o uso de gases químicos e cargas nas portas do cemitério!!!A cobertura do funeral estava a cargo dos mass media que usavam helicópteros...Mais de 5000 pessoas foram cercadas no cemitério!!!Durante uma hora e meia as pessoas tentaram quebrar o cerco, DIFUNDE ESTA NOTÍCIA, ELA FOI ESCRICA DENTRO DO CERCO POLÍCIAL E NÃO TEMOS TEMPO DE A ENVIAR A MAIS MEIOS INFORMATIVOS!

Ações de solidariedade na Europa com o movimento anarquista grego e o assassinato do jovem Alexandros Grigoropoulos

Ações de solidariedade na Europa com o movimento anarquista grego e o assassinato do jovem Alexandros Grigoropoulos
Londres (Reino Unido): Ocupação da embaixada grega por cerca de 30 pessoas nesta manhã de segunda-feira (8). Tiraram a bandeira grega, queimaram e hastearam uma vermelho-negra. Algumas pessoas foram presas nesse protesto.
Fotos: http://www.indymedia.org.uk/en/2008/12/414613.html
Fotos: http://london.indymedia.org.uk/articles/372
Berlin (Alemanha): Ocupação do consulado grego e manifestação de rua com centenas de ativistas no dia 7 de dezembro. Entre hoje e amanhã serão realizadas manifestações em várias cidades da Alemanha, como Berlim, Hannover, Dortmund, München, Frankfurt, Bremen e Bern.
Fotos: http://de.indymedia.org/2008/12/235071.shtml
Fotos: http://www.flickr.com/photos/kietzmann/sets/72157610874863724/
Fotos da mani em Köln: http://de.indymedia.org/2008/12/235255.shtml
Paris (França): Aconteceu hoje (8) uma manifestação em frente da embaixada grega.
Zagreb (Croácia): A embaixada grega na cidade de Zagreb foi atacada.
Chipre (Ilha no Sul da Turquia): Na cidade de Páfos, por volta de 400 estudantes se concentraram em frente à delegacia geral. Numa tentativa de ocupar a rua receberam o ataque da policia, que deteve um estudante. Em Lefkosía, a polícia prendeu dois anarquistas durante a concentração em frente à embaixada grega.
Edimburgo (Escócia): Amanhã (9) às 13:00, manifestação solidária.
Madri e Barcelona (Espanha): Manifestações em solidariedade com as revoltas na Grécia amanhã (9) e 10 de dezembro.
agência de notícias anarquistas-ana
espantalho ao ventonum campo de girassóispardais sobre os ombros
Leonilda Alfarrobinha

[Grécia] Comunicado desde a ocupação do Instituto Politécnico de Atenas

[Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.]"No sábado, 6 de dezembro de 2008, Alexandros Grigoropoulos, de 15 anos de idade, companheiro, foi assassinado a sangue frio, com uma bala no peito por um polícia na zona de Exarchia.Contrariamente às declarações dos políticos e jornalistas, que são cúmplices dos assassinatos, isto não foi um "incidente isolado", mas uma explosão da repressão estatal que, sistematicamente, e, de maneira organizada, aponta aqueles que resistem, os que se rebelam, os anarquistas e antiautoritários.É o pico do terrorismo de Estado, que se expressa com a evolução da função dos mecanismos repressivos, seu armamento ininterrupto, o aumento dos níveis de violência que utilizam; com a doutrina da "tolerância zero"; com a calúnia da propaganda dos meios de comunicação, que penaliza os que lutam contra a autoridade.São estas condições que preparam o caminho para a intensificação da repressão, tratando de extrair o consentimento social de antemão, e eles cobram as armas dos assassinos de Estado de uniforme!A violência mortal estatal contra o povo na vida social e à luta de classes têm por objetivo a submissão de todo mundo, atuando como castigo exemplar, destinado a difundir o medo.É parte do grande ataque do Estado e da patronal contra toda a sociedade, com o fim de impor as mais duras condições de exploração e opressão, para consolidar o controle e a repressão. Da escola às universidades, às cadeias com a escravidão, às centenas de trabalhadores mortos nos chamados "acidentes de trabalhos, e a pobreza que atinge um grande número da população... Desde os campos de minas nas fronteiras, os programas e os assassinatos dos imigrantes e dos refugiados, aos numerosos "suicídios" nas cadeias e delegacias de polícia... dos "tiroteios acidentais" da polícia nos bloqueios à violenta repressão das resistências locais, a democracia está mostrando os seus dentes!Desde o primeiro momento depois do assassinato de Alexandros, manifestações espontâneas e distúrbios explodiram no centro de Atenas, a Politécnica, o Conselho Econômico e as Escolas de Direito estão ocupadas e os ataques contra o Estado e objetivos capitalistas acontecem em diferentes bairros e no centro da cidade. As manifestações, os ataques e os enfrentamentos surgem em Salónica, Patras, Volos, Chania e Heraklion, em Creta, em Giannena, Komotini e muitas outras cidades. Em Atenas, na rua Patission -fora da Politécnica e da Faculdade de Economia- os embates duraram toda a noite. Na saída da Politécnica, a polícia de choque utilizou balas de plástico.Domingo, 7 de dezembro, milhares de pessoas marcharam em direção ao quartel geral da polícia em Atenas, atacando a polícia antidistúrbio. Enfrentamentos de uma tensão sem precedentes explodiram nas ruas do centro da cidade, durando até o começo da madrugada. Há muitos manifestantes feridos e numerosos detidos,Mantemos a ocupação da Escola Politécnica que começou na noite de sábado, criando um espaço para todas as pessoas que lutam para avançar e um dos focos de resistência de caráter permanente da cidade.Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.As balas dos assassinos uniformizados, as detenções e surras nos manifestantes, o gás químico arremessado pelas forças da ordem, só não podem impor o medo e o silêncio, mas, também, que são convertidos para que as pessoas tenham razão para lutar contra o terrorismo de Estado e encarar a luta pela liberdade, para abandonar o medo e para encontrar-nos -cada vez mais a cada dia- nas ruas da revolta.Deixamos que flua a fúria e os afoguemos! O terrorismo de Estado não passará!Liberação imediata de todas as pessoas presas nos acontecimentos de sábado e domingo (7 e 8 de dezembro)!Enviamos nossa solidariedade a todas as pessoas que ocupam as universidades, as que se manifestam e lutam contra o terrorismo de Estado em todo o país!Assembléia de Ocupantes da Universidade Politécnica de Atenas.
agência de notícias anarquistas-anasilêncio profundosó o respirar das floresno sopro da brisaLeonilda Alfarrobinha

Atenas, Grécia: acções por toda a Grécia após companheiro de 16 anos ser assassinado a tiro pela polícia








No sábado, 6 de Dezembro, por volta das 10h da noite, dois bófias Gregos que se encontravam a patrulhar o bairro de Exarchia, em Atenas, envolveram-se numa discussão com um grupo de jovens (outras fontes afirmam que estes jovens atacaram o carro-patrulha com paus e talvez cocktails molotov). Na sequência, um dos bófias saca da pistola e dispara três tiros, acertando num companheiro de 15/16 anos, tendo este chegado ao hospital de Evangelismos já morto.
Numa resposta imediata, milhares de pessoas juntaram-se nos centros das cidades de grande parte das cidades Gregas. Em Atenas, concentraram-se frente ao Hospital de Evangelismos, de forma a impedirem o acesso ao interior por parte da bófia. Pouco depois a polícia anti-motim atacou numa rua de Exarchia, resultando numa pessoa ser detida. A noite em Atenas evoluiu com uma assembleia espontânea na Universidade Politécnica, com uma série de motins em todo o centro de atenas, incluindo ataques contra esquadras da polícia e bancos, durante até à madrugada de domingo. Três edifícios da Universidade foram ocupados.
Concentrações, manifestações, acções directas e motins tomaram lugar em todo o país. Em Salónica, realizou-se uma enorme manifestação espontânea, tendo 2 esquadras da polícia sido atacadas, vários bancos foram incendiados e a rua Egnatia, a avenida principal, foi bloqueada durante horas por caixotes do lixo a arder. Também há relatos de acções em Yannena, Iraklio, Chania, Komotini, Mitilini, Xanthi, Serres, Sparta, Alexandroupolis e Volos.
Foram convocadas manifestações por toda a Grécia amanhâ (domingo) à tarde, começando às 13h.
Actualização de hoje (domingo):
A polícia de Atenas diz num comunicado que os insurgentes danificaram ou incendiaram 31 lojas, nove agências bancárias e 25 carros. Os veículos danificados incluem 6 carros-patrulha estacionados à porta da esquadra da polícia de Acropolis, no centro de Atenas.
24 polícias foram feridos por objectos que lhes foram atirados, um deles teve de ser hospitalizado. 6 pessoas foram detidas, 5 delas por saquearem lojas danificadas e uma por ter uma arma, dizem.
"Nunca vimos nada assim", afirmou um superior da polícia que pediu o anonimato devido ao seu envolvimento na investigação. "A tensão é de cortar à faca".

Alexandros Grigoropoulos




Foi convocada uma manifestação para hoje no centro de Atenas, e uma outra para amanhã.
retirado e traduzido de http://www.indymedia.org.uk/en/2008/12/414473.html?c=on#c208999
mais informação e actualizações em:
http://www.lahaine.org/index.php?p=34671 (em Castelhano)
http://anarcores.blogspot.com/ (em Grego)
http://cettesemaine.free.fr/spip/article.php3?id_article=1688 (em Francês)
http://www.informa-azione.info/grecia_polizia_uccide_un_giovane_durante_scontri (em Italiano)
http://www.klinamen.org/article5430.html (em Castelhano)


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

5 de Dezembro - "AS PRISÕES: um olhar de fora para dentro" - N`Associação Cultural Khapaz - Arrentela - Seixal



Debate:As prisões; um olhar de fora para dentroA prisão é um lugar de marginalização, de tortura, de desumanização. É um lugar de esquecimento, onde aqueles que nelas se encontram em reclusão são colocados para que nos esqueçamos da iniquidades desta sociedade. Os gritos que dá lá vêem são abafados pelas fortes muralhas que os abafam. Mas alguns são tão fortes que se soltam pelos ares e vêm até nós como apelos de solidariedade. São esses testemunhos que pretendemos fazerem-se ouvir para romper com o silêncio dessas muralhas. N`Associação Cultural Khapaz, dia 5 de Dezembro (sexta-feira) pelas 19hKhapaz - Associação Cultural
Rua João Martins Bandeira, nº 7 AQta. da Boa Hora
2840-372 Arrentela
Email: khapaz_kult@yahoo.com.br

O ataque a Mumbai

Os líderes indianos precisam de olhar mais para perto
O ataque terrorista a hotéis de cinco estrelas de Mumbai foi bem planeado, mas não necessitou de muita perícia logística: todos os alvos eram fáceis. O objectivo foi criar grande confusão apontando o foco sobre a Índia e sobre os seus problemas, e nisso os terroristas tiveram sucesso. A identidade do grupo encapuzado permanece um mistério.
O Deccan Mujahedeen, que reivindicou o atentado através de correio electrónico para a imprensa, é certamente um novo nome provavelmente escolhido unicamente para este acto. Mas a especulação alastra. Um responsável da marinha indiana afirmou que os atacantes (que vieram num barco, o M V Alpha) estavam ligados a piratas da Somália, fazendo supor que esta tenha sido uma vingança contra a bem sucedida acção sangrenta contra piratas, no Golfo Arábico, que provocou grandes baixas há algumas semanas atrás.
O Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh, insitiu na ideia de que os terroristas tinham origem fora do país. Os meios de comunicação indianos deram eco a esta linha de argumentos, com o Paquistão (via Lashkar-e-Taiba) e a Alcaida na lista dos suspeitos habituais.
Mas este é um pensamento construído pela imaginação política oficial da Índia. A sua função é negar que os terroristas possam ser uma variedade caseira, um produto da radicalização de jovens muçulmanos indianos que finalmente tenham desistido do sistema político autóctone. Aceitar esta visão implicava que os médicos políticos do país precisavam de se curar a eles mesmos.
A Alcaida, como a CIA esclareceu recentemente, é um grupo em declínio. Nunca chegou perto de repetir algo que vagamente se assemelhe aos ataques de 11 de Setembro.
O seu líder principal, Osama bin Laden, pode muito bem já estar morto (ele não fez a sua intervenção vídeo habitual nas eleições presidenciais norte-americanas deste ano) e o seu representante já não lança tantas ameaças e fanfarronices.
Então e o Paquistão? O exército do país está profundamente envolvido em acções na fronteira noroeste, onde o extravasar da guerra afegã desestabilizou a região. Os políticos actualmente no poder estão a fazer repetidas aberturas à Índia. O Lashkar-e-Taiba, normalmente pouco tímido em reivindicar os seus ataques, negou veementemente qualquer envolvimento nos ataques de Mumbai.
Porque é que seria tão espantoso se os perpetradores fossem eles próprios muçulmanos indianos? Não é segredo nenhum que tem havido muita revolta no seio das secções mais pobres da comunidade muçulmana contra a sistemática discriminação e contra actos de violência levados a cabo contra eles, dos quais a perseguição anti-muçulmana de 2002, na lustrosa Gujarat, foi apenas o episódio mais escandaloso e mais investigado, apoiado pelo Ministro Chefe do Estado e pelo aparelho estatal local.
Acrescentem a isto a contínua acrimónia de Caxemira que tem sofrido desde há décadas tratada como uma colónia pelas tropas indianas, com detenções, torturas e violações de habitantes da Caxemira numa rotina diária. As condições têm sido muito piores do que no Tibete, mas despertaram pouca simpatia no Ocidente, onde a defesa dos direitos humanos é altamente instrumentalizada.
Os serviços de informação indianos estão bem cientes de tudo isto e não devem encorajar as fantasias dos seus líderes políticos. É preferível aparecer e aceitar que há graves problemas dentro do seu país. Mil milhões de indianos: 80% hindus e 14% muçulmanos. Uma enorme minoria que não pode ser sujeita a limpeza étnica sem provocar um conflito mais alargado.
Nada disto justifica o terrorismo, mas devia, pelo menos, obrigar os líderes indianos a dirigirem a sua atenção para o seu próprio país e para as condições existentes. As disparidades económicas são profundas. A noção absurda de que os efeitos em cascata do capitalismo global iriam resolver a maioria dos problemas pode agora ser observada como o que sempre foi: uma parra para esconder novas formas de exploração.

O Peixe Morcego Vulcânico Cego