sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sábado, 17 Julho, 20h - Jantar vegetariano de apoio ao Centro de Cultura Libertária

Benefit para o novo julgamentoContribuição 2,5 EurosSábado, 17 de Julho, às 20h na BOESGRua das Janelas Verdes, 13, 1º Esq.Santos – LisboaAcção de despejo do CCL: novo julgamentoNo último dia 7 de Julho recebemos a resposta por parte do Tribunal da Relação de Lisboa ao recurso interposto pelo CCL relativamente à acção de despejo movida pelo seu senhorio. A decisão foi-nos favorável: anulou o primeiro julgamento e determinou a realização de um novo julgamento no Tribunal de Almada. A anulação teve por base contradições nos factos considerados provados no primeiro julgamento.Continuamos com a mesma vontade de manter o nosso espaço pelo que tentaremos preparar o melhor que pudermos a nossa defesa para o julgamento que se realizará nos próximos meses. Desta forma vamos ser obrigados a suportar novas despesas com o advogado, que vão muito para além das capacidades de um ateneu que se mantém apenas devido às contribuições dos seus sócios e amigos.Não fosse o apoio recebido por tantas pessoas que se solidarizaram contra a acção de despejo do CCL, há muito que tínhamos perdido este espaço. Devido a esta mesma ajuda, já temos a maior parte do dinheiro necessário, faltando-nos cerca de 800 euros para custear a nossa defesa legal.Centro de Cultura Libertária11 de Julho de 2010Contacto: E-mail: ateneu2000@yahoo.comCorreio: Apartado 40 / 2800-801 Almada / PortugalBlog: http://culturalibertaria.blogspot.comDados da conta bancária do CCLpara donativos:Titular: CENTRO DE CULTURA LIBERTÁRIAPara transferências em Portugal: NIB: 003501790000215493029Para transferências do estrangeiro: IBAN: PT50003501790000215493029BIC: CGDIPTPL

segunda-feira, 24 de maio de 2010


Exércitos nas ruas


Pela primeira vez na história, a maioria da população mundial vive em cidades. Grande parte desta gente vive em condições de absoluta miséria. Um em cada três habitantes citadinos vive em bairros de lata, num total de quase mil milhões de pessoas, números com tendência para duplicar até 2030. Este processo é o corolário lógico dum modelo baseado na conquista de todos os recantos do planeta para a esfera de influência do capital, nomeadamente o financeiro, que estende à escala planetária a atracção e a repulsa da mão de obra. Assim, a sobrepopulação relativa é atraída ou rejeitada, de acordo com a concentração de capital nas diversas áreas do mundo.
Nos locais onde se concentra, tenta, por todos os meios, aumentar ao máximo a sua própria rentabilidade. Quando as condições não lhe são tão favoráveis, não se inibe em zelar para que se alterem. É o que se passa neste momento, em que a folia financeira conheceu alguns limites, o que, num mundo dividido entre capital e trabalho e baseado na necessidade de crescimento eterno, só pode significar que a corda parte do lado do segundo para a manutenção da prosperidade do primeiro.
E temos, assim, por um lado, massas enormes de pessoas a deslocarem-se à mercê das “necessidades do mercado”, rompendo com as suas terras e raízes e, por outro, a pressão para que todas as protecções sociais se evaporem. De forma a que sejamos todos apenas mais um do enorme exército de escravos que as altas finanças precisam para sobreviver. A expansão terminou e só o crescimento da miséria permite fazer face à situação.
Há mais de dez anos que o Banco Mundial tornou público que sabe que as coisas se processam desta maneira: “A pobreza urbana chegará a ser o problema mais importante e politicamente mais explosivo do próximo século” (documento de trabalho do grupo de investigação Finanças e Desenvolvimento, Banco Mundial, Janeiro 2000). Também já não escondem que o sonho da “prosperidade para todos” que nos venderam se revelara falso, a acreditar nas palavras do insuspeito Joseph E. Stiglitz, ex-chief economist e senior vice president do mesmíssimo Banco Mundial: “Apesar das repetidas promessas de reduzir a pobreza feitas nos últimos dez anos do século XX, o número efectivo de pessoas que vivem na pobreza aumentou quase cem milhões” ( Joseph E. Stiglitz, La globalizzazione e i suoi oppositori, Einaudi, Torino, 2003, p. 5).
Ao invés de pensarem em alterar o modelo para inverter a tendência, os seus responsáveis decidiram, como sempre, tratar de se protegerem das consequências. À esquerda e à direita, nos “países desenvolvidos” e nos “em desenvolvimento”, a simples presença duma força de trabalho sem rendimentos mas com as mesmas necessidades básicas de todas as outras pessoas é um pesadelo vivo. O medo provocado pelas reacções destes “fora do sistema” é imenso e provoca a mesma reacção securitária. Mais polícias, mais prisões, videovigilância, produção contínua de emergências, muros, torniquetes, registo biométrico, armas neutralizantes. Eis a resposta.
Quando o quadro se alarga, a panaceia revela-se global. A Nato, no seu relatório Urban Operations in the Year 2020 (elaborado pelo grupo de estudos SAS 30 – onde participam, desde 1998, experts do Canadá, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Estados Unidos – e tornado público em 2003) reconhece que a tendência para que se produzam tensões ligadas à existência de bairros de lata e condições de pobreza “poderia crescer significativamente no futuro, conduzindo a possíveis sublevações, desordens civis e ameaças à segurança que imporão a intervenção das autoridades locais”.
O que está em jogo, então, é apenas a capacidade das forças militares administrarem situações de conflito assimétrico, onde o inimigo não é um exército regular, mas uma massa heterogénea de “irregulares”. Por outras palavras: na crescente periferia metropolitana, quanto mais o inimigo se torna interno, mais impossível se torna enfrentá-lo com os métodos tradicionais dos bombardeamentos e da destruição integral das cidades, uma vez que o bairro de lata fica mesmo ao lado do condomínio fechado que se pretende proteger.
É um passo lógico nesta guerra civil global que se vai desenrolando e adaptando às características de cada terreno particular. A realidade europeia não se pode comparar à do Afeganistão, Iraque ou Haiti, mas tomemos o exemplo de L'Áquila, cidade italiana vítima dum terramoto devastador, em 2009, para se ver que não estamos, afinal, assim tão distantes. Depois do sismo, a máquina militar entrou rapidamente em acção, ocupando o território e experimentando técnicas de guetização da população em campos de refugiados fechadíssimos, com regras internas tão severas como absurdas. Não era permitido cozinhar, nem utilizar a internet ou consumir excitantes (café, vinho, chocolates), nem reunir-se para debater. As pessoas foram transformadas em escravos de laboratório, depois de despojadas de tudo pela força da natureza e pelas más construções com origem na ganância dos construtores, os mesmos que, agora, lucram com a reconstrução. O Terceiro Mundo, como coisa distante, deixou de existir. O Terceiro Mundo é aqui.
Para os mais descrentes, recomenda-se a leitura do Anexo E do relatório Urban Operations in the Year 2020, onde se simula uma operação da Nato num teatro de operações no qual as “cidades de interesse estratégico” não são Teerão nem Cabul mas as francesas Rouen, Le Havre, Evreux e Dieppe.
O inimigo é cada vez menos um exército convencional e cada vez mais uma entidade informal de guerrilheiros urbanos, massas completamente desapossadas, formações “terroristas” e também grupos menos organizados como os que emergem em situações insurreccionais. O controlo preventivo e a repressão de sublevações ou insurreições serão cada vez mais uma prerrogativa dos exércitos, que passará a ter funções de verdadeira polícia territorial, ao mesmo tempo que esta se militariza.
É este o quadro de fundo da teoria do estado de guerra permanente que se tem vindo a definir nos últimos vinte anos, uma teoria que parece feita especificamente para levar a cabo uma guerra global de baixa intensidade contra as franjas mais desesperadas da humanidade, a ter lugar nas periferias esfomeadas, independentemente de onde se situem. É esta a base que sustém o novo conceito estratégico da Nato, que será assinado em Novembro, na cimeira da Aliança Atlântica que se realizará em Lisboa. Atente-se a duas citações do documento Análises e recomendações do grupo de experts sobre um novo conceito estratégico para a Nato:Dado o carácter de mudança e de crescente variedade de perigos para os estados membros, os Aliados deveriam fazer um uso mais criativo e regular das consultas autorizadas pelo artigo 4 (o Artigo 4 diz que os aliados se devem consultar “quando, na opinião de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de alguma das Partes está ameaçada”)eO conceito estratégico deverá incluir uma declaração clara de prioridades de defesa. Estas começam com a capacidade de defender o território da Aliança, mas incluem a capacidade de levar a cabo missões exigentes a uma distância estratégica, ajudar a moldar a paisagem de segurança internacional, e responder a contingências imprevistas quando e onde for necessário. O Nível de Ambição (Level of Ambition ) oficial da Nato foi criado em 2006; não há necessidade de modificar esse enquadramento, apesar da definição da missão poder ser alargada de forma a incluir novas exigências para a segurança interna.
“Uma das armas do capital consiste no facto da população, proletariado incluído, não imaginar até onde o Estado avançará com a guerra civil”, escrevia Jean Barrot no distante ano de 1972. A tomada de consciência do nível a que o Estado está disposto a chegar com a guerra civil, consciência que ilumina os olhos dos putos palestinianos que atiram pedras ao tanque ocupante e que incendeia as ruas gregas, continua a faltar por aqui, adormecidos que andamos pelo sonho do “agora é que vai ser” e acomodados pela moral do “esperemos que não me toque a mim”.Retirado de: Indymedia Portugal

terça-feira, 18 de maio de 2010

FEIRA do LIVRO: Progama e alteração do Local

A Feira do Livro Anarquista mudou de espaço e vai-se realizar na BOESGBiblioteca dos Operários ou Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade GlobalizadaRua das Janelas Verdes, 13-1ºesq.Santos

segunda-feira, 26 de abril de 2010

[Lisboa] Em relação à alteração de local do Imune Fest

Todos temos os nossos objectivos. Seja viver uma vida pacífica com um dia-a-dia estável, seja contestar os valores da nossa sociedade com vista a empurrar o nosso mundo numa direcção mais positiva e justa.
Para todos vós as nossas existências estão ameaçadas. A vida como a conhecemos só tende a piorar. O Tratado de Lisboa permite o uso da pena de morte na Europa contra actos daqueles que se preocupam com um futuro melhor, uma policia global foi criada a revelia do publico com o objectivo de, sem responder às leis que votámos, estrangular as vozes de quem não se vê satisfeito com o estado da nossa sociedade.
Agora no dia 24 de Abril de 2010, 36 anos depois do 25 de Abril, a polícia impede a concretização de um concerto organizado pelos jovens que constituem o futuro do nosso planeta. De uma forma intransigente cancelam uma organização independente, sem fins lucrativos com o objectivo de promover a cultura e a interacção de todos nós.
36 anos depois de se celebrar a liberdade de expressão e o fim da ditadura calam as nossas vozes com argumentos politico-ideológicos. Aquilo que é o mais básico da dita liberdade de expressão é o argumento utilizado pelas forças do estado para nos impedirem de vivermos a nossa vida.
Não queremos um estado militarista que, recorrendo ao poder, nos abafa e força-nos a viver uma vida que não queremos, que nos impede de fazer o que queremos.
Que o 25 de Abril de 2010 não seja mais uma celebração dos anos passados mas sim uma ponte para um mundo mais justo, feitos para as pessoas e não para os interesses egoístas dum governo corrupto e distante do povo.
Porque por mais que tentem somos ainda imunes ao dinheiro que gere este planeta, somos imunes ao vosso egocentrismo, somos imunes ao vosso ódio.

Tratado Mortal (de Lisboa)

Vaclav Klaus, Presidente da República Checa, não escondeu a sua incomodidade quando há três dias em Praga, numa conferência de imprensa, foi questionado acerca do Tratado de Lisboa, mas apesar disso comentou que"... é um problema aplicar tudo o que foi aprovado." e portanto "o défice democrático não diminuiu na Europa. Pelo contrário".
O que Vaclav não diz e com o qual todos e todas temos necessidade de nos confrontar, é que o Tratado de Lisboa, extingue as nações (mas não o Estado), rouba-nos a identidade cultural e a liberdade, e em troca oferece-nos a escravatura e a Pena de Morte. Porque retirava completamente poder legislativo aos diversos países, porque nos roubava a identidade, porque nos limitava extraordinariamente as liberdades e garantias, porque nos escravizava num mercado de trabalho totalmente desregulamentado já muitos se tinham apercebido...mas a pena de morte?Vejamos:Do Tratado de Lisboa faz parte a Carta dos Direitos Fundamentais, cujo Artigo 2- Direito à Vida, articula: "Ninguém pode ser condenado à morte ou executado".Só que nos "Apontamentos à Carta dos Direitos Fundamentais", no final da Versão de 2007, no "Jornal Oficial da União Europeia", afirma-se que as disposições do Artigo 2, são as pré-citadas da Carta Europeia de Direitos Humanos, e do Protocolo adicional, que postulam excepções.Assim sendo, e nos termos da dita legislação, a morte é permitida:1.a) Para assegurar a defesa de qualquer pessoa contra a violência ilegal.b) Para efectar uma detenção regular ou para impedir a fuga de uma pessoa detida regularmentec) Para REPRIMIR CONFORME A LEI UM TUMULTO, OU UMA INSURREIÇÃO.
2.Um Estado pode PREVER NA SUA LEGISLAÇÃO, A PENA DE MORTE PARA ACTOS PRATICADOS EM TEMPO DE GUERRA OU EM PERIGO IMINENTE DE GUERRA.
O Tratado de Lisboa, foi aprovado à revelia dos portugueses, e a pressa na sua aprovação e a introdução destas cláusulas advém do facto da crise económica mundial não ter solução previsível. Temendo-se tumultos, institui-se a pena de Morte.
Aos povos, é dado o direito de serem mortos nas ruas, ao manifestarem-se por terem fome ou de serem mandados executar por um Tribunal se ousarem levantar a voz para apoiar os primeiros.
E a esta barbárie, foi dado, num toque de suprema perversidade, o nome de Lisboa.Lisboa, a capital do primeiro país a abolir a pena de morte...
Retirado de: Indymedia PT

sexta-feira, 16 de abril de 2010
















A Plataforma Transgénicos Fora convoca a população a manifestar-se, no dia 17 de Abril a partir das 15h na Praça do Rossio, em Lisboa, contra a proposta de introdução de arroz transgénico na União Europeia. A concentração pretende mostrar que os cidadãos portugueses não querem arroz transgénico produzido e consumido em Portugal. No Porto, a concentração será à mesma hora, na Praça da Liberdade.
Um dos objectivos da Manifesta!, no próximo sábado, é denunciar a tentativa da Bayer de introduzir em Portugal a produção de arroz transgénico para consumo humano. O Governo português ainda não tomou posição, mas se disser sim à Bayer, conforme se teme, será um pequeno passo para todo o arroz português ficar contaminado. Portugal é o país da Europa que mais come arroz per capita. Este cereal representa um pilar central na nossa alimentação e cultura gastronómica.
Os transgénicos ameaçam a nossa saúde e o meio ambiente. Contaminam outros cultivos e destroem a agricultura familiar, agravando a fome no mundo. A coexistência não é possível. Somos consumidores/as e agricultores/as e temos o direito e a responsabilidade de conhecer e decidir como e onde se produzem os nossos alimentos. Alguns dos perigos destes cultivos para o meio ambiente e para a agricultura são o aumento do uso de tóxicos (pesticidas e herbicidas) na agricultura, a contaminação genética, a contaminação do solo, a perda de biodiversidade, o desenvolvimento de resistências em insectos ou os efeitos não desejados noutros organismos. Os efeitos sobre os ecossistemas são irreversíveis e imprevisíveis.
Os transgénicos reforçam o controlo da alimentação mundial por parte de meia dúzia de empresas multinacionais. Os países que adoptaram massivamente o cultivo de transgénicos são agora exemplos crassos de uma agricultura não sustentável. Na Argentina, por exemplo, a entrada massiva de soja transgénica exacerbou a crise da agricultura com um alarmante aumento da destruição dos seus bosques primários, o deslocamento de camponeses e trabalhadores rurais, um aumento do uso de herbicidas e uma grave substituição da produção de alimentos para consumo local.
A solução para a fome e desnutrição passa pelo desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e justas, pelo acesso aos alimentos e emprego de técnicas de agricultura ecológicas. A indústria dos transgénicos utiliza o seu poder comercial e influencia a política para desviar os recursos financeiros que requerem as verdadeiras soluções.
A Manifesta! - que inclui banca informativa, jogos, música e um enorme arroz doce biológico para partilhar :) - integra-se num dia internacional de acção contra os transgénicos, focando-se no actual problema da tentativa de introdução de arroz transgénico em Portugal.
A Manifesta! assinala também o Dia da Luta Camponesa, em memória de 19 camponeses assassinados pela polícia brasileira, durante uma manifestação do Movimento dos Sem Terra, no 17 de Abril de 1996.
http://www.stopogm.net
Mais
Folheto Informativo (pdf)

terça-feira, 13 de abril de 2010







terça-feira, 6 de abril de 2010





























Taxa de suicídios é 15 vezes mais alta na prisão

Detido há sete meses no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), L. tinha recebido uma única visita, de um irmão. De nacionalidade francesa, o jovem de cerca de 30 anos estava afastado da família e fechado num círculo de solidão. Sábado foi encontrado morto na cela. É mais um caso nas estatísticas dos suicídios nas cadeias portuguesas, que apresentam uma taxa de frequência 15 vezes superior à da população em geral.O número de casos duplicou no ano passado. Até Novembro tinha havido 16 suicídios, quando em todo o ano de 2008 houve apenas sete. Os dados finais não constam do Relatório Nacional de Segurança Interna - apesar de haver um capítulo dedicado aos serviços prisionais. O Ministério da Justiça e a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais também não forneceram estatísticas actualizadas, apesar de durante três dias terem prometido responder às questões do i.À semelhança do que acontece na maioria das situações, L. suicidou-se por enforcamento. "Não houve qualquer falha de segurança. Quando um detido quer suicidar-se, qualquer objecto serve, como um lençol", sublinha fonte do Estabelecimento Prisional de Lisboa. As regras de segurança obrigam a recolher cintos e outras peças perigosas, mas as revistas a reclusos e familiares não impedem que objectos proibidos entrem constantemente nos estabelecimentos. Basta olhar para as apreensões feitas em 2009: 5,8 quilos de haxixe, 73 armas brancas artesanais, 40 seringas e 70 agulhas.A prevenção, num ambiente complexo como é o prisional, é difícil e cara, reconhece António Pedro Dores, da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED). Os problemas de saúde mental têm "elevada prevalência" nas cadeias e o acompanhamento próximo de casos de risco "exige muitos recursos" e formação do pessoal. Além de que a prioridade número um é a segurança: "A pressão política e social é essa."Em Novembro do ano passado, perante o aumento de casos de suicídio e a alarmante concentração de sete numa única prisão, a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais anunciou o lançamento de um projecto de prevenção em Custóias (Porto). Cinco meses depois, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional queixa-se que pouco foi feito. "Tirando uma reunião, uma espécie de palestra em Custóias, que eu tenha conhecimento não houve evolução nenhuma", afirma o dirigente Jorge Alves.Dívidas e gangues O tráfico de droga é apontado como uma das principais razões do suicídio nas cadeias. Dívidas e medo de represálias, assim como lutas entre gangues, deixam por vezes reclusos encurralados. A ACED recebe com frequência cartas e denúncias de familiares, mas António Dores lamenta que os pedidos de ajuda cheguem quase sempre "demasiado tarde".Nem sempre é preciso procurar causas externas às circunstâncias de isolamento, que propiciam depressões e falta de auto-estima. "Os problemas mentais são antigos nas prisões portuguesas, mas nenhuma reforma foi feita", critica o dirigente associativo. Além do avultado investimento necessário, António Dores considera que também em termos sociais o problema não é considerado relevante. "Sendo a prisão uma punição, as pessoas parecem encarar o suicídio como um risco normal."Uma fonte próxima do recluso francês critica a falta de actividades e o grande isolamento a que estava sujeito, alegando que foi impedido de receber visitas de familiares não directos. Jorge Alves, presidente do sindicato, afirma que o jovem não tinha restrições de visitas. "Estava impedido apenas pela circunstância de estar longe da família."Um em cada cinco presos não tem nacionalidade portuguesa. A 31 de Dezembro estavam no sistema 2263 estrangeiros, dos quais 39 franceses. Sempre que há um suicídio é instaurado um processo de inquérito, conduzido pelo Serviço de Auditoria e Inspecção. Pode também ser necessária investigação criminal, se houver indícios de homicídio. Em 2006, dois casos inicialmente tidos como suicídios, no Linhó, acabaram por revelar-se crimes por estrangulamento. A Polícia Judiciária identificou o suspeito, que cumpria pena por homicídio.in Jornal I

[Portugal] Motim na prisão de Coimbra

"No Estabelecimento Prisional de Coimbra vive-se um motim desde as 10:00. Os reclusos protestam pela qualidade da alimentação e alegada falta de cuidados médicos, disse uma fonte à Lusa. À TVI, outra fonte refere um motivo diferente para a revolta: o facto de um dos presos com autorização para uma saída precária nesta Páscoa ter sido impedido em cima da hora de a gozar. Situação está sob controlo, garante Ministério da Justiça.Segundo avançam a TVI e o Diário IOL, desde a manhã que os guardas estão com problemas para controlar os presos e espera-se pela chegada da polícia de intervenção. Já há registo de guardas apedrejados. À porta da prisão estão três dezenas de familiares de reclusos que, devido ao motim, não podem fazer visitas.À Lusa, fontes prisionais disseram que os reclusos recusaram entrar nas celas após o almoço em protesto pela qualidade da alimentação e alegada falta de cuidados médicos.Fonte do Ministério da Justiça confirmou à agência Lusa que "alguns indivíduos recusaram-se a entrar nas celas depois do almoço, mas a situação está sob controlo".Fonte prisional disse à Lusa que uma equipa do corpo de intervenção dos Serviços Prisionais, composta por 18 elementos, saiu de Lisboa em direcção ao Estabelecimento Prisional de Coimbra, o que não foi confirmado pela fonte oficial do Ministério da Justiça.Uma outra fonte prisional explicou que os reclusos protestam contra a falta de qualidade da alimentação e dos cuidados médicos que são prestados no Estabelecimento Prisional de Coimbra.O caso já foi objecto de uma exposição à Provedoria de Justiça no passado, mas a situação não foi até agora alterada, acrescentou a mesma fonte."in Diário de Notícias, http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1534748&seccao=CentroEDIT: Segundo se pode ler na actualização desta notícia já terminou o motim com o saldo de pelo menos um ferido. De qualquer modo não há muitos pormenores.

terça-feira, 30 de março de 2010




Marcha-Protesto do Próximo dia 10 de Abril, Sábado


Por Favor Esteja Na Marcha-Protesto do Próximo dia 10 de Abril, Sábado
A Sua Presença É Fundamental e Insubstituível
A ANIMAL volta a convidar todas/os as/os defensoras/es dos animais (Cidadãs/ãos comuns e Grupos de Protecção dos Animais) a comparecerem neste dia, pelas 14h, no Campo Pequeno, local onde se concentrarão os manifestantes, e de onde sairão, em marcha, pelas 15h30m, em direcção ao Parlamento.Dadas as recentes notícias relativas à promoção das touradas pelo Governo Português, esta manifestação tem um especial ângulo anti-touradas, contudo, não será *somente* anti-touradas; Será uma tomada de posição em defesa de todos os animais!
A convite da ANIMAL estarão presentes várias organizações internacionais suas parceiras
Todas as pessoas são encorajadas a trazerem os seus próprios materiais (cartazes e faixas, etc.), se assim o quiserem fazer, desde que estes não incluam ofensas
Por favor Não traga Animais Para o Protesto; não é o local indicado para elas/eles estarem, considerando as variáveis que um evento deste tipo pode propiciar
Este evento vem no seguimento do trabalho em Defesa dos Direitos dos Animais que a ANIMAL tem desenvolvido, e deve decorrer dentro da mesma linha de acção e comunicação desta Organização: De Forma Firme, mas Sempre Pacífica, e Dentro dos Termos da Lei
Relembramos que teremos autocarros disponíveis (gratuitos) para trazer activistas do sul e do norte do país, mediante prévia inscrição.
(A Passagem em Aveiro acaba de ser acrescentada).
Por favor queira garantir o seu lugar, enviando um e-mail para rita.silva@animal.org.pt com o seu nome, número de telefone e local de embarque (dos abaixo referidos):
Autocarro 1 Porto – Aveiro – Lisboa – Aveiro – Porto
Autocarro 2 Portimão – Faro – Lisboa – Faro – PortimãoNota: a informação relativa aos horários e localização dos autocarros será, posteriormente, enviada para as/os inscritas/os
Por Favor Partilhe Esta Mensagem Com Todos Os Seus Contactos

quarta-feira, 24 de março de 2010

O que é hoje afinal o "CCA Gonçalves Correia"?

Por ocasião do lançamento do novo número da Alambique achamos que deviamos, junto de tod@s, frisar dois aspectos essenciais para que este nosso "projecto" seja devidamente situado e as coisas postas preto no branco tal como são.Não existe hoje em Aljustrel um Espaço Anarquista.Ou seja um espaço fisico devidamente identificado como um Centro de Cultura Anarquista. Apesar de por nós alertado desde o inicio (ver primeiro post deste blog em Agosto de 2006) o chamado CCA Gonçalves Correia desenvolveu-se como projecto de actividades (no seguimento do projecto que comportava a designação de CCA vindo desde 2003 de Ferreira do Alentejo) num espaço pré-existente que é o Club Aljustrelense. Uma coisa foi sempre o Club, outra distinta o CCA. Dada porém a intensa actvidade desenvolvida desde 2006 a 2008 pelo CCA dentro do Club, as duas coisas normalmente passaram como uma só. E como já haviamos dito há um ano atrás (editorial do Alambique 2) fomos por isso mesmo ultrapassados pela designação de Centro de Cultura Anarquista e tudo o que ela comporta. E se durante esse período essa associação do projecto fez algum sentido em ser vista como um Espaço, por via da nossa mais ou menos regular actividade e interacção desenvolvida no Club, já desde finais de 2009 que o mesmo já não faz sentido. O nosso afastamento ao local como espaço fisico e a perca de laços com os restantes frequentadores do Club, dita com toda a honestidade que a designação de "Espaço" ao CCA lhe seja retirada.Repetindo o que já antes dissemos: (...) não pretendemos minimizar o que foi sendo feito, e muito menos a presença de um local em Aljustrel (e sobretudo o que este proporciona), mas na verdade por muito mais que tod@s o desejássemos, este espaço nunca se concretizou ele mesmo, e por si, num Centro de Cultura Anarquista (...)Esta desagradável constatação (mas como sabemos não uma novidade) não significa que tenha deixado de haver no Baixo Alentejo (a geografia lata adequa-se melhor) um "projecto" anarquista. Por isso continuamos e queremos continuar como um colectivo que se constroi em torno da reunião de distintos individuos e cuja dinâmica ditará o que vier e nos convier. Para lá da Alambique pretendemos surgir com actvidades e ideias em distintos pontos na nossa envolvência, dos quais o Club Aljustrelense será apenas um possível ponto de encontro do qual apenas fazemos votos que permaneça como espaço possível de actvidades, como o é de concertos.

www.goncalvescorreia.blogspot.com

segunda-feira, 22 de março de 2010







27de Março, benefit António Ferreira, COSA, Setúbal

Noite dedicada aos que têm problemas com a lei!
Jantarada (sugerimos uma contribuição de 3€ e oferecemos o cd)+Projecção de documentários+Lançamento de cd compilatório+Rifas+Cafeta solidária!
No sábado, 27 de Março, a partir das 20hOs lucros destinam-se à defesa legal do António Ferreira
Na Casa Ocupada de Setúbal AutogestionadaRua Latino Coelho, nº2Bairro Salgado
SETÚBAL(perto da estação de autocarros)

O Peixe Morcego Vulcânico Cego