quarta-feira, 29 de outubro de 2008
AJUDE A SALVAR O CAGARRO
O cagarro, de nome científico Calonectris diomedea borealis, é uma ave marinha que passa grande parte do ano no alto mar e vem a terra, entre Março e Outubro, para nidificar.No fim de Outubro, os cagarros jovens, que já atingiram o tamanho e a plumagem dos adultos, são abandonados, nos ninhos, pelos progenitores. Movidos pela fome, aventuram-se ao primeiro voo, enfrentando vários perigos. Esta ave orienta-se aparentemente pelas estrelas e são atraídas e encandeadas pelas luzes das povoações e automóveis. Assim sendo, muitos morrem por colisão ou atropelamento. O que pode fazer?☺ Se encontrar durante o dia cagarros nas estradas ou povoações, coloque cada um numa caixa e liberte-os junto ao mar;☺ Se o encontrar durante a noite, não tente alimentá-los e devolva-os ao mar apenas na manhã seguinte.ATENÇÃO: Aconselha-se a protecção das mãos (por exemplo com uma peça de vestuário), pois a ave, desconhecendo as suas intenções e ao tentar proteger-se, poderá defender-se com o bico.Caso tenha dúvidas clique aqui ou mande um mail para soscagarro@gmail.com
Empresa FIDAR - Gondar/ Guimarães - Um caso de resistência ...
Na última sexta-feira, dia 17 de Outubro, os trabalhadores da empresa FIDAR puderam libertar alguma carga humana de frente das instalações desta mesma empresa, após dois meses e meio de protestos continuados, dia e noite, nesse local.A decisão de levar a cabo a insolvência da empresa por parte do tribunal na quarta-feira anterior, 15 de Outubro, foi a garantia que os trabalhadores, assim como, os restentes credores da empresa iram receber as respectivas indeminizações. Claro está que será impossivel quantificar os anos de dedicação destes trabalhadores, grande parte com mais de trinta e cinco de casa, tal como, uma vida subjugada à miséria do trabalho capitalista.Após situações de total desrespeito para com os trabalhadores, quer pela administração da FIDAR, quer por parte da GNR, que deu cobertura a essa administração ao insultar e intimidar os trabalhadores, o tribunal de Guimarães decide convocar uma Assembleia de Credores para 27 de Novembro, com o objectivo de canalizar toda a receita em máquinas e matéria – prima restantes dentro das instalações da fábrica, aos credores da ex- FIDAR e actual INCOTEX. O mesmo corpo de intervenção da GNR que anteriormente compactua com o patronato e contra o tribunal de Guimarães, ao evitar que seja sugeito, o patrão da FIDAR, a dada altura, uma verificação da viatura pessoal , como modo de certificação que não transportaria consigo património da fiação. Ao contrário do que outros media afirmam, os trabalhadores continuam a ter que vigiar as instalações da fábrica, uma vez que, tendo esta sido vendida à empresa Incotex, não é possivel impedir quem venha em nome desta última empresa de entrar na fábrica e essa situação poderá dar origem a desvios de património e mesmo estratagemas por parte do patrão para fazer sair informação e bens da FIDAR. Assim sendo, os trabalhadores, em grupos mais reduzidos, continuam a ter que salvaguardar o que lhes pertende dia e noite, substituindo-se à empresa de segurança contratada pelo patrão, quer à GNR que já demonstrou não ser de confiança. .
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Trabalho do Colectivo Anarquista Hipátia - Porto
[Suécia] Activistas suecos sabotam armamentos com destino aos Estados Unidos
[Vinte lançadores anti-tanque Carl Gustaf foram danificados nestaquarta-feira (16 de outubro) quando cinco ativistas do grupo pacifistaOFOG/Avrusta se infiltraram em várias fábricas armamentistas na Suécia.Todos foram presos, três liberados na sexta-feira (18), enquadrados por"crime e invasão de área de segurança nacional" e irão a julgamento. Dois
ainda permanecem na cadeia]Em duas ações não violentas simultâneas, quatro ativistas suecos romperamcom marteladas e brocas armamentos destinados para exportação aos EstadosUnidos, Reino Unido e a Índia, entre outros lugares. As fábricas são depropriedade da BAE British Aerospace Systems e SAAB Bofors Dynamics.Dois ativistas entraram na unidade de produção de SAAB Bofors Dynamics emEskilstuna, próximo de Estocolmo, às 00:30 horas da quarta-feira. Romperamà marteladas e destruíram 20 lançadores Carl Gustaf, uma das armas maisusadas no mundo, antes que eles mesmos avisassem a polícia de sua presençano interior do estabelecimento, supostamente de alta segurança.Ao mesmo tempo, outros dois ativistas entraram na planta da BAE BristishAerospace Systems em Karlskoga, na parte ocidental do país. Às 2:36 horasda madrugada, forçaram a porta de um edifício de montagem e continuaramdanificando componentes dos sistemas de artilharia Howitzer 77 e Archer,usados na Índia e Iraque.Cartazes foram fixados nas fábricas, com a frase: "Nesta fábrica sãofeitas armas que são usadas para empreender guerras - Desarmamento Já!"."Quando um governo apóia uma guerra ilegal e vende armas a ditaduras, é omomento para que os cidadãos normais como nós passem a ação," disse AnnikaSpalde, diácona da igreja sueca, escritora e ativista pela paz e a quintacomponente do grupo. Na quarta-feira, ao meio-dia, ela concedeu umacoletiva de imprensa em Karlskoga, e também foi presa ao tentar entrar nasinstalações de fabricação de armamentos, que anteriormente erampropriedade da famosa Bofors sueca.Quando a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos começou, asexportações suecas de armamentos foram aumentadas em 88%, e seguiramsubindo. O governo sueco viola sua própria política de paz e neutralidadefacilitando armas aos países que empreendem guerras.Os e as ativistas deixaram buracos na cerca de segurança com sinais deboas-vindas: "A porta está aberta: você está convidado a começar odesarmamento".O grupo pacifista sueco OFOG/Avrusta (travessura em sueco) trabalha contrao nuclear e o militarismo por meio da ação direta não violenta. Elesinformam que mais ações de "resistência pacífica" irão acontecer, e queestão dispostos a correr risco de serem presos. "Esta ação é a primeiracampanha de desarmamento no século 21 na Suécia"
Programa de actividades do Centro de Cultura Libertária para o mês de Novembro
Dia 1 de NovembroConversa informal sobre Thomas Meyer-Falk, que se encontra detido naAlemanha, com a presença de um companheiro de Amsterdão: 16hJantar Benefit Prisoner Family support fund: 20hDia 8 de NovembroDebate: 16hOPERAÇÃO GLÁDIOA Extrema-Direita e as Operações Clandestinas da NATO na Europa do Pós-GuerraNo momento em que se assiste ao aumento da influência da extrema-direitana Europa, e no instante em que o espectro da falência das economias, comonos anos trinta, se vem juntar a toda uma convulsão dos relacionamentospoliticos e sociais internacionais, relembramos o surgimento, estrutura eacções dos movimentos clandestinos de direita e extrema-direita englobadosna chamada Operação Gládio.Durante e após a Guerra Fria estas operações subterranêas tiveram umagrande importância, nunca relevada e discretamente esquecida.Através de um breve historial e apresentação de casos marcantes, como oassassinato de Aldo Moro ou da sua ligação com o crime organizado holandês- e sem esquecer o seu braço português: a Aginter Press -, pretende-sedebater a sua existência e pertinência nos nossos dias.Jantar Benefit Prisoner Family support fund: 20hDia 15 de NovembroPassagem de filme: 16hLife and Debt"Documentário de Stephanie Black que nos fala sobre a situação dedependência económica do FMI e das grandes multinacionais na Jamaica apósa independência do país" Dur. apróx. 89 min - Língua: InglêsJantar Benefit Prisoner Family support fund: 20hDia 22 de NovembroDebate: 16hCOMO CRIAR UMA TEORIA DA CONSPIRAÇÃOSomos manipulados. É um facto.O excesso de informação e da informação, a falta de informação e odescrédito da informação são uma forma dessa manipulação.Os ataques de antrax, após o 11/9 e o recente "suicidio" do investigadorBruce Ivins (um dos peritos da investigaçlão do FBI sobre os ataques,co-autor da vacina mais recente contra o antrax - vacina essa um dosprodutos mais rentáveis de uma das empresas do grupo Carlyle -, e agoraconsiderado o único responsável por esses ataques que tanto contribuirampara criar o medo das armas de destruição maciça do regime iraquiano), sãouma boa amostra do escamoteamento e/ou distorção de factos e exemp+lo damanipulação da opinião pública.Num debate sobre casos sérios, espera-se apoiar a criação de novas teoriasconspiratórias.Jantar Benefit Prisoner Family support fund: 20hPrisoner family support fund: Please donate.http://culturalibertaria.blogspot.com
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
[Suécia] Anarquistas agitam as ruas de Malmö durante o V FSE
Foi realizado em Malmö, no sul da Suécia, o V Fórum Social Europeu (FSE),com o lema "Outra Europa é possível". O evento começou na quarta-feira,17, e foi concluído no último domingo, 21, com a participação de milharesde pessoas, organizações e grupos da Europa. Durante esses cinco diasaconteceram 250 seminários, oficinas e assembléias, reuniões informais,cerca de 400 atividades culturais - películas, teatro, concertos, poesia -manifestações pelos subúrbios de Malmö e no centro dessa cidade, aterceira maior da Suécia.Destacamos a manifestação contra a construção de centrais elétricas naSuécia e também em apoio e solidariedade com o Acampamento Climático deKingsnorth, que aconteceu em agosto, na Grã-Bretanha. E uma bicicletadacontra uma fábrica de armas. E um ato de rua no último dia, com mais de 15mil manifestantes. Tudo dentro de um ambiente pacífico, colorido e semnenhuma prisão.Por outro lado, o que chamou a atenção da mídia corporativa, e amplamentedivulgado na imprensa internacional, foi uma manifestação realizadasexta-feira à noite, 19, em Malmö, que reuniu cerca de 1000 pessoas, entreanarquistas e autônomos, totalmente à margem do Foro Social Europeu, e queficou marcada por incidentes violentos durante toda a noite e madrugadasueca.O protesto do grupo de ação ?Reclaim the Streets" (Recuperaremos a Rua),do "black block", começou dentro da normalidade, mas cerca de uma horadepois, com a provocação e intimidação policial, os manifestantescomeçaram a lançar garrafas e a apedrejar as forças da ordem que tinhamdezenas de viaturas, motos, cavalos, bloqueando a rua onde decorria oForo, no centro de Malmö.Os manifestantes quebraram vitrines de lojas, fachadas de bancos e lugaresde multinacionais. Também lançaram fogos de fumaça, enquanto outrosarrancavam pedras do calçamento para arremessar contra a polícia, quereagia com gás lacrimogêneo.Pelo menos 20 veículos das forças da ordem que tentavam dispersar osmanifestantes foram alvo de pedradas e garrafadas.Dezenas de ativistas foram detidos, passando a noite na cadeia e liberadosem seguida. Entre os manifestantes, não foi registrado nenhum ferimentograve.Curiosamente, a manifestação teve como fundo musical "Breaking the law"(Violando a lei), do grupo heavy metal britânico Judas Priest, que eralançado de um caminhão do ?Reclaim the Streets". http://www.youtube.com/watch?v=bober5qSZso http://www.youtube.com/watch?v=N2Ei1OWngfI |
Jovem de 16 anos é assassinada por naziskins na Sibéria
UE aprova lei de expulsão de imigrantes
[Polónia] Centro anarquista sob ameaça
convite para uma plataforma abstencionista
A crise e o poder global depois dela
Vamos ao que realmente conta: em que medida a crise actual afecta as relações de poder no mundo actual? Para isso é preciso resumir em que momento da trajectória recente do capitalismo ela se situa e qual a configuração de poder que ela encontra e altera. Vivemos um período histórico marcado por duas grandes viragens – ambas de carácter regressivo: a passagem de um mundo bipolar a outro, unipolar, sob hegemonia imperial estadunidense; a transição de um modelo regulador a outro, de carácter neoliberal, de desregulação. A transição foi igualmente a de um período longo de carácter expansivo, iniciado no segundo pós-guerra e concluído em 1973, a um período longo de carácter recessivo – porque a desregulação levou à transferência maciça de capitais do sector produtivo para o sector especulativo e, como consequência, a um período de baixos índices de crescimento. Nesse marco, a década passada foi a lua-de-mel do novo período histórico, com o fim da URSS e os EUA, à cabeça do bloco imperialista, com capacidade de impor a “pax americana”, com apoio da ONU e/ou da OTAN, desenvolvendo as chamadas “guerras humanitárias” – no Iraque, na Bósnia. Ao mesmo tempo, os EUA lideraram um ciclo curto expansivo, coincidente com o governo Clinton, onde reinou a euforia de uma suposta “nova economia”, que superaria o carácter ciclo da economia capitalista. Foi o auge da hegemonia norte-americana e do modelo neoliberal. O esgotamento desse ciclo estadunidense – acompanhado das crises nas economias brasileira e argentina, na região onde mais reinava o neoliberalismo – e a reacção do governo Bush aos atentados de 2001, vieram alterar esse quadro idílico, da primeira década do novo período histórico. O segundo foi marcado pelas guerras do Iraque e do Afeganistão, pelo surgimento e coordenação de cada vez mais governos do continente em projectos autónomos de integração, assim como pela consolidação do ritmo de crescimento da China. A crise, iniciada nos EUA e estendida à Europa, ao Japão e ao resto do mundo, acrescenta-se a esses elementos para configurar a conjuntura actual. Ela acentua elementos já presentes anteriormente: o declínio económico dos EUA, a fragilidade de um modelo centrado na acumulação financeira, o avanço de uma multipolaridade económica no mundo, o fracasso dos EUA de resolver militarmente as guerras do Iraque e do Afeganistão. A crise que se instaura, mais forte e prolongada que em outros lugares, nos EUA, enfraquecerá ainda mais essa economia. Porém, os EUA utilizam a sua capacidade de iniciativa política e de liderança sobre outras potências centrais, para tentar impor a sua solução à crise, exportar os seus danos mais graves e buscar recompor-se como potência económica. Apesar dessas realidades, a nova relação de forças vai depender das disputas sobre quem pagará os pratos quebrados e que tipo de discurso triunfará, como interpretação da crise. Apelar ao Estado, depois de 1929, foi sempre um instrumento inclusive do liberalismo, para recompor as condições de funcionamento do mercado. Hoje existe uma derrota ideológica forte das ideologias de mercado, quaisquer que sejam as justificativas que se trate de dar. Porém, podem predominar soluções conservadoras, mesmo com utilização do Estado, possibilidade mais provável hoje, pela composição de direita do quadro político europeu e japonês. Para as grandes potências capitalistas trata-se de salvar, a qualquer preço, a estruturas económica-financeiras existentes, com intervenções estatais e maciças injecções de dinheiro. O quadro pós-crise e as suas novas configurações de poder estão abertas. Pode dar-se um refortalecimento dos EUA como potência hegemónica, conforme ele consiga exportar uma parte dos efeitos negativos da crise, compartilhando-os com as outras economias centrais, mas, principalmente, impondo duras soluções internas para a massa da população norte-americana e, principalmente, para os países da periferia, a começar pelos emergentes. Esta alternativa será possível se a principal variante da crise não se colocar em funcionamento, isto é, se as maiores economias emergentes e, em particular, os projectos de integração da América Latina, não criarem as suas próprias políticas diante da crise e compartilharem – activa ou passivamente – as políticas das potências centrais do capitalismo. A alternativa, que pode efectivamente mexer no quadro de poder mundial sob os efeitos da crise actual, deve vir, antes de tudo, do aprofundamento dos processos de integração latino-americanos, a começar pelo Banco do Sul – com o avanço decisivo para a criação de uma moeda única regional, de um Banco Central único, de políticas económicas cada vez mais articuladas, de processos de regulação da circulação de capital, entre outras medidas. O que, por sua vez, implica no aceleramento da implantação e da assunção de responsabilidades por parte do Parlamento do Mercosul, da Unasul, do Conselho Sul-americano de Defesa. Ao mesmo tempo, requer o aprofundamento da coordenação dos países do Sul do mundo, para evitar que se exporte para essa região a crise forjada no Norte. E, paralelamente, que se desenhe e se coloque em prática uma visão e uma política de superação da crise a partir dos interesses do Sul do mundo, que necessariamente aponte para a superação do modelo neoliberal e dos organismos internacionais responsáveis por ela. O mundo não será o mesmo, passada a crise actual. Abre-se, com ela, uma gigantesca disputa – de interesses e de interpretações – sobre o seu significado e sobre as lições a tirar dela. O Norte busca rearticular-se para defender-se das suas evidentes responsabilidades e tratar de impor as suas soluções, exportando grande parte das suas consequências negativas. Resta ao Sul do mundo – e à América Latina em particular – saber defender os nossos interesses, projectar a nossa visão sobre o sentido dessa crise e colocar em prática políticas de superação do neoliberalismo e de criação de um mundo multipolar e pós-neoliberal. |
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
CAES (Colectivo Açoriano de Ecologia Social): Entidades oficiais estão a plantar espécies infestantes
A CAES (Colectivo Açoriano de Ecologia Social), com sede nos Açores, denunciou ontem que a introdução de espécies exóticas é um dos principais factores responsáveis pela alteração global da biosfera, provocando alterações profundas nos ecossistemas. Segundo o CAES, uma nova organização de defesa do ambiente de carácter informal, "nos Açores algumas espécies exóticas, e a sua naturalização, têm sido responsáveis pela criação de sérios problemas ecológicos". No Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora, da responsabilidade da Direcção Regional do Ambiente, a acção B1.10 consiste na erradicação e controlo de Polygonum capitatum (erva confeiteira). Ainda segundo o mesmo plano, esta espécie é "uma invasora com grande capacidade e velocidade de expansão cujo controlo é de difícil implementação devido ao grande poder de propagação quer por via sexuada (semente) quer assexuada (partes vegetativas - estolhos). Quando o P.capitatum se instala forma tapete denso, impossibilitando a ocorrência de outras espécies. Para a sua erradicação a metodologia mais eficaz é o arranque total da planta" – diz um comunicado da nova associação. Perante esta situação, o CAES afirma não compreender "como é que se permite que uma entidade oficial utilize a espécie mencionada em jardins". A mesma associação pergunta às entidades oficiais regionais por que não foram utilizadas algumas espécies autóctones ou por que não optaram por um pequeno jardim com carácter pedagógico, como o que está na Zona da Expo 98, com plantas de todas as regiões de Portugal e dos diversos países de expressão portuguesa. O CAES quer também saber em que ilhas o Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora já foi implementado. O CAES tem como objectivo "defender a natureza, o ambiente e a paz, contribuir para a construção de um mundo mais limpo, mais justo e pacífico, privilegiando para isso métodos de trabalho e de intervenção não violentos, através das mais diversas actividades culturais, recreativas, sociais ou outras afins, todas elas suportadas pelo voluntariado dos seus membros". Podem ser associados do CAES todas as pessoas singulares desde que aceitem os princípios da associação constantes do texto "Que Ecologismo?", e que cumpram coerentemente os estatutos e o regulamento interno. O CAES não aceita quaisquer receitas provenientes do estado ou de empresas públicas ou privadas e as quotas serão fixadas em Assembleia-geral quando a actividade da associação assim o justificar. Até lá todas as despesas deverão ser cobertas por donativos dos associados. A nova associação considera "fundamental o respeito do homem para com os restantes animais domésticos e selvagens e, por isso, defende como "imprescindível promover uma educação, cultura e legislação que garantam os direitos dos animais. A sociedade não pode aceitar espectáculos onde se torturem animais, como as touradas, etc.". "Hoje, a nível mundial, assiste-se à crescente extinção de espécies da fauna e flora, o que se traduz numa perda incalculável de património genético e à delapidação de recursos geológicos do planeta. Consideramos imprescindível a tomada de medidas com vista à conservação da biodiversidade e da geodiversidade" – refere o CES, defendendo "uma agricultura sustentável, orientada para a protecção da biodiversidade e do direito dos povos à soberania sobre o seu património genético comum". Sendo assim, considera que "a aposta deverá ser na soberania alimentar e na agricultura biológica. Opomo-nos ao cultivo e uso na alimentação de organismos geneticamente modificados". Já no caso da energia, defendem um modelo alternativo ao actual, com produção descentralizada e baseado na poupança e eficiência energética e nas energias renováveis. "Opomo-nos à utilização da energia nuclear, tanto para a produção de electricidade como para a construção de armas, não só pelos riscos envolvidos, mas também por fomentar um modelo de sociedade militarizada e monopolista" - sustenta.
George Bush, ou a idade da mentira
Pergunto-me como e porquê Estados Unidos, um país em tudo grande, tem tido, tantas vezes, tão pequenos presidentes. George Bush é talvez o mais pequeno de todos eles. Inteligência medíocre, ignorância abissal, expressão verbal confusa e permanentemente atraída pela irresistível tentação do puro disparate, este homem apresentou-se à humanidade com a pose grotesca de um cowboy que tivesse herdado o mundo e o confundisse com uma manada de gado. Não sabemos o que realmente pensa, não sabemos sequer se pensa (no sentido nobre da palavra), não sabemos se não será simplesmente um robot mal programado que constantemente confunde e troca as mensagens que leva gravadas dentro. Mas, honra lhe seja feita ao menos uma vez na vida, há no robot George Bush, presidente dos Estados Unidos, um programa que funciona à perfeição: o da mentira. Ele sabe que mente, sabe que nós sabemos que está a mentir, mas, pertencendo ao tipo comportamental de mentiroso compulsivo, continuará a mentir ainda que tenha diante dos olhos a mais nua das verdades, continuará a mentir mesmo depois de a verdade lhe ter rebentado na cara. Mentiu para fazer a guerra no Iraque como já havia mentido sobre o seu passado turbulento e equívoco, isto é, com a mesma desfaçatez. A mentira, em Bush, vem de muito longe, está-lhe no sangue. Como mentiroso emérito, é o corifeu de todos aqueles outros mentirosos que o rodearam, aplaudiram e serviram durante os últimos anos.
George Bush expulsou a verdade do mundo para, em seu lugar, fazer frutificar a idade da mentira. A sociedade humana actual está contaminada de mentira como da pior das contaminações morais, e ele é um dos principais responsáveis. A mentira circula impunemente por toda a parte, tornou-se já numa espécie de outra verdade. Quando há alguns anos um primeiro-ministro português, cujo nome por caridade omito aqui, afirmou que «a política é a arte de não dizer a verdade», não podia imaginar que George Bush, tempos depois, transformaria a chocante afirmação numa travessura ingénua de político periférico sem consciência real do valor e do significado das palavras. Para Bush a política é, simplesmente, uma das alavancas do negócio, e talvez a melhor de todas, a mentira como arma, a mentira como guarda avançada dos tanque e dos canhões, a mentira sobre as ruínas, sobre os mortos, sobre as míseras e sempre frustradas esperanças da humanidade. Não é certo que o mundo seja hoje mais seguro, mas não duvidemos de que seria muito mais limpo sem a política imperial e colonial do presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, e de quantos, conscientes da fraude que cometiam, lhe abriram o caminho para a Casa Branca. A História lhes pedirá contas.
George Bush expulsou a verdade do mundo para, em seu lugar, fazer frutificar a idade da mentira. A sociedade humana actual está contaminada de mentira como da pior das contaminações morais, e ele é um dos principais responsáveis. A mentira circula impunemente por toda a parte, tornou-se já numa espécie de outra verdade. Quando há alguns anos um primeiro-ministro português, cujo nome por caridade omito aqui, afirmou que «a política é a arte de não dizer a verdade», não podia imaginar que George Bush, tempos depois, transformaria a chocante afirmação numa travessura ingénua de político periférico sem consciência real do valor e do significado das palavras. Para Bush a política é, simplesmente, uma das alavancas do negócio, e talvez a melhor de todas, a mentira como arma, a mentira como guarda avançada dos tanque e dos canhões, a mentira sobre as ruínas, sobre os mortos, sobre as míseras e sempre frustradas esperanças da humanidade. Não é certo que o mundo seja hoje mais seguro, mas não duvidemos de que seria muito mais limpo sem a política imperial e colonial do presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, e de quantos, conscientes da fraude que cometiam, lhe abriram o caminho para a Casa Branca. A História lhes pedirá contas.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
8º ANIVERSÁRIO DA C.O.S.A.
8º ANIVERSÁRIO DA C.O.S.A.
Dia 14, 3ª-feira15h: Workshop de Fibra de Vidro17h: Paintball com fisgas22h: CONCERTOS:. Insulto. Tintura D'Ódio. Disastro SapiensNa KÿlakancraVila Okupada dos Subúrbios de Setúbal(Dia 15, 4ª-feira21h: Passagem do filme Bab Sebta, seguida de conversa com os autores.No Espaço Lança (antiga Zaragata)Estrada da Graça, nº190Dia 16, 5ª-feira19h: Debate à volta de um Lanchinho. Questões de género:"Rapaz vs rapariga ou pura estupidez?""Eu, Tu, Elx, Nós, Elxs, ..."na COSADia 17, 6ª-feiraPela noite dentro...FESTA CASINOcom Torneios de GamblingKaraokeDj Arthrit (2ª aparição desde o milagre de fátima)Na COSADia 18, Sábado15h: FESTA, Xurrascada e Cinema na rua, para amigxs e vizinhança21h30: Projecção de documentário sobre lutas nas prisões da grécia8 anos de ocupaçãoCasa Okupada de Setúbal AutogestionadaRua Latino Coelho, nº2Bairro Salgadocosanossa@gmail.com
Dia 14, 3ª-feira15h: Workshop de Fibra de Vidro17h: Paintball com fisgas22h: CONCERTOS:. Insulto. Tintura D'Ódio. Disastro SapiensNa KÿlakancraVila Okupada dos Subúrbios de Setúbal(Dia 15, 4ª-feira21h: Passagem do filme Bab Sebta, seguida de conversa com os autores.No Espaço Lança (antiga Zaragata)Estrada da Graça, nº190Dia 16, 5ª-feira19h: Debate à volta de um Lanchinho. Questões de género:"Rapaz vs rapariga ou pura estupidez?""Eu, Tu, Elx, Nós, Elxs, ..."na COSADia 17, 6ª-feiraPela noite dentro...FESTA CASINOcom Torneios de GamblingKaraokeDj Arthrit (2ª aparição desde o milagre de fátima)Na COSADia 18, Sábado15h: FESTA, Xurrascada e Cinema na rua, para amigxs e vizinhança21h30: Projecção de documentário sobre lutas nas prisões da grécia8 anos de ocupaçãoCasa Okupada de Setúbal AutogestionadaRua Latino Coelho, nº2Bairro Salgadocosanossa@gmail.com
Bolívia: o dilema
O regime de Morales representa uma enorme ruptura porque surgiu não dos partidos políticos mas dos movimentos sociais, movimentos de massa organizados na base em torno de luta concretas. Foram eles que o levaram ao poder e o têm sustentado. Na Bolívia, a clivagem social corresponde a uma diferença étnica. Os pobres são índios ou mestiços, enquanto os ricos são descendentes dos colonizadores espanhóis. Isto faz com que os confrontos sociais sejam mais drásticos e visíveis, reforçados por uma diferença muito vincada nas tradições culturais, contribuindo para reforçar o racismo da direita.De um lado está o peso eleitoral, porque Morales teve 67% dos votos no referendo de Agosto. Mesmo nas 5 províncias controladas pela extrema-direita, que agora reclamam autonomia, teve cerca de 40% dos votos e obteve a maioria em muitas áreas rurais. Do outro está o peso da riqueza, porque as 5 províncias produzem 80% do rendimento nacional. Sabendo que não conseguirão dominar como antes a população pobre, a extrema-direita quer fraccionar o país, ficando com as regiões ricas e entregando à miséria a maioria dos trabalhadores, que despreza enquanto pobres e odeia enquanto índios.Parece que Morales preferiu procurar uma conciliação com a extrema-direita autonomista em vez de enveredar pela ampliação da luta social. Mas haveria condições para desenvolver o confronto de classes? Morales procura uma trégua para avançar mais tarde ou procura assegurar uma base estável pluriclassista? Para quem está longe é muito difícil responder a estas questões. No entanto, são as questões cruciais.
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