O presidente boliviano Evo Morales deu a conhecer no dia 14 o corte de relações diplomáticas da Bolívia com Israel e disse que ia pedir ao Tribunal Penal Internacional para acusar os responsáveis israelitas de genocídio. Também a Venezuela expulsou o embaixador israelita no dia 6. Dois exemplos que contrastam com a postura cúmplice das autoridades portuguesas diante do massacre.Perante o corpo diplomático, Morales afirmou que o ataque israelita é uma ameaça séria à paz mundial. Disse ainda que devia ser retirado a Shimon Peres, presidente de Israel, o Prémio Nobel da Paz dadas as suas responsabilidades na invasão. O presidente boliviano criticou ainda o que chamou “Conselho de Insegurança” das Nações Unidas pela frouxidão da sua resposta aos acontecimentos e pediu à Assembleia-Geral da ONU que condene a invasão.Por sua vez, a Venezuela expulsou, no dia 6, o embaixador e pessoal diplomático israelita. O governo venezuelano reafirmou na altura “a sua vocação de paz e a sua exigência de respeito pelo Direito Internacional” e manifestou a “solidariedade sem limites do povo venezuelano ao heróico povo palestiniano”. O governo venezuelano deu ainda instruções à sua missão na ONU para que, juntamente com outros governos, exerça pressão para que o Conselho de Segurança aplique medidas urgentes para pôr termo à invasão.As declarações tornadas públicas acusam Israel de cometer “flagrantes violações do Direito Internacional” e de “utilização planificada do terrorismo de Estado” contra o povo palestiniano.O porta-voz venezuelano acusou ainda, frontalmente, o governo de George W. Bush de estar por detrás da ofensiva israelita e manifestou a disposição da Venezuela de estabelecer uma ponte aérea com Gaza em resposta ao bloqueio, por parte dos israelitas, do auxílio humanitário e da acção da Cruz Vermelha.
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