O Comité de Solidariedade com a Palestina denunciou o acordo recentemente celebrado entre a EPAL e a Mekorot, a empresa israelita responsável pela pilhagem das águas na Palestina. O Comité de Solidariedade enviou uma carta ao Conselho de Administração da EPAL, protestando contra o acordo entre a empresa portuguesa e a sua congénere israelita, e pedindo à EPAL que reconsiderasse esta parceria, denunciando o roubo sistemático dos recursos hídricos do povo palestiniano, mas esta rejeitou o apelo. Fontes palestinianas consideram esta parceria imoral.
O resultado desse roubo é quantificado no relatório da ONU de Julho de 2007, elaborado pelo OCHA (Office for the Coordination of Humanitarian Affairs). Do conteúdo deste relatório resulta que Israel açambarca anualmente 490 milhões de metros cúbicos dos 600 milhões produzidos pelos aquíferos da Cisjordânia. O povo palestiniano, que teria o direito a essa água, apenas fica com os restantes 110 milhões de metros cúbicos. A situação na Faixa de Gaza é ainda mais dramática, em especial desde a "Operação Chumbo Derretido", iniciada em Dezembrode 2008. Em consequência, o consumo palestiniano diário per capita(cerca de 60 litros) situa-se claramente abaixo do mínimo (100 litros) recomendado pela OMS, ao passo que o consumo israelita vai muito além desse mínimo e do necessário (330 litros).Além disto, o Direito Internacional limita o direito de uma potência colonizadora utilizar os recursos hídricos de um território ocupado e proíbe-a de descriminar os residentes nessa área de ocupação. No entanto, Israel anexou ilegalmente os recursos hídricos da Palestina ocupada desde 1967, exercendo controlo absoluto sobre esses recursos, impondo políticas discriminatórias na distribuição da água. A empresa Mekorot participa nesta violação do Direito Internacional.
No relatório intitulado “Israel raciona fios de água aos Palestinos”, a Amnistia acusava Israel de negar aos Palestinos o direito de acesso a água adequada, ao manter o controlo total sobre os recursos de água que são partilhados e levando a cabo políticas de discriminação.
Segundo a Amnistia Internacional, Israel utiliza cerca de 80% da água dos “lençóis de água da montanha” (mountain aquifer, no original), a única fonte de água dos Palestinos da Cisjordânia. Simultaneamente, a Mekorot vende a água a preços fortemente subsidiados aos colonatos Israelitas ilegais na Cisjordância. Aproximadamente 40% da água consumida pelos Palestinos na Cisjordância é fornecida pela Mekorot e é vendida a um preço muito mais alto e não subsidiado.
http://palestinavence.blogs.sapo.pt/
O resultado desse roubo é quantificado no relatório da ONU de Julho de 2007, elaborado pelo OCHA (Office for the Coordination of Humanitarian Affairs). Do conteúdo deste relatório resulta que Israel açambarca anualmente 490 milhões de metros cúbicos dos 600 milhões produzidos pelos aquíferos da Cisjordânia. O povo palestiniano, que teria o direito a essa água, apenas fica com os restantes 110 milhões de metros cúbicos. A situação na Faixa de Gaza é ainda mais dramática, em especial desde a "Operação Chumbo Derretido", iniciada em Dezembrode 2008. Em consequência, o consumo palestiniano diário per capita(cerca de 60 litros) situa-se claramente abaixo do mínimo (100 litros) recomendado pela OMS, ao passo que o consumo israelita vai muito além desse mínimo e do necessário (330 litros).Além disto, o Direito Internacional limita o direito de uma potência colonizadora utilizar os recursos hídricos de um território ocupado e proíbe-a de descriminar os residentes nessa área de ocupação. No entanto, Israel anexou ilegalmente os recursos hídricos da Palestina ocupada desde 1967, exercendo controlo absoluto sobre esses recursos, impondo políticas discriminatórias na distribuição da água. A empresa Mekorot participa nesta violação do Direito Internacional.
No relatório intitulado “Israel raciona fios de água aos Palestinos”, a Amnistia acusava Israel de negar aos Palestinos o direito de acesso a água adequada, ao manter o controlo total sobre os recursos de água que são partilhados e levando a cabo políticas de discriminação.
Segundo a Amnistia Internacional, Israel utiliza cerca de 80% da água dos “lençóis de água da montanha” (mountain aquifer, no original), a única fonte de água dos Palestinos da Cisjordânia. Simultaneamente, a Mekorot vende a água a preços fortemente subsidiados aos colonatos Israelitas ilegais na Cisjordância. Aproximadamente 40% da água consumida pelos Palestinos na Cisjordância é fornecida pela Mekorot e é vendida a um preço muito mais alto e não subsidiado.
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