sábado, 23 de janeiro de 2010

Estados Unidos aproveitam a desgraça do Haiti para uma nova ocupação militar

Enquanto Cuba envia mais médicos para o Haiti para tentar minorar a desgraça desse país depois do terramoto que sofreu no passado fim-de-semana, os Estados Unidos reforçam os seus efectivos militares numa nova tentativa de ocupar a nação mais pobre da América Latina e Caraíbas, mas que nunca deixou de ser estratégica para os interesses castrenses de Washington.
Informações oficiais revelaram nas últimas horas que 5800 novos soldados norte-americanos chegarão nesta terça-feira [19 de Janeiro] ao Haiti, que se juntarão a outros 7500 que já lá estão em “trabalhos humanitários”, segundo o Pentágono.
A conduta da Casa Branca contrasta com a da maioria dos países que ofereceram ou materializaram a sua ajuda ao povo desse estado caribenho, que se encontra numa das piores desgraças da sua história, que por certo não têm sido poucas.
Cuba, por exemplo, tem desde há 11 anos mais de 400 cooperantes de medicina no Haiti e reforçou os seus médicos e pessoal paramédico, para além de enviar hospitais de campanha, com o propósito de dar assistência à maior quantidade de pessoas afectadas pelo forte sismo que devastou essa pequena nação.
Para cúmulo dos cúmulos, o ex-presidente norte-americano George W. Bush, o mais guerreirista e sanguinário da história dos Estados Unidos, foi “designado” um dos coordenadores de um suposto fundo para reconstruir o Haiti.
A “nomeação” de W. Bush, com o aval do actual inquilino da Casa Branca, Barack Obama, levantou ainda mais suspeitas de que o Pentágono tem intenções de se apoderar militarmente do país caribenho. Conhecendo a recente história macabra de W. Bush, a sua paixão perversa pelas guerras, as suas invasões do Iraque e Afeganistão, as horrendas torturas a prisioneiros nas prisões de Abu Ghraib e Guantánamo, e as prisões secretas na Europa da norte-americana Agência Central de Inteligência (CIA), ninguém pode acreditar que a actual presença dos Estados Unidos hoje no Haiti seja humanitária.
Seria muito absurdo e ingénuo pensar que esse outrora chefe do regime de Washington pudesse fazer algo para ajudar o povo haitiano, ou qualquer outro povo, e muito menos impulsionar a reconstrução dessa nação.

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