"A melhor forma de serem solidários connosco é desenvolverem as vossas próprias lutas nos vossos locais", disse-nos um dia um apoiante zapatista de que não lembramos o nome, quando veio ao Porto, há já tempo, a convite de um colectivo de solidariedade com a rebelião zapatista.
Seguindo esse espírito, o Café Zapatista, que, de vez em quando, acontece na CasaViva, decidiu deixar de se focalizar em exclusivo na sua temática e procura novos caminhos, mais próximos. Para primeira experiência, escolheu-se o 25 de Abril.
25 de Abril sempre, Windows nunca mais abre o programa pelas 19h00, ao som de cinco décadas de música de intervenção, de Léo Ferré a Jadakiss, com muitos sons reconhecíveis, alguns lógicos, outros bastante improváveis. Por essa hora, também já se deverá sentir o cheiro do jantar de sabor chipaneco, previsto para as 20h30.
Às 22h00, o Cinema Comunitário junta-se à festa e apresenta-nos o filme Torre Bela, de Thomas Harlan: registos de Abril de 1975, no Ribatejo, de um movimento campesino de 500 desempregados que ocupam as quatro propriedades do Duque de Lafões.
Às 24h00, já com o dia 25 a nascer, a poesia do ROMP mostrar-se-á, trazendo-nos a força, a raiva e a esperança das palavras.
Tal como o café da cooperativa zapatista Mut Vitz que haverá para tomar, o cartaz que anuncia as actividades foi feito em ambiente livre. Essa liberdade, no caso do cartaz, conseguiu-se fazendo as coisas fora de horário de trabalho, utilizando o Gimp, em ambiente Kubuntu.
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