quinta-feira, 25 de junho de 2009
Um olhar anarquista sobre os protestos no Irã
A entrevista a seguir, realizada pelo portal anarquista espanhol de notícias A Las Barricadas, com apoio de José Antonio Gutiérrez (colaborador de anarkismo.net), foi realizada com Payman Piedar, militante anarquista e exilado iraniano, que participou de numerosas iniciativas libertárias tanto nos Estados Unidos como no Peru. Além disso, foi o editor da revista anarquista Nakhdar, editada em inglês e em farsi (pode se consultar mais sobre sua trajetória política e sua análise geral sobre a situação iraniana na seguinte entrevista realizada pelos companheiros do NEFAC¹). Na entrevista que se segue, tentamos elucidar, em meio às distorções da mídia ocidental e da censura dos meios de comunicação iranianos, as chaves para compreender o que realmente está se passando nestes dias no Irã. Ainda que não estejamos ante uma sublevação de caráter revolucionário, no calor da agitação social sempre crescem as probabilidades de subversão popular. A Las Barricadas > Se diz que estas são as manifestações mais importantes desde a Revolução de 1979... Você vê alguma continuidade entre estes protestos e aquelas? Payman Piedar <> De que forma acreditas que as atuais mobilizações possam fazer erodir o regime teocrático? Payman <> Que papel tem jogado os trabalhadores até o momento nestas mobilizações? Há alguma possibilidade de que o protesto se alastre segundo os interesses das classes populares? Payman <> Se insiste constantemente na mobilização da oposição, mas certamente os partidários de Ahmadinejad têm se mobilizado em importante número, quem sabe em números maiores que a mesma oposição (o que é por razões óbvias ignorado pela imprensa ocidental), qual é o fator que mobiliza aos partidários do regime do Irã? Payman <> Há alguma diferença de classes entre um e o outro lado? Fazemos esta pergunta já que na ausência de uma alternativa revolucionária consolidada e clara, a classe trabalhadora e os pobres em geral freqüentemente mobilizam-se por causas conservadoras... Payman <> Chama a atenção a moderação das palavras de Obama ante as mobilizações, moderação que contrasta com os urras e vivas lançados por Bush e cia. quando das manifestações de Beirute e de Kiev já faz um par de anos... A que se deve esta atitude de cautela? Payman <> Qual será o provável desenlace desta conjuntura? Podem os setores progressistas fazer alguma ilusão com a oposição ou é necessário forjar uma alternativa própria? Payman < href="http://ainfos.ca/05/oct/ainfos00384.html">http://ainfos.ca/05/oct/ainfos00384.Entrevista realizada em 21 de junho de 2009
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