Neste sábado (4), cerca de 600 pessoas mostraram nas ruas da capital alemã sua solidariedade ativa com os protestos na Itália contra o G8 e a resistência contra "arquiteturas de segurança" na "Fortaleza Europa". Com o lema "Trema G8 – somos suas crises", a marcha começou em Kreuzberg, passando pela câmara do comércio italiana, em frente das embaixadas russa e britânica, e cruzando várias ruas do centro de Berlim, entre outros pontos da cidade. Vários lemas foram gritados durante o cortejo: "Berlim, L`Aquila, a resistência é internacional", "anti, anti, anti anticapitalista", “G8, G8, nós estamos aqui, o Bloco Negro de Gênova"... Várias falações foram feitas ao mega-fone focalizando o G8 e as mudanças climáticas, o G8 o militarismo e a guerra, a mobilização na Itália, os protestos em Vicenza que aconteceram hoje (nota abaixo), os julgamentos forjados pela polícia em Gênova contra ativistas. Uma nota de solidariedade foi enviada à manifestação em Vicenza, na Itália. Camaradas italianos presentes no ato explicaram algumas datas dos dias de protestos contra a cúpula do G8 na próxima semana, na cidade de L'Aquila, no centro da Itália, onde líderes do grupo dos oito maiores países industrializados e principais países em desenvolvimento discutirão a situação da economia mundial, regulação financeira, mudanças climáticas, comércio e desenvolvimento. No comício também foi demonstrada solidariedade com os dois anarquistas italianos, Sergio e Alessandro, que foram presos na sexta-feira (3), acusados de fazerem parte de uma "conspiração de anarco-insurrecionalista". Neste mesmo dia outros 40 anarquistas de várias cidades italianas sofreram uma batida policial domiciliar, num grande operativo das forças de repressão italianas. Segundo os repressores os companheiros presos estavam planejando uma sabotagem a linha ferroviária Orte-Ancona (no centro da Itália). No final do protesto, na frente da embaixada francesa, as falas foram focadas à resistência antimilitarista no encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Estrasburgo e a seguinte repressão. Alguns ativistas alemães e franceses ainda estão presos, a espera de julgamento. Aconteceram alguns enfrentamentos durante a manifestação. A polícia atacou e prendeu um ativista que foi acusado de ter pichado as paredes da prefeitura de Berlim com frases anti-G8. Ao menos um outro ativista foi preso no fim do ato, quando muitas pessoas já tinham se dispersado. Sacuda o G8! Trema G8! Fotos: http://www.flickr.com/photos/kietzmann/sets/72157620819732991/ Não à expansão da base militar dos EUA em Vicenza Milhares de manifestantes anti-G8 se reuniram neste sábado (4) na cidade italiana de Vicenza, para protestar contra os planos de expansão da base militar estadunidense, a maior dos EUA na Europa, e, também, contra a reunião do G8 do dia 8 ao dia 10 de julho, que será sediada pela Itália neste ano, em L'Aquila. Registraram-se duros confrontos entre a polícia e manifestantes, que atiraram garrafas e outros objetos contra os policiais, inclusive artefatos explosivos. Não foi registrado nenhum ferido nos choques. O governo italiano aprovou a construção de uma nova base militar de 6 mil metros quadrados no local do antigo aeroporto de Molin, nos limites da cidade de Vicenza. Apesar de ter sido aprovada por Roma, os habitantes da cidade rejeitaram a expansão da base em um referendo. Ativistas afirmam que a base apresenta um risco à água subterrânea e é perigosa para os moradores e para o centro histórico de Vicenza, um tesouro da arquitetura renascentista. O protesto em Vicenza foi o primeiro grande ato antes da reunião das nações mais ricas do mundo na semana que vem, onde manifestantes anti-capitalistas planejam uma série de protestos descentralizados, culminando numa grande manifestação.
agência de notícias anarquistas-ana
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