No dia 1 de Dezembro, em Italia, começou uma greve de fome contra a prisão perpétua que conta já com cerca de 800 presos em prisão perpétua e 8353 presos que não estão em prisão perpétua aderentes, bem como familiares e simpatizantes. A luta contra este tipo de pena de morte-lenta começou a tomar outra forma nos primeiros meses de 2007 quando um grupo de presos da prisão de Nuoro (Sardenha, Italia) propuseram uma campanha de luta pela abolição da pena perpétua (em italiano, “ergastolo”). Esta campanha concretizou-se num movimento impulsionado pelos próprios presos, mas que desde fora recebeu o apoio de ex-presos, familiares, amigos e colectivos de apoio a presos. Desde o inicio das greves que várias acções de solidariedade foram realizadas em diferentes cidades tais como Paris, Torino e Roma onde logo no dia 1 de Dezembro foram distribuidos panfletos à porta de cadeias em solidariedade com os presos em Luta. Para os dias 14 e 15 de Dezembro existe um apelo para umas jornadas internacionais de acção em solidariedade com as greves em Italia . O sistema prisional, enquanto ferramenta da repressão estatal representa uma das maiores contradições do sistema democrático: as “malhas da lei que prendem os pobres e são rotas pelos ricos”. O discurso da democracia, constantemente pautado por apelos aos direitos humanos esconde uma instituição violenta e corrupta que não tem recuperação possível, reflexo nítido do sistema capitalista. Se já as prisões não se justificam, muito menos se justificará a prisão perpétua.
Noticia publicada no Indimedia
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