De acordo com Richard Black, da BBC,os tomadores de decisão no campo de mudanças climáticas tem pouca fé nos biocombustíveis, como uma tecnologia de baixa produção de carbono, diz a Uniao Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Em Bali, na Conferência Internacional sobre Clima, aparentemente os profissionais confiam mais nas bicicletas do que nos biocombustíveis. As conclusões vieram assim que os ministros se reuniram para as conversas finais na conferência. Os grupos de conservação destacaram o impacto da mudança do clima nos trópicos e Antartida. Negociadores europeus que se encontraram na conferência que durou 2 semanas esperam que a reunião lance um processo de 2 anos que leve para um próximo ciclo que irá ser implantado quando as propostas do protocolo de kioto expirarem em 2012. Thelma Krug, da delegação brasileira declarou em uma frase enfática o objetivo da reunião: ?Se ninguém demonstra vontade para lidar com a redução de emissão de carbono para um nível manejável, então, o que estamos fazendo aqui?? A dúvida que paira no ar é: quais seriam as tecnologias apropriadas para diminuir o efetito estufa? Na questão dos combustíveis, de 18 tecnologias sugeridas pela IUCN os biocombustíveis apareceram com baixo valor, tendo apenas 21% de confiança no tópico diminuição do nível de carbono na atmosfera sem efeitos colaterias inaceitáveis. Esta pesquisa foi feita com mil profissionais de 105 diferentes países. Aproximadamente o dobro mostraram-se confiantes na energia nuclear, enquanto a energia solar para produção de água quente e energia solar para produçao de eletricidade foram os com maior nível de aceptabilidade e confiança. A pesquisa envolveu pessoas de ONGs, governos e indústria. De maneira geral, os envolvidos na pesquisa disseram que aumentar a eficiência energética e reduzir a demanda poderiam produzir mais benefícios do que fontes de energia ?limpas? Embora a união européia e os Estados Unidos estejam investindo massivamente em biocombustíveis estudos mostram que estes talvez produzam apenas níveis marginais de redução de carbono se comparados com os convencionais diesel e petróleo. Há lugares como a Indonésia, por exemplo, onde florestas estão sendo derrubadas para dar espaço a plantações para produção de biocombustíveis como o óleo de palma. A proteção das florestas de forma a manter a biodiversidade intacta pode ser de maior relevância para o controle do efeito estufa. Duas apresentações nas reuniões paralelas de Bali deram destaque aos impactos da mudança climática na natureza. Os pesquisadores da Conservação Internacional (IUCN) coletaram dados do Painel Internacional de Mudanças Climáticas em 2007 e calcularam o que aconteceria nas áreas de proteção se as previsões do IPCC para os próximos 30 anos estiverem certas. Eles descobriram que mais da metade destas áreas ficariam vulneráveis com a mudança climática projetada em 21 países, mais da metade nos trópicos. De acordo com Sandy Andelman, diretora do IUCN na área de Ecologia Tropical,com estes dados assumiram que, se a terra é protegida, então as plantas e os animais vivendo nestas áreas persistiriam. Anajara Laisa Amarante, de Munique.
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