segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O FIM DO IMPÉRIO AMERICANO



Desde tempos imemoriais um império se define pela capacidade que uma tribo, cidade, ou nação tem de impor sua vontade aos outros povos. A submissão e a idéia imperial são incompatíveis. Não se domina pela subserviência. Os americanos já enterraram 700 bilhões de dólares no Iraque e não se pode dizer que tenham vencido a resistência iraquiana. Vários paises, inclusive do Oriente Médio, já começaram a usar o euro para suas transações internacionais. O declínio da importância militar e monetária dos EUA é evidente. Mas foi em 02/01/2008 que ocorreu o anúncio oficial do fim do Império Americano. Neste dia fatídico para os orgulhosos habitantes daquela porção do hemisfério norte o New York Times publicou a seguinte matéria: “... um alto funcionário de um banco estatal chinês advertiu que pode haver uma venda maciça de ativos cotados em dólares, com efeito desestabilizador, se o Banco Central americano continuar a reduzir os juros.” http://www.nytimes.com/2008/01/02/opinion/02wed2.html?_r=1&hp&oref=sloginQuando um país já não tem mais poder sobre sua própria política monetária e macroeconômica, quando seu destino está nas mãos alheias, sua soberania foi para o espaço e iluminou-o como o Challenger. Ao aderir incondicionalmente à invasão do Iraque, a Inglaterra atestou sua dependência política dos EUA. Agora o NYT anunciou delicadamente que os próprios EUA estão virando um apêndice da China em razão do poder que os chineses têm de ditar os juros que os americanos devem ou não pratica para continuar investindo em títulos do governo americano. O mundo dá muitas voltas. Do outro lado do planeta, os chineses fazem filas para realizar cirurgias estéticas para ficar parecidos com os ocidentais. Não deve demorar muito para que deste lado os norte-americanos iniciem filas nos consultórios dos cirurgiões para ficar parecidos com os chineses. Entretanto, se os primeiros ficam parecidos com os americanos estes acabarão semelhantes aos bolivianos.

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