terça-feira, 25 de novembro de 2008

Luta dxs Presxs gregos: Fim da Greve de fome...


Depois de 18 dias e uma participação de 10.000 presos e presas.Segundo as declarações do ministro da justiça da Grécia Sotiris Jatzigakis, a reforma penitenciária que se discutirá no parlamento nas próximas semanas, permitirá a libertação de 4000 presxs, até Abril de 2009.Aqui fica o comunicado da comissão de presxs em luta :Comunicado da comissão de presxs em luta (Grécia)Iniciámos a nossa luta há 18 dias.Dez mil presos e presas, com jejuns e posteriormente com as greves de fome, lutamos contra a situação penitenciária e a indiferença do Ministério da Justiça..A partir de amanhã, 6ª-feira 21 de Novembro, xs presxs de todas as prisões do país declaramos que suspendemos as mobilizações, pondo fim às greves de fome ..A reforma legal que o governo está a apresentar no parlamento trata de algumas das nossas reivindicações..O ministro tem de materializar as saus promessas quanto à libertação imediata do número de presxs que anunciou e, ao mesmo tempo, avançar com as medidas e iniciativas que englobam a totalidade das nossas reivindicações. Nós xs presxs, vemos esta reforma legal como um primeiro passo, resultado das nossas lutas e da solidariedade da sociedade; No entanto, não nos cobre, não dá solução aos nossos problemas principais..Com a nossa luta reivindicamos sobretudo a nossa dignidade. Esta dignidade não a oferecemos a nenhum ministro nem a nenhum guarda. Não toleraremos nem um abuso, nem uma transferência vingativa, nem um castigo disciplinar. Estamos de pé e vamo-nos manter de pé. Exigimos a abolição total das 4/5 partes de vários tipos de penas, a abolição da soma das penas disciplinarese a ampliaçãode todo o tipo de acesso a precárias (saídas de alguns dias da cadeia) e terceiro grau (regime semi-aberto) para todxs xs presxs. Além disso, exigimos que as declarações generalistas do ministro da justiça sobre a melhoria das condições penitenciárias (abolição dos centros de internamento de menores, funcionamento de centros especializados para toxicodependentes, etc) sejam certificadas com leis nos próximos três meses..Para acabar, muitos agradecimentos aop movimento solidário, aos/às lutadorxs, a cada entidade, partido e meio de comunicação que nos apoia da maneira que escolhe e declaramos que a luta contra toda a lixeira humana e pelo cumprimento de todas as nossas reivindicações continua....Comissão de presxs panhelénica.Alexandros KolaAbdel Jalim FatajRania DjabarDani KarabuleaVaggelis Palis...5ª-feira, 20 de Novembro de 2008
A Las Baricadas
Portugal: Alastrando a solidariedadeNa sexta-feira, dia 14 de Nov., às 11h da manhã distribuímos 200 flyers tamanho A4 em frente e em redor do edifício da Secção Económica e Comercial da Embaixada Grega, no centro de Lisboa, deixando também alguns dentro do edifício. Os flyers continham um breve texto introdutório à luta dos presos, algumas das suas exigências e uma cronologia dos acontecimentos até à data. Além disso, incluia também o seguinte texto:A prisão está em todo o lado, em toda a nossa vida. Constantemente somos observados, controlados, identificados, escutados... ela é o polícia, a câmara de vigilância, o tribunal, o juíz, a esquadra, e toda a nossa realidade diária de interacções forçadas... ela é o medo de sermos o que somos, de dizermos o que sentimos, de fazermos o que gostaríamos de fazer... ela é a miséria quotidiana, persegue-nos na nossa memória, é uma ameaça permanente...A prisão é também aquele edifício isolado, onde só estão os condenados e os carrascos... é o cerco de onde não podemos sair, é os guardas que nos controlam e torturam, é o nosso corpo nas mãos do Estado... ela é as paredes que nos fecham e que nos escondem, que nos afastam durante anos... ela é o sítio onde tudo nos é retirado...A prisão é, ao mesmo tempo, uma ideia e um edifício. Mas sempre uma realidade.Na Grécia ou em qualquer outro lugar, a luta por parte dos presos é a única forma de enfrentarem e combaterem a realidade a que são obrigados. Aceitar a prisão é apenas possível por meio de todos os métodos de alienação que o Estado emprega, dentro e fora das prisões, e que criam um quotidiano de medo e resignação. O que se passa hoje nas prisões Gregas nasceu da determinação de indivíduos sequestrados pelo Estado, e embora nós estejamos no exterior das paredes, isso não significa que sejamos livres. Essa liberdade temos nós de a conquistar.Na Grécia, em Portugal ou em qualquer outro país, nenhuma condição de vida dentro da prisão será humana, pois isso é impossível dentro de uma prisão. Não existe reforma de qualquer natureza que possa, de alguma maneira, humanizar um local onde estamos presos; onde tudo, à excepção da dignidade, nos é retirado.Mas a dignidade pertencerá sempre aos que lutam, aos insurgentes, aos indivíduos.Há inúmeros modos através dos quais podemos dar a nossa solidariedade e alastrar a revolta, atacando o controlo e os controladores deste mundo; o primeiro passo é decidir de que lado estamos.Posto isto, a única exigência que temos é a destruição de todas as prisões e desta sociedade-prisão!
SOLIDARIEDADE COM OS PRESOS EM LUTA NA GRÉCIA!a
narquistas"***Domingo à noite anarquistas atacaram a embaixada grega em Lisboa (Portugal) com bolas de tinta preta.Saudações aos companheiros.Solidariedade com os presos em luta!!!!!!!

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