Em 27 de Maio passado, José Sócrates e Manuel Pinho assistiam ao início simbólico da produção e actividade comercial das minas de Aljustrel. Com produção e comercialização sobretudo voltadas para a exportação. Na altura, foram feitos grandes encómios a esta iniciativa pelos governantes presentes. José Sócrates chegou a afirmar que este era um “investimento ideal” para o país e que estava garantido o funcionamento da mina “pelo menos por mais dez anos”. E augurou, então, um futuro risonho para a empresa e trabalhadores. Vários destes trabalhadores, com empregos estáveis noutras empresas, enganados, vieram para as minas da multinacional canadiana Lunding Mining Corporation, onde julgavam encontrar um emprego melhor e com futuro.Agora, passados seis meses, a empresa anuncia a suspensão da produção de zinco, devido, segundo a administração, ao agravamento da situação financeira, provocada pela “baixa cotação do zinco no mercado”. Centenas de postos de trabalho estão neste momento em causa, incluindo o trabalho directo e o subcontratado. Para o distrito de Beja, mas particularmente para Aljustrel, traduz-se num grave problema económico e social. Para os trabalhadores, um futuro incerto, provavelmente muito difícil. Entretanto, uma delegação dos mineiros de Aljustrel foi recebida no Ministério da Economia, declarando esperar respostas concretas sobre o futuro das minas. Mas não satisfeitos com as propostas do governo, decidiram manifestar-se à porta da residência oficial do primeiro-ministro. Veremos como o governo do PS, tão lesto a tentar resolver problemas a banqueiros e especuladores, descalça esta bota. Vai “nacionalizar” as minas de Aljustrel, como fez com o BPN?
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