terça-feira, 25 de setembro de 2007

As actividades pelo clube aljustrelense irão dar início pelo dia 4 de Outubro, com o lançamento do Alambique, a nova publicação confeccionada por estas bandas. Esta mesma apresentação também andará pelo CCL (Cacilhas) no dia 5 de Outubro e pelo Porto, na Casa Viva no dia 6.
Por agora fiquem com o editorial do Alambique
Alambique, s.m. [do ár. ‘anbiq] –1. Aparelho próprio para realizar destilações –2. Fig. Aquilo que serve para apurar ou aprimorarDepois de alguns meses em fermentação o ALAMBIQUE começa a destilar.Esta é uma publicação que surge do projecto anarquista Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia, que se movimenta entre Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Castro Verde e restante Baixo Alentejo. Já em 2003 o CCA de Ferreira do Alentejo juntara na difusão do pensamento libertário diversos companheir@s da região. De há um ano para cá, ressurge o CCA, agora denominado Gonçalves Correia (em nome da mais renomeada herança anarquista da zona), junto do Club Aljustrelense, espaço que periodicamente abre portas às nossas iniciativas.Os objectivos: estreitar as afinidades libertárias e procurar divulgar através de várias iniciativas públicas diversas questões e problemas que combatam a apatia, o medo e o conformismo que nos sufoca. Dar viva voz ao protesto.O ALAMBIQUE surge depois de um ano de actividades no Clube, onde o projecto assentou arraiais. A necessidade de dar a conhecer o que fazemos, de sair portas fora tornou-se ao longo deste tempo algo imperativo. Não apenas com vista a um alcance maior, mas para quebrar com a passividade de nos fecharmos num getho, numa tribo, com os mesmos de sempre. Nesse sentido o Club Aljustrelense só por si, é isso mesmo: um clube. E o nosso projecto pese querer contribuir sobremaneira para a sua dinamização, nunca pretendeu encerrar-se na dinâmica fechada de um espaço que tem a sua vida própria com as suas virtudes e os seus defeitos.Nesta nossa (des)construção afirmamos não apenas a crítica ao insaciável capitalismo e autoritarismo que nos rodeia. Queremos também, informal e livremente, que a nossa festa e o nosso companheirismo não seja a alienação que nos querem impor, mas a revolta com que queremos aprender a viver.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Por uma agricultura europeia livre de transgénicos! GRANDE ACÇÃO, Porto, 16 de Setembro!


De 16 a 18 de Setembro vai acontecer na cidade do Porto (Norte de Portugal) uma Reunião Informal de Ministros da Agricultura europeus. Terá lugar na Alfândega do Porto. É uma boa oportunidade para a sociedade civil dizer o que pensa sobre as políticas agrícolas, pois o tema principal será o futuro da agricultura na Europa e a Política Agrícola Comum. O GAIA e a Plataforma Transgénicos Fora vão aproveitar a ocasião para protestar contra os transgénicos e as leis que protegem as multinacionais em vez do ambiente e da saúde das pessoas.
Dia 16 - Domingo, terá lugar protesto não-violento, com música, teatro e dança para que o futuro da agricultura na Europa seja livre de transgénicos!
Se estás interessado, contacta porto@gaia.org.pt

Ocupação Lima Barreto é despejada ilegalmente no Rio de Janeiro

Ocupação Lima Barreto é despejada ilegalmente no Rio de Janeiro

O Centro Cultural Lima Barreto foi despejado dia 6 de setembro pela Guarda Municipal, com auxílio da Polícia Militar e fiscais da prefeitura do Rio de Janeiro. Este já é o segundo despejo de ocupações no centro da cidade em pouco mais de uma semana .
O despejo, apesar das afirmações em contrário, foi ilegal e nenhum documento judicial foi apresentado para os/as moradores/as. Desde a manhã, três pessoas foram agredidas por tentarem resistir à entrada da Guarda Municipal e durante todo o dia, houve tentativas de resistir com o apoio das pessoas e militantes de movimentos sociais que chegaram para prestar solidariedade. Apesar disso, o despejo, claramente ilegítimo, foi realizado, deixando ainda mais pessoas sem ter onde morar e acabando com um trabalho social e cultural que ocorria dentro da ocupação.O Centro Cultural Lima Barreto recebeu esse nome em homenagem a Afonso Henriques de Lima Barreto, jornalista e escritor carioca (1881-1922). Lima Barreto, como era conhecido, mulato, era vítima constante do racismo num Brasil que mal acabara de abolir oficialmente a escravidão. Simpático ao anarquismo e colaborador na imprensa socialista era contudente crítico à sociedade brasileira, por ele considerada preconceituosa e profundamente hipócrita. Seu mais importante livro, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", é considerado uma importante influência na escola Pré-Modernista.
Milhares de pessoas ocuparam as ruas em todo o país, no dia sete de setembro, na 13a edição do Grito dos Excluídos, que em 2007 foi realizada sob o lema "Isto não Vale! Queremos participação no destino da nação". O lema faz referência ao plebiscito popular sobre a anulação do leilão da Companhia Vale do Rio Doce.
"O Grito trouxe muitas inovações às mobilizações sociais e procura privilegiar o protagonismo dos excluídos e excluídas, o espaço de parceria aberta e plural, a linguagem popular, descentralização das decisões, denúncia e anúncio e livre criatividade", diz Luiz Basségio, da secretaria continental do Grito dos Excluídos.
Desde 1999, o Grito dos Excluídos é realizado também em 23 países das Américas Latina, Central e Caribe, mas no dia 12 de outubro. A data marca o início da invasão européia, com a chegada de Cristóvão Colombo, em 1492. Mais informações na página do Grito dos Excluídos Continental
OBJETIVOS GERAIS:
- Denunciar todas as formas de exclusão e as causas profundas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem perspectivas de futuro;
- Desmascarar a atual política econômica dependente que privilegia o capital financeiro, o pagamento da dívida e o superávit primário;
- Construir alternativas dos/as excluídos/as que tragam esperanças e perspectivas de vida para o povo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Lutar por uma política econômica que respeite os direitos políticos, sociais, culturais e ambientais do povo brasileiro.
- Apoiar todas as formas de luta contra as Dívidas e o imperialismo, como os Tratados de livre comércio e a militarização.
- Construir relações de gênero, raça/etnia, que respeite a igualdade de direitos, a reciprocidade, a pluralidade, e valorize as diferenças.
- Ser um espaço que possibilite fazer ouvir os Gritos do dia a dia do povo, em defesa da dignidade da vida.
- Lutar em defesa da Amazônia e dos demais biomas, do solo, das águas e do Rio São Francisco, porque a natureza não suporta este padrão de consumo.
EIXOS:
Democracia Direta e Participativa - A verdadeira democracia abre possibilidades em todas as dimensões da vida do povo. Além de votar, queremos participar também das decisões econômicas e poder decidir sobre o que fazer dos bens e recursos do nosso país.
Controle Social - Já conquistamos alguns mecanismos para controle do Estado e demais instâncias públicas de poder. Entretanto, é preciso que aprendamos coletivamente como exercer o controle, como funciona o ciclo orçamentário e a quem são distribuídos os recursos públicos. Precisamos também, criar novos espaços de participação direta.
Soberania Nacional - A soberania acontece e se concretiza quando todo o povo vai se esclarecendo e compreendendo quais os rumos que o País deve tomar! Não temos soberania enquanto ficamos submissos ao capital financeiro internacional, gerando superávit primário altíssimo! Não temos soberania, enquanto não fazemos auditoria da dívida! Construímos soberania, quando fazemos trabalho de formação nas bases e nos organizamos para influir nas decisões nacionais.
Poder Popular - Nos últimos anos caminhamos construindo as bases para ?O Brasil que queremos?. O modelo de desenvolvimento que está sendo realizado no País não é sustentável e não responde aos problemas enfrentados pela sociedade, precisamos nos organizar e garantir cidadania.
Ouvir os gritos - O povo fala e grita o tempo todo. É preciso estar sensível e atento, para continuar ouvindo os clamores do Povo! O trabalho de base é um compromisso fundamental! Não podemos fugir dele!
Mística, Esperança e Utopias - Precisamos alimentar as nossas esperanças, pois cremos na força e organização das/os Excluídas/os. Com o povo organizado queremos construir saídas viáveis para uma vida digna para todos/as e para uma nação livre e soberana! Esta é nossa utopia, que nos empurra para frente, mesmo quando as vitórias são pequenas! A memória histórica e os sonhos nos levam a abrir sempre novos caminhos!
Integração Regional - A América Latina está passando por um momento especial! Se, por um lado, as conquistas não são as esperadas, temos esperança que neste momento podemos dar passos concretos para uma integração regional baseada na solidariedade latino-americana e não na exploração de uma nação sobre a outra. A construção de um Projeto Popular para o Brasil sairá fortalecido também, se conseguirmos uma integração latino-americana, em outros moldes.
Comunicação - Este é um campo ainda pouco ocupado pela sociedade civil organizada. Precisamos lutar pela descentralização e pelo controle dos meios de comunicação social, exigindo que cumpram sua função social e estimulando a criação e o uso de mídias alternativas.
O QUE VALE:
- Democracia direta com a participação popular no destino da Nação;
- Economia a serviço da vida, humana e solidária, e que respeite o meio ambiente e a biodiversidade;
- Reforma Agrária com incentivo a agricultura familiar e a regularização fundiária das comunidades tradicionais, garantindo soberania alimentar para o País;
- Uma nova cultura do trabalho como fonte da realização da pessoa humana;
- Incentivo aos pequenos projetos hídricos como, por exemplo, as cisternas;
- Reforma urbana profunda que ofereça moradia digna para todos e todas;
- Valorizar o patrimônio cultural afirmando a importância da arte e da cultura popular nas suas diversas expressões;
- Valorização na relação de gênero e o respeito à diversidade.
O QUE NÃO VALE:
- A corrupção e o mau uso dos recursos públicos;
- Os grandes projetos hídricos que beneficiam as grandes empresas;
- A redução da idade penal;
- As reformas neoliberais que prejudicam e retiram direitos dos trabalhadores/as;
- A corrupção e a impunidade;
- A concentração de terra, renda e dos meios de comunicação;
- As privatizações, o pagamento da divida externa e a ALCA;
- A política econômica vigente no País.
- Exploração infantil e o trabalho escravo e o trafico de seres humanos.
- O fechamento de fronteiras para os migrantes.

O Peixe Morcego Vulcânico Cego