terça-feira, 16 de dezembro de 2008

RESISTE POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS






O jornalista iraquiano que lançou os sapatos a Bush é nomeado como a Personalidade do Ano





O Prémio da Personalidade do Ano é atribuído por unanimidade ao jornalista iraquiano Muntazir Az-Zaydi que pela sua coragem e o seu magnífico acto simbólico ao enfrentar Bush, o criminoso de guerra mais poderoso do mundo, conseguiu mostrar a todo o mundo que a Dignidade Humana é um alto valor que a todos deve inspirar, apesar dos criminosos governarem o nosso planeta.

A ilustração de cima é de Zack Furness, membro do website Bad Subject, enquanto a de baixo é do conhecido cartoonista brasileiro Latuff




Numa visita rápida ao Iraque por Georges W. Bush, durante uma conferência de imprensa em Bagdad, o jornalista iraquiano Muthathar al Zaidi descalçou-se e arremessou os seus dois sapatos em direcção ao Presidente dos Estados Unidos da América, e reconhecido criminoso de guerra, transformado agora em boneco de tenda de feira. Por pouco, os pobres dos sapatos não acertaram no alvo.
O corajoso jornalista ainda teve tempo, antes de ser retirado pelos gorilas ao serviço de Bush, em gritar: "This is a goodbye kiss, you dog," ( este é um beijo de adeus, seu cão).
Note-se que o arremesso de sapatos contra alguém, na cultura árabe, é uma das maiores ofensas pessoais.
Dois outros jornalistas iraquianos, presentes na sala, declararam pouco depois que a acção do seu colega revelara uma enorme coragem.

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27 DEZ Casa Viva

Sabado 20-12 22H Club Aljustrel

Grécia] Chamada aberta para unir-se à assembleia popular organizada pela Câmara Municipal libertada de Agios Dimitrios

No dia 6 de dezembro de 2008, um policial apertou o gatilho e assassinou um jovem de 15 anos. A raiva da população está crescendo apesar das tentativas dos meios de comunicação e do governo de confundir a opinião pública..
Deveria ser evidente para todos agora, que este levantamento não é só uma resposta em honra de Alexandro. Desde então, se têm falado muito sobre roubos, incêndios e saques. Para os meios de comunicação e os políticos, a violência só é entendida em termos do que perturba a ordem pública. Para nós, sem dúvida: .
Violência é trabalhar sem parar durante 40 anos e perguntar-se se poderá aposentar-te algum dia..
Violência é a Bolsa, as aposentadorias roubadas e as ações..
Violência é estar obrigado a pedir uma hipoteca que acabarás liquidando ao dobro do preço..
Violência é o direito de um patrão a despedir-te a ti e a teus companheiros quando lhe dê vontade..
Violência é o desemprego, a precariedade, os salários de 700 euros..
Violência são os "acidentes" no lugar de trabalho, porque os patrões reduzem seus custos frente à segurança de seus trabalhadores..
Violência é ter que tomar Prozak e vitaminas para poder agüentar às horas extras.
Violência é ser um imigrante, viver com medo de ser deportado em qualquer momento e experimentar uma insegurança constante.
Violência é ser dona de casa, trabalhadora e mãe ao mesmo tempo.
Violência é ser violentada sexualmente e que te digam "Sorria quando te pedimos".
A revolta dos alunos de instituto, dos estudantes, dos abandonados, dos trabalhadores temporários e dos imigrantes atravessa a normalidade. A revolta não deve parar!.
Sindicalistas, partidos políticos, padres, jornalistas e empresários estão decididos a manter a violência a que nos referimos..
Não só eles, nós também somos responsáveis pela continuação indefinida da situação descrita acima. Esta revolta tem aberto um espaço para a comunicação, onde finalmente podemos expressar-nos livremente. Decidimos, portanto, ocupar a Prefeitura de Agios Dimitrios e convocar uma assembléia popular, aberta a todos..
Um espaço aberto para o diálogo e a comunicação, para romper com o silêncio, para recuperar nossas vidas. Ocupação da Prefeitura de Agios Dimitrios - Atenas, Grécia...
.Tradução > Juvei
agência de notícias anarquistas-ana
Em câmera lentapreguiça na imbaubeirapassa a outro galho.
Anibal Beça

Concentração na embaixada da Grécia

Terça-feira, 16 de Dezembro, 19h00: Concentração de solidariedade com o movimento social grego. Junto da embaixada da Grécia, rua Alto Duque nº13, Lisboa (Belém)O movimento social na Grécia protesta contra a violência que a polícia exerce sobre os cidadãos, cujo caso mais recente foi o assassinato de um jovem de 16 anos. Mas os protestos são também contra as crescentes desigualdades sociais.Neste mundo, quase todos os gregos com menos de 25 anos sabem que pertencem ao que é chamado por todo o lado como “a geração 700 euros”, a primeira geração depois da segunda guerra mundial que cresce com a certeza que vai viver uma situação pior que a dos seus pais. Uma geração com poucas perspectivas de um futuro melhor e ainda menos esperança nesse futuro.Por isso, entre as 19h00 e as 21h00, vamo-nos concentrar contra a violência policial, pela justiça social.

20 de Dezembro- Dia Internacional de Acção- Apelo das Universidades Ocupadas de Atenas


Iniciativa de Solidariedade Anarquista“We don’t forget, we don’t forgive” - day of international action against state murders, 20.12.2008
--Apelo Internacional--Hoje (6ª-feira), a assembleia do Politécnico Ocupado de Atenas decidiu fazer uma chamada a acções de resistência, a nível europeu e mundial, em memória de todos os jovens assassinados, imigrantes e todos aqueles que estavam a lutar contra os servos do estado. Carlo Juliani; A juventude dos subúrbios franceses; Alexandros Grigoropoulos e os inúmeros outros, em todo o mundo. As nossas vidas não pertencem aos Estados nem aos seus assassinos! A memória dos irmãos e irmãs, amigos e companheiros assassinados mantém-se viva através das nossas lutas! Não nos esquecemos dos nossos irmãos e irmãs, nós não perdoamos os seus assassinos. Por favor traduzam e espalhem esta mensagem por um dia comum de acções coordenadas de resistência, no maior número de sítios possível.TV é ocupada em PátrasNa cidade de Pátras, um grupo de anarquistas ocupou durante meia hora o canal de televisão "Super B", e emitiram ao vivo um vídeo com imagens da luta na Grécia e um comunicado. Vídeo, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=J-a1jCD9sk0Manifestação e Ocupação de uma emissora de Rádio em JaniáDepois da manifestação de hoje na cidade de Janiá (Ilha de Creta), foi ocupada uma emissora de rádio, onde foi lido "ao vivo" vários textos escritos pelo espaço autogestionado dos imigrantes, o C.S.O.A "Rosa Negra", a Associação de Professores, de um coletivo de anarquistas da cidade, da Associação de Estudantes da Universidade Politécnica de Janiá e da Prefeitura Ocupada de Áyios Dimítrios.Prisioneiros apoiam a lutaMilhares de prisioneiros, nos 23 presídios da Grécia, na terça-feira passada, entraram em greve de fome (por um dia) para se solidarizar com a luta e contra o terrorismo estatal.

sábado, 13 de dezembro de 2008

7º dia de protestos na Grécia

[Debaixo de uma forte chuva, a Grécia voltou a registrar confrontos entre jovens e policiais nesta sexta-feira, no sétimo dia de protestos pelo assassinato de Alexis Grigoropoulos, 15, por um policial ocorrido no sábado passado (6), em Atenas.]...Manifestantes e policiais se envolveram em novo violento embate às portas do Parlamento grego. Jovens atacaram os policiais com coquetéis molotov, pedras e outros objetos; e os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral.No protesto desta sexta-feira, os jovens carregavam faixas com os dizeres "o Estado mata" e "o governo é culpado de homicídio".Um dos manifestantes cobriu a escultura instalada diante do Parlamento, a Tumba do Soldado Desconhecido, com uma bandeira anarquista.Segundo agencias internacionais de notícias, o prejuízo pelos danos causados nos protestos já ultrapassa 1 bilhão de euros. E conforme fontes da polícia, o principal problema, agora, é a reposição do estoque de bombas de gás lacrimogêneo, a principal arma usada contra os manifestantes. Mais de 5.000 já foram utilizadas, e a Grécia pediu reforço para as polícias de Israel e da Alemanha..Direto da Grécia, sexta-feiraCentenas de estudantes enfrentaram a polícia em vários pontos de Atenas, atirando pedras e bombas incendiárias contra uma dezena de delegacias.Em seis dos quartéis se registraram danos materiais, além de que um transeunte ficou levemente ferido por uma bomba de gás lacrimogêneo na localidade de Jalandri, próximo da capital.Nas imediações da Universidade Politécnica, as pessoas que tomavam café nos terraços, se levantaram e começaram a atirar pedras contra a polícia para que deixasse de bater nos manifestantes.As televisões gregas informaram que também têm sido produzidos atos repressivos na cidade portuária de Tesalônica. Ali, a polícia deteve 12 pessoas, a maioria menores de 14 anos, que respondiam as investidas policiais atirando frutas e pedras contra os agentes nas proximidades da Torre Blanca, no centro da cidade.A polícia lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes que se refugiaram nas instalações da Universidade de Aristotélio.Rádio ocupada Uns 80 ativistas ocuparam a emissora privada Flash Radio para ler um comunicado contra a repressão.Os meios de comunicação comerciais prosseguem em sua estratégia tentando colocar toda a culpa da revolta popular sobre as costas do primeiro ministro. Não é que não tenha grande parte de culpa (ainda que seja o mandante), mas o objetivo desta tática é para que o povo acabe lutando pela renúncia deste politiqueiro, como se isso fosse à solução de todos os problemas.Isto se torna patente quando informam sobre a ocupação da emissora Flash Radio por ativistas para ler um comunicado contra a repressão. Os meios dizem que foi "para ler um comunicado criticando a Karamanlis"..Menina de 13 anos brutalmente presaQuando a manifestação estava terminando em Atenas, os antidistúrbios atacaram na rua Korai, prendendo pelo menos quatro estudantes. Uma delas era uma menina de 13 anos; vários jornalistas próximos reagiram a brutal detenção e também foram violentamente golpeados.Horas antes, o escritório de Alexis Kougias (advogado do assassino) foi atacado.Agentes secretos em um carro com placas falsas seqüestraram dois estudantes, espancá-los e depois os deixaram em liberdade na porta de um instituto escolar de Ilioupolis.Prefeitura Auto-organizada de Áyios DimítriosNo bairro de Áyios Dimítrios, a Prefeitura segue ocupada. A noite foi realizada uma assembléia popular onde participaram mais de 300 pessoas de todas as idades. Foi falado sobre muitos assuntos de como é a auto-organização da luta, o tema da violência, as razões da explosão social, os problemas dos imigrantes, dos desocupados... de todos nós.Durante a assembléia se notou a necessidade das pessoas tomarem suas vidas em suas próprias mãos, que é uma "ocasião" de uma mudança radical... algo que há algum tempo atrás parecia impossível.O mito bem construído, por parte dos meios de comunicação, durante os últimos anos sobre grupos de hooligans encapuzados que destroçam a propriedade privada foi derrubado. Pais, avós, crianças, anarquistas... todos juntos debateram em um clima de respeito, horizontalidade e auto-organizado.Foi decidido na assembléia: a continuação da ocupação até que estejam livres e sem encargos todos os detidos; às 17:00 teatro; às 19:00 manifestação pelo bairro; após nova assembléia popular; e assembléia da Prefeitura ocupada.Atenas em rebeldia Mais de 10.000 pessoas na manifestação de hoje no centro de Atenas. As intenções da polícia eram claras quanto a impedir a realização da mani, já que antes de seu início atacaram com gás lacrimogêneo a concentração. A polícia tem atacado os manifestantes e os jornalistas que são impedidos de gravarem com suas câmaras as barbaridades policiais. Na rua Koraí a policia atacou jovens, e também professores, sindicalistas e jornalistas que tentaram proteger os jovens.No geral, é uma manifestação enorme e pacífica (por parte dos manifestantes), algo muito importante nestes momentos, já que é uma resposta muito clara ao Estado e aos meios de comunicação, que falam de provocadores e hooligans, numa tática de intoxicar a opinião pública. O povo de Pátras deu a resposta aos fascistas e aos policiais a paisana......que durante os últimos dias aterrorizavam os manifestantes e toda a cidade.Hoje mais de 5.000 pessoas saíram às ruas de Pátras manifestando-se, dando assim a melhor resposta ao terror que "cultivavam" ultimamente "fachas" junto com a polícia. Pela manhã cidadãos atacaram um policial..
Vale à pena mencionar, que a Associação de Pequenos Comerciantes fez um comunicado dizendo que não houve destruição na cidade e a única coisa que aconteceu, segundo seu presidente, em uma entrevista na TV, foi a destruição de uma vitrine, isto pelas pedras que atiravam os policiais antidistúrbios nos manifestantes..
Tradução > Juveiagência de notícias anarquistas-anaSobre o varal
A cerejeira prepara
O amanhecer
Eugénia Tabosa

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

[Grecia] URGENTE, Notícias de ataque da polícia durante o funeral de Alexandros!!!

Incrivelmente a policia atacou o funeral do jovem Alexandros ontem à tarde!!!Milhares de pessoas foram ontem ao cemitério de Faliro para se despedirem num pesado silêncio de Alexandros.Repentinamente a polícia cercou o cemitério e vários jovens juntaram-se e tiveram uma azeda troca de palavras com as forças policiais que responderam com o uso de gases químicos e cargas nas portas do cemitério!!!A cobertura do funeral estava a cargo dos mass media que usavam helicópteros...Mais de 5000 pessoas foram cercadas no cemitério!!!Durante uma hora e meia as pessoas tentaram quebrar o cerco, DIFUNDE ESTA NOTÍCIA, ELA FOI ESCRICA DENTRO DO CERCO POLÍCIAL E NÃO TEMOS TEMPO DE A ENVIAR A MAIS MEIOS INFORMATIVOS!

Ações de solidariedade na Europa com o movimento anarquista grego e o assassinato do jovem Alexandros Grigoropoulos

Ações de solidariedade na Europa com o movimento anarquista grego e o assassinato do jovem Alexandros Grigoropoulos
Londres (Reino Unido): Ocupação da embaixada grega por cerca de 30 pessoas nesta manhã de segunda-feira (8). Tiraram a bandeira grega, queimaram e hastearam uma vermelho-negra. Algumas pessoas foram presas nesse protesto.
Fotos: http://www.indymedia.org.uk/en/2008/12/414613.html
Fotos: http://london.indymedia.org.uk/articles/372
Berlin (Alemanha): Ocupação do consulado grego e manifestação de rua com centenas de ativistas no dia 7 de dezembro. Entre hoje e amanhã serão realizadas manifestações em várias cidades da Alemanha, como Berlim, Hannover, Dortmund, München, Frankfurt, Bremen e Bern.
Fotos: http://de.indymedia.org/2008/12/235071.shtml
Fotos: http://www.flickr.com/photos/kietzmann/sets/72157610874863724/
Fotos da mani em Köln: http://de.indymedia.org/2008/12/235255.shtml
Paris (França): Aconteceu hoje (8) uma manifestação em frente da embaixada grega.
Zagreb (Croácia): A embaixada grega na cidade de Zagreb foi atacada.
Chipre (Ilha no Sul da Turquia): Na cidade de Páfos, por volta de 400 estudantes se concentraram em frente à delegacia geral. Numa tentativa de ocupar a rua receberam o ataque da policia, que deteve um estudante. Em Lefkosía, a polícia prendeu dois anarquistas durante a concentração em frente à embaixada grega.
Edimburgo (Escócia): Amanhã (9) às 13:00, manifestação solidária.
Madri e Barcelona (Espanha): Manifestações em solidariedade com as revoltas na Grécia amanhã (9) e 10 de dezembro.
agência de notícias anarquistas-ana
espantalho ao ventonum campo de girassóispardais sobre os ombros
Leonilda Alfarrobinha

[Grécia] Comunicado desde a ocupação do Instituto Politécnico de Atenas

[Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.]"No sábado, 6 de dezembro de 2008, Alexandros Grigoropoulos, de 15 anos de idade, companheiro, foi assassinado a sangue frio, com uma bala no peito por um polícia na zona de Exarchia.Contrariamente às declarações dos políticos e jornalistas, que são cúmplices dos assassinatos, isto não foi um "incidente isolado", mas uma explosão da repressão estatal que, sistematicamente, e, de maneira organizada, aponta aqueles que resistem, os que se rebelam, os anarquistas e antiautoritários.É o pico do terrorismo de Estado, que se expressa com a evolução da função dos mecanismos repressivos, seu armamento ininterrupto, o aumento dos níveis de violência que utilizam; com a doutrina da "tolerância zero"; com a calúnia da propaganda dos meios de comunicação, que penaliza os que lutam contra a autoridade.São estas condições que preparam o caminho para a intensificação da repressão, tratando de extrair o consentimento social de antemão, e eles cobram as armas dos assassinos de Estado de uniforme!A violência mortal estatal contra o povo na vida social e à luta de classes têm por objetivo a submissão de todo mundo, atuando como castigo exemplar, destinado a difundir o medo.É parte do grande ataque do Estado e da patronal contra toda a sociedade, com o fim de impor as mais duras condições de exploração e opressão, para consolidar o controle e a repressão. Da escola às universidades, às cadeias com a escravidão, às centenas de trabalhadores mortos nos chamados "acidentes de trabalhos, e a pobreza que atinge um grande número da população... Desde os campos de minas nas fronteiras, os programas e os assassinatos dos imigrantes e dos refugiados, aos numerosos "suicídios" nas cadeias e delegacias de polícia... dos "tiroteios acidentais" da polícia nos bloqueios à violenta repressão das resistências locais, a democracia está mostrando os seus dentes!Desde o primeiro momento depois do assassinato de Alexandros, manifestações espontâneas e distúrbios explodiram no centro de Atenas, a Politécnica, o Conselho Econômico e as Escolas de Direito estão ocupadas e os ataques contra o Estado e objetivos capitalistas acontecem em diferentes bairros e no centro da cidade. As manifestações, os ataques e os enfrentamentos surgem em Salónica, Patras, Volos, Chania e Heraklion, em Creta, em Giannena, Komotini e muitas outras cidades. Em Atenas, na rua Patission -fora da Politécnica e da Faculdade de Economia- os embates duraram toda a noite. Na saída da Politécnica, a polícia de choque utilizou balas de plástico.Domingo, 7 de dezembro, milhares de pessoas marcharam em direção ao quartel geral da polícia em Atenas, atacando a polícia antidistúrbio. Enfrentamentos de uma tensão sem precedentes explodiram nas ruas do centro da cidade, durando até o começo da madrugada. Há muitos manifestantes feridos e numerosos detidos,Mantemos a ocupação da Escola Politécnica que começou na noite de sábado, criando um espaço para todas as pessoas que lutam para avançar e um dos focos de resistência de caráter permanente da cidade.Nas barricadas, nas ocupações da universidade, nas manifestações e nas assembléias mantemos viva a memória de Alexandros, mas também a memória de Michalis Kaltezas e de todos os companheiros que foram assassinados pelo Estado, fortalecendo a luta por um mundo sem amos e escravos, sem polícia, sem exércitos, sem cadeias e sem fronteiras.As balas dos assassinos uniformizados, as detenções e surras nos manifestantes, o gás químico arremessado pelas forças da ordem, só não podem impor o medo e o silêncio, mas, também, que são convertidos para que as pessoas tenham razão para lutar contra o terrorismo de Estado e encarar a luta pela liberdade, para abandonar o medo e para encontrar-nos -cada vez mais a cada dia- nas ruas da revolta.Deixamos que flua a fúria e os afoguemos! O terrorismo de Estado não passará!Liberação imediata de todas as pessoas presas nos acontecimentos de sábado e domingo (7 e 8 de dezembro)!Enviamos nossa solidariedade a todas as pessoas que ocupam as universidades, as que se manifestam e lutam contra o terrorismo de Estado em todo o país!Assembléia de Ocupantes da Universidade Politécnica de Atenas.
agência de notícias anarquistas-anasilêncio profundosó o respirar das floresno sopro da brisaLeonilda Alfarrobinha

Atenas, Grécia: acções por toda a Grécia após companheiro de 16 anos ser assassinado a tiro pela polícia








No sábado, 6 de Dezembro, por volta das 10h da noite, dois bófias Gregos que se encontravam a patrulhar o bairro de Exarchia, em Atenas, envolveram-se numa discussão com um grupo de jovens (outras fontes afirmam que estes jovens atacaram o carro-patrulha com paus e talvez cocktails molotov). Na sequência, um dos bófias saca da pistola e dispara três tiros, acertando num companheiro de 15/16 anos, tendo este chegado ao hospital de Evangelismos já morto.
Numa resposta imediata, milhares de pessoas juntaram-se nos centros das cidades de grande parte das cidades Gregas. Em Atenas, concentraram-se frente ao Hospital de Evangelismos, de forma a impedirem o acesso ao interior por parte da bófia. Pouco depois a polícia anti-motim atacou numa rua de Exarchia, resultando numa pessoa ser detida. A noite em Atenas evoluiu com uma assembleia espontânea na Universidade Politécnica, com uma série de motins em todo o centro de atenas, incluindo ataques contra esquadras da polícia e bancos, durante até à madrugada de domingo. Três edifícios da Universidade foram ocupados.
Concentrações, manifestações, acções directas e motins tomaram lugar em todo o país. Em Salónica, realizou-se uma enorme manifestação espontânea, tendo 2 esquadras da polícia sido atacadas, vários bancos foram incendiados e a rua Egnatia, a avenida principal, foi bloqueada durante horas por caixotes do lixo a arder. Também há relatos de acções em Yannena, Iraklio, Chania, Komotini, Mitilini, Xanthi, Serres, Sparta, Alexandroupolis e Volos.
Foram convocadas manifestações por toda a Grécia amanhâ (domingo) à tarde, começando às 13h.
Actualização de hoje (domingo):
A polícia de Atenas diz num comunicado que os insurgentes danificaram ou incendiaram 31 lojas, nove agências bancárias e 25 carros. Os veículos danificados incluem 6 carros-patrulha estacionados à porta da esquadra da polícia de Acropolis, no centro de Atenas.
24 polícias foram feridos por objectos que lhes foram atirados, um deles teve de ser hospitalizado. 6 pessoas foram detidas, 5 delas por saquearem lojas danificadas e uma por ter uma arma, dizem.
"Nunca vimos nada assim", afirmou um superior da polícia que pediu o anonimato devido ao seu envolvimento na investigação. "A tensão é de cortar à faca".

Alexandros Grigoropoulos




Foi convocada uma manifestação para hoje no centro de Atenas, e uma outra para amanhã.
retirado e traduzido de http://www.indymedia.org.uk/en/2008/12/414473.html?c=on#c208999
mais informação e actualizações em:
http://www.lahaine.org/index.php?p=34671 (em Castelhano)
http://anarcores.blogspot.com/ (em Grego)
http://cettesemaine.free.fr/spip/article.php3?id_article=1688 (em Francês)
http://www.informa-azione.info/grecia_polizia_uccide_un_giovane_durante_scontri (em Italiano)
http://www.klinamen.org/article5430.html (em Castelhano)


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

5 de Dezembro - "AS PRISÕES: um olhar de fora para dentro" - N`Associação Cultural Khapaz - Arrentela - Seixal



Debate:As prisões; um olhar de fora para dentroA prisão é um lugar de marginalização, de tortura, de desumanização. É um lugar de esquecimento, onde aqueles que nelas se encontram em reclusão são colocados para que nos esqueçamos da iniquidades desta sociedade. Os gritos que dá lá vêem são abafados pelas fortes muralhas que os abafam. Mas alguns são tão fortes que se soltam pelos ares e vêm até nós como apelos de solidariedade. São esses testemunhos que pretendemos fazerem-se ouvir para romper com o silêncio dessas muralhas. N`Associação Cultural Khapaz, dia 5 de Dezembro (sexta-feira) pelas 19hKhapaz - Associação Cultural
Rua João Martins Bandeira, nº 7 AQta. da Boa Hora
2840-372 Arrentela
Email: khapaz_kult@yahoo.com.br

O ataque a Mumbai

Os líderes indianos precisam de olhar mais para perto
O ataque terrorista a hotéis de cinco estrelas de Mumbai foi bem planeado, mas não necessitou de muita perícia logística: todos os alvos eram fáceis. O objectivo foi criar grande confusão apontando o foco sobre a Índia e sobre os seus problemas, e nisso os terroristas tiveram sucesso. A identidade do grupo encapuzado permanece um mistério.
O Deccan Mujahedeen, que reivindicou o atentado através de correio electrónico para a imprensa, é certamente um novo nome provavelmente escolhido unicamente para este acto. Mas a especulação alastra. Um responsável da marinha indiana afirmou que os atacantes (que vieram num barco, o M V Alpha) estavam ligados a piratas da Somália, fazendo supor que esta tenha sido uma vingança contra a bem sucedida acção sangrenta contra piratas, no Golfo Arábico, que provocou grandes baixas há algumas semanas atrás.
O Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh, insitiu na ideia de que os terroristas tinham origem fora do país. Os meios de comunicação indianos deram eco a esta linha de argumentos, com o Paquistão (via Lashkar-e-Taiba) e a Alcaida na lista dos suspeitos habituais.
Mas este é um pensamento construído pela imaginação política oficial da Índia. A sua função é negar que os terroristas possam ser uma variedade caseira, um produto da radicalização de jovens muçulmanos indianos que finalmente tenham desistido do sistema político autóctone. Aceitar esta visão implicava que os médicos políticos do país precisavam de se curar a eles mesmos.
A Alcaida, como a CIA esclareceu recentemente, é um grupo em declínio. Nunca chegou perto de repetir algo que vagamente se assemelhe aos ataques de 11 de Setembro.
O seu líder principal, Osama bin Laden, pode muito bem já estar morto (ele não fez a sua intervenção vídeo habitual nas eleições presidenciais norte-americanas deste ano) e o seu representante já não lança tantas ameaças e fanfarronices.
Então e o Paquistão? O exército do país está profundamente envolvido em acções na fronteira noroeste, onde o extravasar da guerra afegã desestabilizou a região. Os políticos actualmente no poder estão a fazer repetidas aberturas à Índia. O Lashkar-e-Taiba, normalmente pouco tímido em reivindicar os seus ataques, negou veementemente qualquer envolvimento nos ataques de Mumbai.
Porque é que seria tão espantoso se os perpetradores fossem eles próprios muçulmanos indianos? Não é segredo nenhum que tem havido muita revolta no seio das secções mais pobres da comunidade muçulmana contra a sistemática discriminação e contra actos de violência levados a cabo contra eles, dos quais a perseguição anti-muçulmana de 2002, na lustrosa Gujarat, foi apenas o episódio mais escandaloso e mais investigado, apoiado pelo Ministro Chefe do Estado e pelo aparelho estatal local.
Acrescentem a isto a contínua acrimónia de Caxemira que tem sofrido desde há décadas tratada como uma colónia pelas tropas indianas, com detenções, torturas e violações de habitantes da Caxemira numa rotina diária. As condições têm sido muito piores do que no Tibete, mas despertaram pouca simpatia no Ocidente, onde a defesa dos direitos humanos é altamente instrumentalizada.
Os serviços de informação indianos estão bem cientes de tudo isto e não devem encorajar as fantasias dos seus líderes políticos. É preferível aparecer e aceitar que há graves problemas dentro do seu país. Mil milhões de indianos: 80% hindus e 14% muçulmanos. Uma enorme minoria que não pode ser sujeita a limpeza étnica sem provocar um conflito mais alargado.
Nada disto justifica o terrorismo, mas devia, pelo menos, obrigar os líderes indianos a dirigirem a sua atenção para o seu próprio país e para as condições existentes. As disparidades económicas são profundas. A noção absurda de que os efeitos em cascata do capitalismo global iriam resolver a maioria dos problemas pode agora ser observada como o que sempre foi: uma parra para esconder novas formas de exploração.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

30 Nov

5 Dezembro

Jantar Popular

cinema comunitário e oficina activa de mãos dadas

Em vez de ocupar o serão habitual da primeira terça-feira do mês, o cinema comunitário resguardou-se para uma sessão especial, na abertura da Oficina Activa, que decorre até segunda-feira, dia 8.
Tendo em conta que a Oficina Activa se dedica ao tema da acção directa, vamos projectar uma série de pequenos filmes de acções um pouco por todo o mundo ao longo da história recente. Agradecimentos ao pessoal do KinoKast que disponibilizou uma série de filmes especialmente para esta sessão: www.kinokast.net.
Nota- Os filmes embora não estejam legendados em português são na sua esmagadora maioria compostos por compilações aleatórias de imagens e sem diálogo. Portanto, falam por si. Qualquer tradução mais complicada será feita ao vivo durante as projecções, tal como qualquer explicação sobre os eventos referenciados nos vídeos.
Road to Ruin, de Jamie Lowe (14'/inglês)
Em 1996 o plano para construir uma autoestrada nos campos ingleses de Newbury levantou uma onda de resistência sem precedentes. 33 acampamentos em topos de árvores foram erguidos para impedir a desflorestação imposta pelo projecto. Milhares de pessoas envergaram numa série de acções directas contra a construção, iniciando dessa forma um movimento de massas sem igual, abrindo as portas e indirectamente construindo as bases para o movimento "anti-globalização" que dali florescia. Esta é a estreia mundial da versão remastered deste curto filme que já correu o mundo.Carnaval contra o capital, de Jamie Lowe (13'/inglês)
Alguns meses depois da batalha de Seattle, onde milhares de manifestantes cancelaram a cimeira da organização mundial do comércio, anunciando ao mundo que afinal de contas o projecto neo-liberal não era consensual, em Londres, foi convocada uma pequena festa para celebrar a vitória do movimento. O que era para ser uma simples acção de uns quantos jovens a dançar samba em frente do banco de Inglaterra, transformou-se numa acção em massa onde apareceram milhares de pessoas que durante um dia encerraram a cidade.
Jogando Golfe com o G8, do Indymedia (7 '/inglês)
Em 2005 os líderes do G8 juntaram-se para jogar golfe numa estância hoteleira na Escócia. Milhares de activistas de todo o mundo fizeram de tudo para se juntarem ao torneio. Esta é uma curta compilação de vídeos de quase tudo o que se passou em Gleeneagles, desde simples marchas a pequenas acções de bloqueio das vias de comunicação das montanhas escocesas.Um motim rural, de Revolt Vídeo (25'/inglês)
Na manhã de 6 de Julho de 2005 cerca de 500 activistas partiram do eco-camp em direcção à pequena cidade de Stirling. No caminho encontraram uma série de barricadas policiais, e uma a uma foram deitadas a baixo. Numa acidental, no entanto arrojada, conjuntura atraíram tanta policia que se acabou por quebrar o cordão policial que rodeava o acampamento anti-G8, permitindo a dezenas de grupos de afinidades uma saída sorrateira em direcção à autoestrada e linhas de comboio, que horas mais tarde seriam bloqueados por estes, fechando as conversações da cimeira do G8 logo no primeiro dia. No dia seguinte, seriam os ataques à bomba em Londres a fechar por completo a cimeira daquele ano. Este vídeo mostra-nos imagens impressionantes de um motim no meio do campo.
Zapatismo na cidade do México, do Laboratorio de Acción Directa (13'/espanhol)No dia 30 de Junho de 2005 foi anunciada a sexta declaração da selva Lacandonica, onde o movimento Zapatista lidera uma "desautoridade" autónoma há mais de 14 anos. Para o celebrar, um grupo de estudantes da capital mexicana, apoiantes do Zapatismo, decidiram pintar uma enorme estrela vermelha zapatista no meio da Praça Maia, palco dos momentos mais relevantes da história mexicana. Neste curto vídeo vemos como se mistura acção directa com arte, originalidade e alguma artimanha.Massa Crítica, de Kinokast (6')
2 Rodas é bom. 4 quatro rodas é mau. A massa crítica é um encontro mensal de ciclistas que se juntam para entupir o trânsito local, reclamando direitos para os ciclistas e promovendo formas de transporte não poluentes. Iniciou-se há mais de 20 anos em São Francisco, mas não demorou até que se espalhasse pelo Planeta, e hoje é rara a cidade que não tem um núcleo de massa crítica (incluindo o Porto). Este vídeo apresenta imagens de duas concentrações, uma em 1997 e outra em 2005, mostrando que a massa critica continua viva e de boa saúde.
Whitley Quarry 95, de Jamie Lowe (5')
Invasão de uma pedreira por ambientalistas em 1995.
Reclaim the streets, de Kinokast (20')
Reclaim the streets foi sem dúvida um dos movimentos mais originais e eficazes no final dos anos 90. Nascido em Londres rapidamente se espalhou pelo mundo, reivindicando o direito ao espaço público que progressivamente tem vindo a ser restringido e privatizado. Estes são 3 vídeos de 3 festas diferentes em 1997, ano em que pela primeira vez se organizaram as festas, incluindo aquela mais famosa onde se ocupou a M41, a "via de cintura interna" que rodeia a cidade de Londres.
Reclaim the media IMC Itália (3')
Uma festa em frente da sede milanesa da Media Set, empresa do barão dos media e chefe mafioso italiano, Sylvio Berlusconi, reclamando mais parcialidade e transparência nos media.
www.cinemacomunitario.blogspot.com
Para mais informações sobre a oficina activa consultawww.oficinactiva.weebly.com
Sobre os filmes consultawww.kinokast.net

Rude Explosion na C.O.S.A.

JORNADAS DE LUTA NAS PRISÕES NOS ESTADOS ESPANHOL E ITALIANO







A partir de 2ª-feira, 1 de Dezembro, vão ter lugar diversos protestos nas prisões europeias.Em Itália 800 presos ergastolanos (Ergastolo é o nome dado à prisão perpétua, regime ainda existente neste estado) começam esse dia com um jejum colectivo e greves de fome rotativas que durarão uma semana em cada prisão, até ao dia 16 de Março.No estado espanhol, sabe-se que pelo menos 21 companheiros presos vão apoiar estas jornadas de protesto, nos dias 1, 2 e 3 de Dezembro, sob a forma de jejuns e permanência nas celas. Estes protestos acontecem em solidariedade com a luta dos presos ergastolanos e por uma série de pontos reivindicativos face ao sistema penal e judicial do estado espanhol.No link que deixamos aqui, estão disponíveis uma série de documentos gráficos e escritos para utilizar durante as mobilizações, que ajudem a extender de forma eficaz a solidariedade até ao outro lado dos muros!Esses mesmos documentos podem ser usados para qualquer outro organismo político, judicial ou penitenciário.É possível encontrar também as moradas dos presos em espanha que se vão juntar aos protestos, de maneira a que se possam enviar cartas de apoio.(NOTÍCIA COMPLETA)

Sistema judicial norte-americano persiste em assassinar Mumia Abu - Jamal







Sistema judicial norte-americano persiste em assassinar Mumia ...
A procuradora distrital de Filadélfia, Lynne Abraham (equivalente a procuradora do ministério público) pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que voltasse a impôr a pena de morte a Mumia Abu-Jamal.
Se esse pedido for aceite, isso pode significar a EXECUÇÂO imediata de Mumia, sem qualquer nova audiência ou julgamento, e apesar da montanha de novas provas que têm surgido em defesa da inocência de Mumia. Entretanto, o advogado de Mumia anunciou que iria também entregar no Supremo Tribunal um pedido de um novo julgamento. Este pedido tem de dar entrada até 19 de Dezembro. Este novo pedido tem por base o racismo que existiu na selecção de jurados no julgamento original e nas falsas indicações da procuradoria aos jurados na fase de decisão da culpa. São essencialmente os mesmos argumentos já usados (e negados) perante o Tribunal de Recurso do 3º Circuito de Filadélfia.
Não podemos deixar que Mumia seja assassinado!
Em defesa de Mumia, o dia 6 de Dezembro vai ser assinalado como Dia Internacional de Solidariedade com Mumia Abu-Jamal! Apelamos a todos os amantes da justiça e da liberdade que cerrem fileiras em defesa de Mumia Abu-Jamal.
Multipliquemos as iniciativas de divulgação desta causa!
NOVO DOCUMENTÁRIO SOBRE MUMIA
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.Um novo documentário britânico, “In Prison My Whole Life” ("Na Prisão Toda a Minha Vida"), sobre a vida de Mumia foi exibido novamente nos Estados Unidos.
O documentário já tinha estreado nos EUA no Festival Sundance em Janeiro e foi agora exibido no Festival Urbanworld de Nova Iorque a 11 e 13 de Setembro e depois na Conferência CR10 (Resistência Crítica 10 anos) em Oakland, Califórnia, a 26 de Setembro.
O documentário já tinha estado nos Festivais de Cinema de Londres e de Roma em 2007.
O documentário relata a história de William Francome, que nasceu no dia em Mumia foi preso. A sua mâe costuma dizer-lhe que cada aniversário que ele tinha era mais um ano passado por Mumia na prisão. Com o conhecido actor britânico Colin Firth como produtor executivo, "In Prison My Whole Life" foi realizado por Marc Evans e produzido por Livia Giuggioli Firth e Nick Goodwin Self. O filme inclui entrevistas com personalidades como Alice Walker, Angela Davis, Noam Chomsky, Amy Goodman, Ramona Africa, e músicos como Mos Def, Snoop Dogg e Steve Earle.
A Amnistia Internacional incluiu o filme na sua campanha internacional pela abolição da pena de morte. O doumentário mostra as agora famosas fotografias da cena do crime tiradas a 9 de Dezembro de 1981 e que> apenas foram redescobertas recentemente pelo autor alemão Michael Schiffmann, que as publicou no seu novo livro. Também inclui uma entrevista com o irmão de Abu-Jamal, Billy Cook, que estava no local depois do polícia Faulkner ter mandado parar o seu carro. É a primeira entrevista gravada de Cook e este nega a versão da acusação de que acertou na cara de Faulkner, supostamente provocando assim o espancamento que recebeu do polícia. Cook mostra as cicatrizes que ainda hoje tem na cabeça e diz: “Eles prenderam-me por o ter atacado, mas eu nunca pus a mão nele. Só estava a tentar proteger-me. Nunca acertei nele. Nunca acertei nele.”
Cook diz que> depois de ter sido violentamente espancado com a lanterna do polícia, Faulkner “foi meio vulgar e grosseiro. E se bem me lembro acrescentou a meio um> palavrão racista... ‘Volta para o carro, preto´.”
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Um trailer do documentário está disponível em
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=179496
DIA DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL COM MUMIA
O dia 6 de Dezembro foi denominado Dia de Solidariedade Internacional com Mumia Abu-Jamal. Estão marcadas acções em todo o mundo, em particular> por todos os EUA, a maior das quais será uma> concentração em Filadélfia frente à procuradoria distrital (o equivalente ao ministério público e que se tem destacado numa criminosa perseguição a Mumia). Daremos mais novidades à medida que as formos obtendo.
.SNOOP DOGG E OS MASSIVE ATTACK GRAVAM MÚSICA DE HOMENAGEM A MUMIA
O rapper norte-americano Snoop Dogg e o músico 3D do> grupo britânico de trip-hop Massive Attack (MA)> juntaram-se para gravar uma música de apoio a> Mumia, "Calling Mumia".
Os músicos fizeram a gravação sob o nome de "100 Suns" e surgem no novo> documentário "In Prison My Whole Life" sobre a vida> de Mumia, antes e depois da sua prisão por um crime> que não cometeu.
Um excerto da música diz:
"A forma como agora vivo é para educar e inspirar as crianças
/ e dar-lhes mais que erva e cerveja. /
Tenho muito para dizer /
porque não é divertido> estar-se preso."
A música está disponível no site> dos MA,
http://www.massiveattack.com/index.php?id=657,
e no YouTube,>> http://www.youtube.com/watch?v=0Tv78kaTGP4.>
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.NOVO LIVRO SOBRE MUMIA
Um novo livro de denúncia da farsa que foi o> julgamento e a condenação de Mumia Abu-Jamal foi> publicado em Maio passado nos EUA.
O livro, The Framing of Mumia Abul- Jamal, foi escrito por J. Patrick O'Connor, que defende que o verdadeiro atirador no caso da morte do polícia Faulkner foi Kenneth Freeman, e mostra como Mumia foi claramente tramado pela polícia, devido à sua actividade política, tanto como membro dos Panteras Negras como> mais tarde como jornalista que denunciava a actuação> racista da polícia de Filadélfia.
COMENTÁRIO DE MUMIA SOBRE A VITÓRIA DE OBAMA "(...) Mas o que é que ela significa? Não podemos> negar o seu valor simbólico. Em milhões de lares> negros, a sua fotografia será colocada ao lado das> de Martin, John F. Kennedy e de uma empaledecida> pintura de Jesus. (...) Mas para além do símbolo há> a substância. E substantivamente, alguns académicos> definem Obama como pouco diferente dos seus> antecessores. Apesar disso, os símbolos são uma> coisa poderosa. Por vezes têm uma vida própria.> Podem vir a significar algo mais do que pretendiam à> primeira vista. Foi feita História. Veremos que tipo> de história será. (...)"
>>> 23 de Novembro de 2008> Colectivo Mumia Abu-Jamal>>
.http://cma-j.blogspot.com/
cmaj@mail.pt

Festa de beneficência no 27º aniversário da associação Terra Viva (no Sábado, dia 29 de Nov.)







27º ANIVERSÁRIO da TERRA VIVA !http://terraviva.weblog.com.pt/
Rua dos Caldeireiros, n.º 213
4050-141 PORTO
(à Cordoaria, junto da Torre dos Clérigos)
telef: 223 324 001terraviva@aeiou.ptFESTA de BENEFICÊNCIA “S.O.S.TERRA VIVASábado,29 de Novembro -2008
DIAPOSITIVOS DAS NOSSAS ACTIVIDADES – VÍDEOS DE TEMAS ECOLÓGICOS – MÚSICA AO VIVO – ESTÓRIAS CONTADAS – JANTAR VEGETARIANO“CAMPISTA” – “POÇÃO MÁGICA” – MÚSICA DO MUNDO – LEITURA DE POEMAS ECOLÓGICOS/SOCIAIS – CONVÍVIO – MESA DE DIVULGAÇÃO/INSCRIÇÃO NOS NOSSOS WOKSHOPS,GRUPOS DE TREINO E CÍRCULOS DE ESTUDOS - etc.,
Pois é…A “crise” maldita também nos toca!...Apesar de 27 anos depois –então como “grupo ecológico” , agora como “associação de ecologia social” – continuarmos com um leque muito diversificado de actividades (intervenção e projectos sociais, eco-escotismo, campos de férias juvenis, informática, passeios pedestres, formação de animadores juvenis, workshops diversos, círculos de estudos, biblioteca …) , continuamos a ter ciclicamente problemas para fazer face às despesas de manutenção do espaço da associação (renda, água, luz, telefone, internet….)que vamos mantendo no Centro Histórico do Porto desde há 5 anos.
E como neste momento somos todos voluntári@s, nem podemos continuar a fazer o que ao tempo dos projectos subsidiados fazíamos (“Escolhas” 1ª e 2ª geração, etc.) que era tirarmos parte dos ordenados de alguns de nós para pagar despesas da nossa sede…Agora, alguns vamos tirando aos subsídios de desemprego…e…não dá!
Daí que tenhamos agora resolvido avançar nesta iniciativa, dirigindo-nos a quant@s conhecem de alguma forma- ou desejem conhecer melhor- a nossa actividade (de inserção social, de sensibilização à Natureza -ainda existente, de difusão de ideias libertárias e alternativas, etc.) no sentido de nos auxiliarem a continuarmos, participando nesta iniciativa. Se ela resultar, apontamos para a sua realização, no mínimo bimensalmente!
Mas, sem dúvida, vemos nela também uma oportunidade para divulgar as nossas iniciativas e alargar o nosso número de associad@s, não concorrendo com o espaço de nenhuma outra colectividade ou associação mas sim complementando as suas outras iniciativas, nomeadamente no campo da sensibilização sócio-ambiental e no do estímulo à auto-formação sócio-política e à intervenção social /”cívica” de base .Contando já à priori com a participação neste evento do cantor de intervenção TINO FLORES e do grupo de musica popular marroquina da associação imigrante “ESSALAM” –entre outras “surpresas”.
A entrada é livre, funcionando o nosso bar e as mesas de divulgação como outros meios para arrecadar os fundos necessários à nossa actividade.

O horror das prisões secretas iraquianas

É o reino do medo e do terror no Iraque. Desde 2003, pelo menos 380.000 mulheres, homens e crianças foram brutalmente arrancadas ao seu lar para serem encarcerados em centros de detenção e de tortura. Segundo a ONU, actualmente 50.000 pessoas estariam ainda detidas pelas forças de ocupação e os seus aliados no Iraque. Mas este número pode ser muito mais importante, num contexto de ódio étnico crescente, onde as prisões secretas se tornaram-se facto comum, e as humilhações e as torturas uma instituição.

Mohammed Al-Dainy, um parlamentar de Bagdade, é de pai sunita e mãe xiita; recusa-se contudo a definir-se de outra forma que não seja pela sua «pertença ao Iraque». Esteve em Genebra a 30 de Outubro, com o jornalista Ali Wajeeh do canal de televisão Al-Sharquiyya [1], para dizer que é urgente enviar pessoas para investigar as numerosas prisões secretas iraquianas.
Al-Dainy pôde estabelecer a existência de 426 lugares de detenção secretos e juntar uma quantidade de documentos, entre os quais alguns filmes. Desde 2006, visitou treze prisões secretas. Existem muitas outras: as 27 prisões reconhecidas pelo governo iraquiano e as prisões secretas administradas pelas forças do Pentágono.
Trouxe os autos de actos de torturas e de violações, provando as execuções extrajudiciárias, assim como certificados de óbito de prisioneiros mortos pelas torturas.
«Aqueles que pedem para visitar as prisões secretas de que teriam conhecimento não o podem fazer sem a autorização do governo», explica Al-Dainy. «Isso dá assim tempo às autoridades para deslocar os detidos antes da visita. Estamos constantemente confrontados com este dilema. Razão pela qual apelamos a uma autoridade internacional que imponha as suas próprias condições».
À pergunta de saber como é que Al-Dainy conseguiu recolher materiais “ultra-confidenciais” e filmar no interior das prisões, ele respondeu que beneficiou do seu “estatuto de parlamentar” e que o seu dever era deslocar-se a esses locais quando soube das suas existências. Pôde por vezes aproveitar-se da desorganização reinante para entrar nas prisões e filmar.
«Em algumas celas, contámos 200 pessoas; noutras até 700. Mulheres, idosos, crianças e homens encontram-se misturados», conta. «Entre os treze locais que visitei, três encontravam-se sob administração mista americana e iraquiana. Trata-se de Al Dial, Al Karmiya e Sahat Al Usur».
O jornalista Ali Wajeeh, director de informação da Al-Sharquiyya evocou por sua vez o assassinato de quatro colegas, há duas semanas. Foram raptados, torturados e executados quando preparavam uma série de emissões a partir de documentos e vídeos fornecidos por Al-Dayni. Desde 2003, 461 jornalistas foram mortos no Iraque. Mais de mil saíram do país.
Quem são os assassinos ? Há actualmente no Iraque 160.000 mercenários que se servem das suas armas contra os civis. «Vieram para o Iraque dizendo que iam proteger os direitos humanos. Mas o remédio revela-se pior do que o mal. E disto a ONU não diz nada».
Al-Dainy confiou numerosos documentos à ONG árabe Al-Karama. «Entre todos estes documentos haverá que fazer uma triagem», comenta o responsável Rachid Al-Mesli. «E, depois, haverá que ir ao local para confirmar todas as informações, verificar a autenticidade de cada documento. Não estamos estruturados para cumprir esta missão. É por esta razão que é indispensável instaurar um tribunal internacional, tal como pede o Sr. Al-Dainy, e nomear uma comissão para fazer este trabalho».
As duas testemunhas iraquianas pediram às Nações Unidas para abrir um inquérito internacional pelo assassinato de dois deputados, a nomeação de um relator especial para o Iraque e a implantação de um Tribunal Internacional para julgar urgentemente os crimes mais graves.
Ouvimos o seu testemunho pungente com um sentimento de terror.
Declarações recolhidas aquando da conferência que teve lugar no Clube Suíço da Imprensa, na quinta-feira, 30 de Outubro de 2008.
Tradução de Ana da Palma.

Sabado 29 de Nov









terça-feira, 25 de novembro de 2008

Luta dxs Presxs gregos: Fim da Greve de fome...


Depois de 18 dias e uma participação de 10.000 presos e presas.Segundo as declarações do ministro da justiça da Grécia Sotiris Jatzigakis, a reforma penitenciária que se discutirá no parlamento nas próximas semanas, permitirá a libertação de 4000 presxs, até Abril de 2009.Aqui fica o comunicado da comissão de presxs em luta :Comunicado da comissão de presxs em luta (Grécia)Iniciámos a nossa luta há 18 dias.Dez mil presos e presas, com jejuns e posteriormente com as greves de fome, lutamos contra a situação penitenciária e a indiferença do Ministério da Justiça..A partir de amanhã, 6ª-feira 21 de Novembro, xs presxs de todas as prisões do país declaramos que suspendemos as mobilizações, pondo fim às greves de fome ..A reforma legal que o governo está a apresentar no parlamento trata de algumas das nossas reivindicações..O ministro tem de materializar as saus promessas quanto à libertação imediata do número de presxs que anunciou e, ao mesmo tempo, avançar com as medidas e iniciativas que englobam a totalidade das nossas reivindicações. Nós xs presxs, vemos esta reforma legal como um primeiro passo, resultado das nossas lutas e da solidariedade da sociedade; No entanto, não nos cobre, não dá solução aos nossos problemas principais..Com a nossa luta reivindicamos sobretudo a nossa dignidade. Esta dignidade não a oferecemos a nenhum ministro nem a nenhum guarda. Não toleraremos nem um abuso, nem uma transferência vingativa, nem um castigo disciplinar. Estamos de pé e vamo-nos manter de pé. Exigimos a abolição total das 4/5 partes de vários tipos de penas, a abolição da soma das penas disciplinarese a ampliaçãode todo o tipo de acesso a precárias (saídas de alguns dias da cadeia) e terceiro grau (regime semi-aberto) para todxs xs presxs. Além disso, exigimos que as declarações generalistas do ministro da justiça sobre a melhoria das condições penitenciárias (abolição dos centros de internamento de menores, funcionamento de centros especializados para toxicodependentes, etc) sejam certificadas com leis nos próximos três meses..Para acabar, muitos agradecimentos aop movimento solidário, aos/às lutadorxs, a cada entidade, partido e meio de comunicação que nos apoia da maneira que escolhe e declaramos que a luta contra toda a lixeira humana e pelo cumprimento de todas as nossas reivindicações continua....Comissão de presxs panhelénica.Alexandros KolaAbdel Jalim FatajRania DjabarDani KarabuleaVaggelis Palis...5ª-feira, 20 de Novembro de 2008
A Las Baricadas
Portugal: Alastrando a solidariedadeNa sexta-feira, dia 14 de Nov., às 11h da manhã distribuímos 200 flyers tamanho A4 em frente e em redor do edifício da Secção Económica e Comercial da Embaixada Grega, no centro de Lisboa, deixando também alguns dentro do edifício. Os flyers continham um breve texto introdutório à luta dos presos, algumas das suas exigências e uma cronologia dos acontecimentos até à data. Além disso, incluia também o seguinte texto:A prisão está em todo o lado, em toda a nossa vida. Constantemente somos observados, controlados, identificados, escutados... ela é o polícia, a câmara de vigilância, o tribunal, o juíz, a esquadra, e toda a nossa realidade diária de interacções forçadas... ela é o medo de sermos o que somos, de dizermos o que sentimos, de fazermos o que gostaríamos de fazer... ela é a miséria quotidiana, persegue-nos na nossa memória, é uma ameaça permanente...A prisão é também aquele edifício isolado, onde só estão os condenados e os carrascos... é o cerco de onde não podemos sair, é os guardas que nos controlam e torturam, é o nosso corpo nas mãos do Estado... ela é as paredes que nos fecham e que nos escondem, que nos afastam durante anos... ela é o sítio onde tudo nos é retirado...A prisão é, ao mesmo tempo, uma ideia e um edifício. Mas sempre uma realidade.Na Grécia ou em qualquer outro lugar, a luta por parte dos presos é a única forma de enfrentarem e combaterem a realidade a que são obrigados. Aceitar a prisão é apenas possível por meio de todos os métodos de alienação que o Estado emprega, dentro e fora das prisões, e que criam um quotidiano de medo e resignação. O que se passa hoje nas prisões Gregas nasceu da determinação de indivíduos sequestrados pelo Estado, e embora nós estejamos no exterior das paredes, isso não significa que sejamos livres. Essa liberdade temos nós de a conquistar.Na Grécia, em Portugal ou em qualquer outro país, nenhuma condição de vida dentro da prisão será humana, pois isso é impossível dentro de uma prisão. Não existe reforma de qualquer natureza que possa, de alguma maneira, humanizar um local onde estamos presos; onde tudo, à excepção da dignidade, nos é retirado.Mas a dignidade pertencerá sempre aos que lutam, aos insurgentes, aos indivíduos.Há inúmeros modos através dos quais podemos dar a nossa solidariedade e alastrar a revolta, atacando o controlo e os controladores deste mundo; o primeiro passo é decidir de que lado estamos.Posto isto, a única exigência que temos é a destruição de todas as prisões e desta sociedade-prisão!
SOLIDARIEDADE COM OS PRESOS EM LUTA NA GRÉCIA!a
narquistas"***Domingo à noite anarquistas atacaram a embaixada grega em Lisboa (Portugal) com bolas de tinta preta.Saudações aos companheiros.Solidariedade com os presos em luta!!!!!!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Minas de Aljustrel

Que futuro para os trabalhadores?
Em 27 de Maio passado, José Sócrates e Manuel Pinho assistiam ao início simbólico da produção e actividade comercial das minas de Aljustrel. Com produção e comercialização sobretudo voltadas para a exportação. Na altura, foram feitos grandes encómios a esta iniciativa pelos governantes presentes. José Sócrates chegou a afirmar que este era um “investimento ideal” para o país e que estava garantido o funcionamento da mina “pelo menos por mais dez anos”. E augurou, então, um futuro risonho para a empresa e trabalhadores. Vários destes trabalhadores, com empregos estáveis noutras empresas, enganados, vieram para as minas da multinacional canadiana Lunding Mining Corporation, onde julgavam encontrar um emprego melhor e com futuro.Agora, passados seis meses, a empresa anuncia a suspensão da produção de zinco, devido, segundo a administração, ao agravamento da situação financeira, provocada pela “baixa cotação do zinco no mercado”. Centenas de postos de trabalho estão neste momento em causa, incluindo o trabalho directo e o subcontratado. Para o distrito de Beja, mas particularmente para Aljustrel, traduz-se num grave problema económico e social. Para os trabalhadores, um futuro incerto, provavelmente muito difícil. Entretanto, uma delegação dos mineiros de Aljustrel foi recebida no Ministério da Economia, declarando esperar respostas concretas sobre o futuro das minas. Mas não satisfeitos com as propostas do governo, decidiram manifestar-se à porta da residência oficial do primeiro-ministro. Veremos como o governo do PS, tão lesto a tentar resolver problemas a banqueiros e especuladores, descalça esta bota. Vai “nacionalizar” as minas de Aljustrel, como fez com o BPN?

A greve de fome dxs presxs gregos continua... morreram já 2 presxs !!!


Acção de Solidariedade para com xs presxs, Atenas
La huelga de hambre en las prisiones griegas continúa, y se intensifican las acciones de apoyo y solidaridad
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Mie, 19/11/2008 - 11:17 — ALB Noticias- agência de notícias anarquistas-ana-
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ALB Noticias.
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Miles de presos en huelga de hambre en las prisiones griegas prosiguen con su protesta de redución dente la población reclusa del país y reclamar mejora de las condiciones de detención, mejores programas de salud, entre otras reivindicaciones.
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La huelga de hambre ya dura quince días, y el número de encarcelados huelguistas en las prisiones aumentan día a día. Se estima que hoy, día 18, hay 7 mil presos en huelga de hambre. Hay 12.000 reclusos en las 24 prisiones griegas.
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Relatos que llegan de Grecia informan de la muerte de dos presos y uno en estado de coma, no obstante el Ministerio de Justicia afirma que esas muertes no están relacionadas con la huelga de hambre. 20 presos kurdos en Trikala cosieron sus bocas com reafirmación en la huelga de hambre. Otros amenazan con hacer lo mismo.
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El portavoz del Ministerio de la Justicia griega, Haris Nikolakakis, frente a la prensa local, reconoció que esta movilización se trata de una "amplitud y de una organización sin precedente" en Grecia.
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Desde el inicio del movimiento huelguista, el 3 de noviembre, más de 100 acciones de apoyo y solidaridad a los presos en lucha sucedieron a lo largo y ancho del territorio griego, desde manifestaciones callejeras, concentraciones frente a cárceles, ataques incendiarios a bancos, embajadas, supermercados, coches de lujo, corporaciones multinacionales, sedes de periódicos, ocupaciones de radios, pintadas, entre otras acciones directas, y siempre con la participación activa de grupos e individualidades anarquistas.
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El día 13, jueves, cerca de dos mil personas, la mayoría anarquistas, participó por la noche en una manifestación por el centro de Atenas para apoyar al movimiento de lxs presxs. El centro de la capital fue aislado por las fuerzas policiales que acabaron enfrentándose a los manifestantes.
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El día anterior, alrededor de 400 anarquistas, en motocicletas y coches, banderas negras, rojas y negras, y cohetes, cortaron las calles más céntricas de Atenas en dirección a la prisión de Diavata, donde, tras el alambre de espino de la prisión, cantaron lemas en apoyo a los prisioneros, que respondieron con gritos y aullidos.
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Las muestras de apoyo y solidaridad comienzan a extenderse más allá de las fronteras griegas.
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La noche del domingo, día 9 de noviembre, en Londres, Gran Bretaña, la embajada griega fue pintada con eslogans en solidaridad con los presos griegos y algunas ventanas rebentadas. Esa acción también fue realizada en solidaridad con los 3 activistas de liberación animal detenidos recientemente en Suecia, involucradxs en una campaña para cerrar una tienda que comercia con pieles de animales.
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El Lunes 10 noviembre, nuevamente en Londres, la embajada griega fue atacada otra vez por un grupo de anarquistas, que pintaron el muro de este órgano diplomático con frases anticarcelarias, las ventanas también fueron rebentadas, y los neumáticos de los coches diplomáticos que estaban estacionadas en la embajada pinchados.
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El 13 de noviembre, jueves, el Ministro griego de Economía, G. El Alogoskoufis, fue blanco de un puñado de huevos tirados por un grupo de anarquistas en Londres, durante una charla en la Escuela de Economía de Londres. El grupo también esparció diversos folletos por el local y soltó gritos y cánticos en solidaridad con los presos griegos. El mismo día, el Ministro griego fue atacado otra vez en el aeropuerto por un grupo de anarquistas en solidaridad con los prisioneros griegos. Esta vez le arrojaron yogures.
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La noche del día 16 de noviembre, domingo, un grupo de anarquistas atacó con "bombas de pintura" la embajada griega en Lisboa, Portugal, en una acción de solidaridad con los presos griegos en lucha.
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También el día 16, domingo, un grupo anarquista promovió un acto de solidaridad con los presos griegos en Brixton, Reino Unido, frente a la prisión de esa ciudad.
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El 17 de noviembre, Lunes, en Nicósia, Chipre, el grupo de Acción Autónoma Anti-autoritaria organizó una manifestación frente a la embajada griega en solidaridad con la lucha de los presos en huelga de hambre.
.El CMI Atenas viene destacando y cubriendo este movimiento, allí es posible encontrar centenares de imágenes de las protestas:http://athens.indymedia.org/
> Vídeo de una cámara de vigilancia siendo sabotada en medio de una avenida movida y una gran franja de solidaridad a los detenidos desplegada en un edificio griego:http://www.youtube.com/watch?v=AVcWKGWPto8
.> Vídeo de los anarquistas con motos y coches hasta una prisión griega:http://www.youtube.com/watch?v=oeit24dB2iU

Acções de Solidariedade para com xs presxs gregos e de todo o mundo!!




Na sexta-feira, dia 14 de Nov., às 11h da manhã distribuímos 200 flyers tamanho A4 em frente e em redor do edifício da Secção Económica e Comercial da Embaixada Grega, no centro de Lisboa, deixando também alguns dentro do edifício. Os flyers continham um breve texto introdutório à luta dos presos, algumas das suas exigências e uma cronologia dos acontecimentos até à data. Além disso, incluia também o seguinte texto:
" A prisão está em todo o lado, em toda a nossa vida. Constantemente somos observados, controlados, identificados, escutados... ela é o polícia, a câmara de vigilância, o tribunal, o juíz, a esquadra, e toda a nossa realidade diária de interacções forçadas... ela é o medo de sermos o que somos, de dizermos o que sentimos, de fazermos o que gostaríamos de fazer... ela é a miséria quotidiana, persegue-nos na nossa memória, é uma ameaça permanente...
A prisão é também aquele edifício isolado, onde só estão os condenados e os carrascos... é o cerco de onde não podemos sair, é os guardas que nos controlam e torturam, é o nosso corpo nas mãos do Estado... ela é as paredes que nos fecham e que nos escondem, que nos afastam durante anos... ela é o sítio onde tudo nos é retirado...
A prisão é, ao mesmo tempo, uma ideia e um edifício. Mas sempre uma realidade.
Na Grécia ou em qualquer outro lugar, a luta por parte dos presos é a única forma de enfrentarem e combaterem a realidade a que são obrigados. Aceitar a prisão é apenas possível por meio de todos os métodos de alienação que o Estado emprega, dentro e fora das prisões, e que criam um quotidiano de medo e resignação. O que se passa hoje nas prisões Gregas nasceu da determinação de indivíduos sequestrados pelo Estado, e embora nós estejamos no exterior das paredes, isso não significa que sejamos livres. Essa liberdade temos nós de a conquistar.
Na Grécia, em Portugal ou em qualquer outro país, nenhuma condição de vida dentro da prisão será humana, pois isso é impossível dentro de uma prisão. Não existe reforma de qualquer natureza que possa, de alguma maneira, humanizar um local onde estamos presos; onde tudo, à excepção da dignidade, nos é retirado.
Mas a dignidade pertencerá sempre aos que lutam, aos insurgentes, aos indivíduos.
Há inúmeros modos através dos quais podemos dar a nossa solidariedade e alastrar a revolta, atacando o controlo e os controladores deste mundo; o primeiro passo é decidir de que lado estamos.
Posto isto, a única exigência que temos é a destruição de todas as prisões e desta sociedade-prisão!

SOLIDARIEDADE COM OS PRESOS EM LUTA NA GRECIA


Friday, Nov.14, at 11h in the morning we distributed 200 A4-size leaflets in front and around the building of the Economy and Comerce Section of the Greek Embassy, in the center of Lisbon, leaving some of them inside the building also. The leaflets included a small introdutory text to the prisoners' struggle, a few of their demands, and a chronology of the events until that day. Besides, it also included the following text:
" Prison is everywhere, in all our life. Constantly we are watched, controlled, identified, listened… it is the cop, the surveillance camera, the court, the judge, the police station, and our entire reality of forced interactions… it is the fear of being what we are, of saying what we feel, of doing what we would like to do… it is the everyday misery, it stalks us in our memory, it is a permanent threat….
Prison is also that isolate building, where only the convicted and the hangmen are… it is the siege from where we can not leave, it is the guards that control and torture us, it is our body in the hands of the state…it is the walls that enclose and hide us, that push us away for years… it is the place where everything is taken away from us…
Prison is, at the same time, an idea and a building. But always a reality.
In Greece, like everywhere else, the struggle of the prisoners is the only way to face and fight the reality to which they are forced. To accept prison is only possible due to all the means of alienation the state uses, inside and outside the prisons, and that create a daily life of fear and resignation. What's happening today in the Greek prisons has born from the determination of individuals kidnapped by the state, and although we are outside the walls, that doesn't mean we're free. That freedom, we have to conquer it.
In Greece, in Portugal, and anywhere else, no condition of life inside a prison will ever be human, because that's impossible inside a prison. There's no reform of whatever nature that can, in any way, humanize this place where we're locked up; where everything, with the exception of dignity, is taken away from us.
But dignity will always belong to those who struggle, to the insurgents, to the individuals.
There are countless ways with which to show our solidarity and spread the revolt, attacking control and the controllers of this world; the first step is to decide on which side we are.
Having said this, the only "demand" we have is the destruction of every prison and of this prison-society!
SOLIDARITY WITH THE PRISONERS IN STRUGGLE IN GREECE!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Trabalhadores despedidos atacam sede da Nissan

No passado dia 11, mais de um milhar de trabalhadores espanhóis desfilaram em Barcelona, desde o centro da cidade até à sede da Nissan, protestando contra o despedimento de 1680 trabalhadores da empresa, cerca de 40% dos efectivos. Sem temerem o dispositivo policial, os manifestantes atacaram o edifício com pedras, garrafas e até com as próprias barreiras metálicas que a polícia tinha colocado no local.Ao abrigo de legislação que permite o despedimento colectivo, a Nissan anunciou o despedimento, ainda este ano, de 1288 trabalhadores e de mais 392 no ano que vem – invocando como razão “garantir a viabilidade da empresa”. Processo idêntico foi anunciado por outros fabricantes de automóveis em Espanha, fazendo prever consequências terríveis para milhares de trabalhadores. A Ford anunciou em Setembro o despedimento de 1300 efectivos e a General Motors Espanha cerca de 600, enquanto a Seat decidiu reduzir a produção.Por tudo isto, os que agora foram atingidos reagiram de forma maciça e violenta, não ligando muito aos paliativos propostos pela Nissan de conceder reformas antecipadas aos trabalhadores com mais de 55 anos e de recolocar alguns dos agora despedidos noutras fábricas. Os sindicatos pediram ao governo que não aceite o despedimento colectivo anunciado pela Nissan.

Portugal no topo da desigualdade na distribuição do rendimento

OEstudo da OCDE revela:

Os números são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e contrariam o discurso político optimista que caracteriza o actual Governo: Portugal apresenta o terceiro maior índice de desigualdade na distribuição do rendimento entre os 30 países desta organização, a par com os Estados Unidos e apenas atrás do México e da Turquia.
Já no ano passado, dados do centro europeu de estatísticas (Eurostat) referentes ao mesmo período analisado (2005) mostravam que os 20 por cento de portugueses mais ricos apresentavam rendimentos oito vezes superiores aos 20 por cento mais pobres. Na União Europeia, esta discrepância, ainda assim, era em média multiplicada por cinco. No entanto, enquanto que a tendência no espaço europeu caminhava no sentido da diminuição desta diferença, Portugal fazia parte dos poucos países que agravaram as desigualdades e registava mesmo o maior aumento, já que dez anos antes (1995), essa diferença era estimada num coeficiente de 7,4 contra 5,1 da média europeia.
Apenas como apontamento, recorde-se que a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários revelou recentemente que as remunerações dos conselhos de administração das vinte empresas portuguesas cotadas na Bolsa triplicaram entre 2000 e 2005. Paralelamente, os gestores das empresas portuguesas ganham, em média, cerca de trinta vezes mais do que os trabalhadores das empresas que administram.
DESIGUALDADE CRESCE NA MAIORIA DOS PAÍSES DA OCDE
Mas não é apenas em Portugal que a desigualdade cresce. No relatório Crescimento e Desigualdades, a OCDE afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da França, Grécia e Espanha, e que nos últimos cinco anos se assistiu ao crescimento da pobreza e da desigualdade em dois terços dos países analisados. Canadá, Alemanha, Noruega e Estados Unidos são os mais afectados. O restante conjunto de países viu as diferenças entre ricos e pobres diminuírem, em particular a Grécia, o México e o Reino Unido, o que, de acordo com os autores do estudo, «prova que não há nada de inevitável nestas mudanças».
Muitos cidadãos da OCDE mostram-se preocupados com esta tendência. No Japão, dois terços da população considera que a desigualdade é muito expressiva. Em Portugal, Hungria, Itália e República Eslovaca mais de 90 por cento pensa o mesmo. Uma opinião que não será com certeza partilhada pelos cidadãos da Dinamarca e da Suécia, apontados como os países onde a justiça na repartição dos rendimentos é maior. No outro extremo da tabela aparecem o México e a Turquia. Apesar do coeficiente de avaliação que determina este ranking situá-los a alguma distância, Portugal e os Estados Unidos aparecem nos lugares imediatamente sequentes. A OCDE conclui que o rendimento dos 10 por cento mais ricos é, em média, nove vezes superior ao dos dez por cento mais pobres. Esta diferença chega a ser 25 vezes maior no México e 17 vezes na Turquia.
Um dos dados mais preocupantes do relatório diz respeito às alterações nos índices de pobreza quando comparados por grupos etários. Assim, ao passo que o risco de pobreza é hoje menor nas faixas etárias mais elevadas – apesar de os indivíduos com mais de 75 anos continuarem a ser o grupo com maiores probabilidades de cair na pobreza –, ele aumentou nos jovens adultos e nos casais com filhos a cargo.
De facto, de acordo com o estudo, as crianças e os jovens adultos sofrem de taxas de pobreza 25 por cento acima da população média, ao passo que há vinte anos estavam abaixo dessa média ou na sua linha de água. Além disso, os agregados familiares constituídos por pais solteiros têm três vezes mais possibilidades de serem pobres do que a média da população, valor que cresceu ligeiramente entre meados dos anos 90 e meados da primeira década do século XXI.
MAIS EMPREGO NÃO GARANTE REDUÇÃO DA POBREZA
O relatório relativiza, porém, o conceito de pobreza entre os diferentes países da OCDE, referindo, como exemplo, que os dez por cento de cidadãos britânicos mais pobres têm um rendimento superior ao português médio. Neste contexto, importa sobretudo estabelecer uma comparação partindo do índice de qualidade de vida no interior de cada país.
Neste sentido, a OCDE recorda que o rendimento auferido não é um indicador absolutamente fiável na definição dos índices de pobreza num determinado país ou entre países, considerando igualmente relevante para este cálculo a forma como os indivíduos e as famílias conseguem suprir as suas necessidades básicas. Factores como o número de pessoas por habitação, o conforto das mesmas, a limitação na escolha alimentar ou constrangimentos no pagamento das despesas fixas são também considerados exemplos de privação material.
A verdade é que, sem surpresa, a proporção de pessoas que não consegue suprir as suas necessidades básicas revela padrões muito semelhantes ao índice de pobreza associado ao rendimento. Assim, ao passo que nos países nórdicos essa percentagem se situa entre os 5 e os 6 por cento da população, nos países do sul da Europa, Austrália, Japão e Estados Unidos essa percentagem eleva-se a valores situados entre os 12 e 20 por cento.
Na apresentação do documento à imprensa, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, chamou a atenção para o facto de a crescente desigualdade de rendimento impedir a mobilidade social entre gerações, considerou ainda que, além de ser geradora de discórdia, ela «polariza as sociedades, divide regiões no interior dos países e modela o mundo entre ricos e pobres». Ainda de acordo com este responsável, «ignorar esta crescente desigualdade não é uma opção».
«Tentar cobrir as desigualdades na distribuição de rendimento aumentando apenas os gastos sociais é como tratar apenas os sintomas ao invés da doença», referiu Gurría, salientando que a maior parte do aumento na desigualdade decorre das mudanças nos mercados de trabalho. «Os trabalhadores com pouca qualificação estão a enfrentar muitos problemas para encontrar trabalho. É aí que os governos precisam de agir», disse, concluindo que «aumentar o emprego é a melhor forma de diminuir a pobreza».
O relatório, no entanto, salvaguarda que o aumento do número de empregos não constitui, por si só, uma garantia de diminuição da pobreza. O Japão e os Estados Unidos são referidos como exemplos disto mesmo, apresentando simultaneamente baixas taxas de desemprego e uma pobreza acima da média da OCDE. A Hungria, pelo contrário, tem um índice de pobreza relativamente baixo para o número de pessoas que se encontra no desemprego.
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES NAS MÃOS DE CADA GOVERNO
De facto, o relatório da OCDE é taxativo quando refere que os governos desempenham um papel fulcral na determinação dos rendimentos e no nível de vida dos cidadãos, através da forma como arrecada os impostos e os distribui, nomeadamente sob a forma de ajudas sociais. Mais uma vez, os países nórdicos constituem um bom exemplo de justiça social, com estes dois pólos a equilibrarem-se num modelo altamente redistributivo, ou seja, e citando o documento, «tirando dos ricos para dar aos mais pobres». O sistema de impostos-ajudas sociais tem um carácter igualmente redistributivo na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, se bem que em muito menor grau.
As transferências de verbas por parte do Estado e os impostos sobre o rendimento contribuem, em média, para diminuir em cerca de um terço as desigualdades entre os cidadãos. Nos países onde é posto em prática um sistema adequado de redistribuição entre impostos e ajudas sociais, a pobreza chega a ser reduzida em cerca de 60 por cento. A organização garante ainda que mesmo quando esta redistribuição incide sobre a população activa, os índices de pobreza caem para cerca de metade.
Apesar de este sistema ter já demonstrado contribuir decisivamente para o reequilíbrio das desigualdades sociais entre ricos e pobres, o impacto das políticas fiscais e das ajudas sociais sobre os índices de pobreza e de desigualdade diminuiu ao longo dos últimos dez anos em muitos países da OCDE. Uma conclusão que ajudará talvez a explicar alguns dos motivos pelos quais Portugal aparece no topo desta tabela.
A OCDE chama também a atenção para o facto de os benefícios decorrentes da prestação de serviços públicos serem distribuídos de forma mais igualitária relativamente aos rendimentos, mesmo depois de levados em conta os impostos e as ajudas financeiras. O custo da prestação destes serviços públicos, quando acrescentado aos rendimentos, reduz os padrões médios de desigualdade em cerca de um quarto quando comparado com a desigualdade de rendimento considerada isoladamente.
Segundo a OCDE, os efeitos mais significativos decorrem de sectores como a educação, a saúde e a habitação. O efeito redistributivo da prestação de serviços públicos equivale, em média, a dois terços do impacto dos impostos e das ajudas sociais. Mais uma vez, a organização refere que o impacto dos serviços públicas na diminuição da pobreza e da desigualdade varia de país para país.
A Dinamarca e a Suécia, que, tal como já foi referido, têm o menor índice de desigualdade de rendimentos entre a população, possuem também o maior índice de redistribuição da riqueza através dos seus serviços públicos, cujo impacto está calculado em cerca de 40 por cento. O México e a Turquia, que aparecem imediatamente antes de Portugal nesta classificação, não só têm a distribuição mais desigual de rendimentos como os serviços públicos com menor grau de eficácia na sua diminuição. Na Holanda, por exemplo, os rendimentos são comparativamente idênticos, mas os serviços públicos contribuem para reduzir a desigualdade para níveis abaixo da média. Caso diferente é o da Austrália, cuja desigualdade de rendimentos se situa na média da OCDE mas que aparece em quarto lugar no que se refere ao impacto dos serviços públicos na redução das desigualdades.
Ou seja, e tal como referem os autores do estudo, «o caminho da desigualdade não é algo de inevitável». Pelo contrário: «os governos podem contribuir para diminuir o fosso entre ricos e pobres com a aplicação de políticas sociais efectivas, muitas das quais não necessitam de maiores gastos»

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