quarta-feira, 29 de julho de 2009





































[Grécia] Radio Revolt atacada!


Radio Revolt é uma radio prirata grega que funciona numa carruagem abandonada num campus universitário de Salónica. Foi atacada no dia 21 de Julho com cocktails molotov. Os danos não foram muito graves, tanto que passadas 3 horas a emissão estava de novo no ar.Segue um comunicado retirado do Indymedia de Atenas:On 21 July 2009 the station was attacked. Here is an adapted English translation of Radio Revolt's announcement, originally in Greek:During the morning of 21 July the occupied space where Radio Revolt is housed, the railway carriage of OSE (a Greek railway operator) in the centre of Aristotelian University's campus in Salonica, was attacked by persons unknown with three molotov bombs. After the ‘unknown’ perpetrators attempted to attack our studio, without success, they resorted to bomb with their molotovs the WC of the radio station, and any damage done was limited within it. Our station stopped transmitting only for three hours just to allow for power to be restored, which we had cutted deliberately for safety reasons.This attack on Radio Revolt is merely one more of the failed attempts by the state and the parastate, part of a semester-long series of attacks after December, ordered by the political and economic elite and executed by cops and fascists. Their goal is to suppress all voices of freedom, everyone who protests and resists. They seek to turn society more conservative, fascist, and xenophobic; their final aim, of course, is the establishment of terror. The police is being advertised as the new messiah, and the dogma of order and security is being presented as more necessary than ever.Let them live in their dream: day by day the multifaceted resistance becomes more powerful, and thousands of people get their lives in their hands. The dynamic mobilisations and protests prove that all every threat manages to achieve is to make social movements more powerful.Radio Revolt, against all of them who wish otherwise, transmits – and will carry on transmitting.
Against the mainstream media.ARM YOUR VOICE!

Termina o julgamento dos 25 de Caxias: Absolvição geral

No dia 16 de Julho, quinta-feira, teve lugar a leitura da sentença do julgamento dos 25 de Caxias no tribunal de Oeiras. Todos os arguidos foram absolvidos. A sessão teve como única interveniente a juíza que na leitura do acórdão deu a conhecer algumas coisas que já tinham sido entendidas por todos ao longo das sessões do julgamento. Numa declaração relativamente longa a juíza explicou a incapacidade por parte do tribunal em provar a acusação. Revisitou em tom resumido todas as fases do processo, declarações de testemunhas e desbobinou uma série de argumentos legais e processuais que estiveram na base da sua decisão.
O processo iniciou-se a 5 de Março e prolongou-se por 7 sessões, tendo tido como característica principal e constante a arrogância de juízas, procuradores, polícias, guardas prisionais e restantes representantes da autoridade estatal, para além da estupidez da acusação em si.
Por outro lado também a solidariedade esteve presente durante todo o julgamento, espalhada por vários locais. Aconteceram concentrações e sessões de informação, foram distribuídos flyers e foram colados cartazes. Apareceram pintadas na zona do tribunal em Oeiras. Em Roterdão um grupo de pessoas enviou um texto ao consulado português. Em Compostela, na Galiza foram partidos os vidros da oficina da Agência de Inovação e integração de Portugal. Em Barcelona algumas pessoas mandaram um fax com um texto a partir do consulado português para o tribunal de Oeiras enquanto uma concentração acontecia na rua.
Chega ao fim este processo, mas sem duvida que considerar este caso encerrado é um erro. O encerramento de um processo, com ou sem a absolvição dos arguidos, apenas significa que se encerra uma etapa processual, um contratempo legal ou se conclui um protocolo jurídico. Obviamente que a absolvição nos traz razões para comemorar, mas a luta por um mundo sem prisões e sem tribunais obriga-nos a continuar a luta sem grandes celebrações.Da repressão estatal contra os indivíduos nem sempre se pode esperar uma coisa destas e na verdade nada se deve esperar de quem constrói um sistema de controlo e repressão, de quem quer encarcerar os que lutam contra este mundo de miséria.
Os julgamentos passam, mas a luta continua.
Com ou sem absolvições, estamos contra as prisões.
Retirado de: http://presosemluta.tk

segunda-feira, 20 de julho de 2009

todas as vésperas da penúltima 6ª do mês



A época está boa para adoptar a bicicleta como meio de transporte. Cada vez mais pessoas no Porto o fazem! Também gostavas de andar na tua bicicleta mas ela está avariada, tem um pneu furado, ou apenas precisa de um empurrão para se pôr a andar? Esta iniciativa pretende ajudar-te! Traz a tua bicicleta que há alguns voluntários com as ferramentas necessárias para fazer pequenos arranjos para a voltar a pôr nos eixos. Se não puderem resolver o problema, indicam-te um mecânico profissional.










E Ainda dia 25 de Julho


[Alemanha] Manifestação antifascista reúne milhares de pessoas em Berlim


Aproximadamente 5.000 pessoas participaram neste sábado (18), no bairro de Friedrichshain, em Berlim, de uma manifestação antinazista e em repúdio ao ataque brutal que um jovem de 22 anos sofreu por parte de quatro neonazistas no domingo passado, dia 12, numa estação ferroviária de S-Bahn de Frankfurter Allee. Os manifestantes, na maioria jovens, cercados por um forte dispositivo policial, exibiam faixas e cartazes antifascistas, simultaneamente eram gritadas palavras de ordem como: “Alerta, alerta, antifascista”, “Fora, fora, neonazistas”, “Ação direta antifascista”, “Nenhuma agressão sem resposta”, entre outros slogans. A passeata passou em frente da discoteca "Jeton", um ponto de encontro de grupos de extrema direita do bairro, que foi especialmente protegida pela polícia, inclusive com canhões de água. Durante o protesto foram registrados pequenos confrontos entre antifascistas e a polícia alemã. Alguns policiais saíram feridos. Dezenas de pessoas foram presas e postas em liberdade em seguida. O bairro berlinense de Friedrichshain vem sendo palco de um número crescente de atos de violência ligados à cena de extrema direita, integrada por militantes do Partido Nacional Democrático (NPD), neonazistas e skinheads. Galeria de imagens: http://www.flickr.com/photos/maly_krtek/sets/72157621526834641e http://www.flickr.com/photos/pm_cheung/sets/72157621532404981 Vídeo: http://www.morgenpost.de/berlin/article1134339/Tausende_demonstrieren_gegen_Neonazis.html agência de notícias anarquistas-ana

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cinco trabalhadores do MST assassinados no Brasil

Na tarde de 6 de Julho, no estado de Pernambuco, foram assassinados cinco camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um outro, que ficou ferido, foi hospitalizado. O massacre ocorreu no Assentamento Chico Mendes (na fazenda Garrote), propriedade há anos atribuída legalmente ao MST. Os seis construíam uma casa, quando os assassinos chegaram de moto, obrigaram os trabalhadores a deitar-se no chão e dispararam. O MST, que surgiu a partir das lutas pela terra nos anos 80 do século XX e se assumiu como herdeiro ideológico dos movimentos de base camponesa que aconteceram no Brasil após a chegada dos portugueses, está actualmente organizado em mais de 20 estados brasileiros. O Movimento colocou a ocupação dos latifúndios como principal forma de luta pela terra e a mobilização em massa dos sem-terra como forma de fazê-la. A divisa Reforma Agrária uma luta de todos deu perspectivas alargadas de luta não apenas aos trabalhadores da terra mas também às minorias excluídas e aos que se têm identificado com o Movimento.O MST, que contabiliza hoje mais de 300 mil famílias assentadas e acampadas, muitas dezenas de cooperativas e unidades agro-industriais, contribuiu significativamente para a eliminação da fome e redução da mortalidade infantil entre os camponeses. Apesar da grandeza do problema (a existência de quase 5 milhões de famílias sem-terra no Brasil), o MST tem desempenhado um papel destacado, não só no combate à fome e à mortalidade infantil, mas também nas áreas da educação, cultura e direitos humanos.Conhecendo a luta de classes no Brasil, os antecedentes de chacina de camponeses a mando dos grandes proprietários de terras (cerca de 1500 trabalhadores assassinados entre 1985 e 2008), parece evidente que o acto criminoso terá sido, uma vez mais, da responsabilidade dos mesmos autores. Assim, cumpre denunciar e combater tenazmente esta gente que, beneficiando de grandes cumplicidades mesmo a nível do aparelho de estado, tem, em geral, gozado de uma escandalosa impunidade.

[Espanha] Pepita, in memoriam


[A escola livre Paidea e o anarquismo prestam homenagem a Josefa Martín Luengo, fundadora dessa escola e do grupo Mujeres por la Anarquia.] Na última quinta-feira, 2 de julho, Josefa Martín Luengo (Pepita) foi cremada no crematório “La Dolorosa”, em Salamanca, Espanha. Pepita, fundadora e principal propulsora da escola livre Paideia faleceu no dia anterior no hospital universitário da cidade. Tinha 64 anos, 31 deles dedicados a escola. Foi um evento muito emocionante onde estavam presentes cerca de cinqüenta pessoas. Muitos amigos e amigas, que tiveram que sair correndo devido à rapidez com que tudo sucedeu, a fim de não perderem o último adeus a essa grande mulher. Ao longo do dia compareceram ao local muitos conhecidos e conhecidas, antigos alunos e alunas, pais e mães, familiares, companheiros da escola (que mais que amigos, também era sua família) e sua querida companheira de viagem durante muitos anos, Concha. Foram alternando-se sucessivamente lágrimas tristes com recordações de sua vida, os abraços sentidos com a serena saudade. Um dia duro e cansativo onde o tempo lento e pesado se empenhava em nos convencer de que ela não estava mais entre nós. Que não voltaria a estar. Que havia um vazio dentro de nós que não se preencheria novamente. Todos quisemos estar no crematório, onde seu último desejo estava sendo realizado: a cremação de seu corpo e o transporte das cinzas até Mérida, onde estava sua vida, seu projeto educativo, sua gente, sua companheira... Ali foram lidas emocionadas mensagens de despedida (uma transcrita abaixo) que embrulharam o estômago de todos. Os numerosos ramos de flores já haviam sido retirados de cima do caixão para que não fossem devoradas pelas chamas, também para serem levadas posteriormente ao colégio. Foi colocado em cima do caixão de nossa querida, e já saudosa, Pepa uma bandeira negra com um A na bola, para que, ao queimar, fizesse parte de suas cinzas, como fez de toda a sua vida. Finalmente, o fogo consumiu todos os seus restos mortais e todos nos retiramos sentindo sua falta e saudades. www.paideiaescuelalibre.org Pepita multicolorida Desde tempos remotos dominaram nela o vermelho e o negro: o vermelho pela cor de seu cabelo, de sua cabeça e o negro de sua letra, seus escritos, seu pensamento. Mas ao aproximar-se se notam suas muitas cores e tonalidade, claramente vem a tona o violeta da mulher pela anarquia, lutadora e feminista, o verde de seu amor pela vida e pela natureza. Vê-se as cores que ela utilizou para encher de vida suas idéias, seus projetos e relações. Todas essas cores se ordenam livremente para pintar Paideia, se renovam e se recolocam a cada dia para dar nova cor às assembléias, se reforçam e se apertam para formar uma barricada resistente e coletiva que se dá através da educação libertária que ela criou a partir de sua mente solidária, responsável, livre e libertadora. E em meio a tanto ir e vir de cores, meninos e meninas, de livros, imagens, companheiras e companheiros, estava ela, Pepita, do escritório à cozinha, do refeitório ao arquivo, do pátio das palmeiras ao colégio dos pequenos, da aula de batuque à de horta, do gabinete à habitação de mulheres... de escutar e falar com pais e mães a se despedirem das crianças no ônibus escolar... Esta era sua vida, sua vida era Paideia, mas Paideia era mais do que uma escola livre, Paideia é um espaço de liberdade e responsabilidade coletiva que ela criou, viveu e compartilhou com todos nós. Desde a igualdade, desde o trabalho, desde sua incansável imaginação e pensamento, tendo sempre uma palavra, uma idéia a compartilhar, um olhar de compreensão ou uma chamada de atenção a tempo. Paideia é uma forma de vida e essa é a vida que Pepita viveu, uma vida arriscada, contra as normas, uma vida lutada e trabalhada a cada dia, cada instante. Uma vida desafiadora e livre, diferente e feliz. Enfrentando uma sociedade apática e dependente... ela foi autônoma, foi mulher, foi dona da própria vida, foi rebelde e anarquista. Com sua seriedade irônica nos animava a sermos como somos, a sermos valentes e a dividir a luta por igualdade, o respeito, a responsabilidade e liberdade coletivas. Através de seus livros, artigos, bate-papos, desde os poucos cabelos brancos, ela discutiu, debateu e se utilizou da palavra para transmitir seu amor pela vida, pela educação, pelas criaturas e para criticar a indiferença e o poder, o abuso e a injustiça. Vivia depressa, perseguia sua utopia com decisão. Era forte e apaixonada, apaixonante e incorformista, e quando tudo ia bem demais ficava alerta, se incomodava... e mudava. A rajadas se vive a vida e se avança na vida, rajadas, rajadinhas e rajadonas, mas sempre podíamos contar com ela. Sempre estava ali, a seu lado, apontando erros, mas dando apoio para o próximo passo. Abrindo portas, janelas, buscando alternativas. Pepita e Paideia se confundem, se fundem, se coletivizam. O caminho está traçado... e seguiremos caminhando coletivamente. A utopia segue aí, multicolorida com ela, Pepita. Por e para a anarquia, uma mulher livre. Pepa, companheira, te amamos! O coletivo Paideia no dia da despedida de Pepita, Josefa Martín Luengo, em Salamanca, 2 de julho de 2009. Tradução > MAH
agência de notícias anarquistas-ana

Giro anarquista pela Europa


[Grécia] Ataque a OTEHoje (14) à tarde, um grupo de anarquistas em solidariedade com os Indymedias Atenas e Patras atacou com bombas de tinta o edifício principal da Organização Helênica de Telecomunicações (Hellenic Telecommunications Organization - OTE), vandalizando os corredores da entrada desta empresa que, juntamente com o partido de extrema-direita LAOS (Partido Alerta Ortodoxa Popular) e o Estado Grego estão querendo fechar os CMIs de Atenas e de Patras, usando como argumento que estes sítios foram usados como centros de coordenação da Rebelião de Dezembro de 2008. Também foram pichados vários slogans na fachada da sede da OTE, como, “Solidariedade ao CMI” e ”Pela livre circulação de idéias”. [França] Protesto contra a violência policial Nesta segunda-feira (13), mais de 500 pessoas participaram de uma manifestação nas ruas de Montreuil (subúrbio de Paris) em protesto contra a violência policial. Policiais e manifestantes chegaram a se enfrentar, 11 ativistas foram detidos e liberados em seguida, sem cargos. O ato foi em repúdio ao violento desalojamento de um centro social ocupado no bairro, por cerca de 200 policiais bem equipados, muitos encapuzados, integrantes das forças especiais. Durante a ação policial um companheiro francês perdeu um olho ao ser atingido por um disparo de flash-balls. Mais infos e fotos: http://laclinique.over-blog.net [Alemanha] Manifestação contra o racismo e a islamofobia em Dresden Cerca de 500 habitantes da cidade de Dresden (leste da Alemanha), se concentraram neste sábado (11) em memória de Marwa el Sherbini, egípcia residente na Alemanha e assassinada em crime de origem xenófoba. A manifestação foi realizada duas semanas depois do crime. Em 1º de julho, um neonazista alemão de origem russa de 28 anos matou a jovem mãe de 31 anos, grávida de três meses, com 18 facadas em um tribunal de Dresden. Marwa el Sherbini, que usava o véu muçulmano, tinha ido ao tribunal para testemunhar contra o alemão, que a chamou de “puta”, “islâmica” e “terrorista”. Um anarquista de Dresden contou que o número de participantes no ato foi “ridículo”, diante da gravidade do crime, e que as pessoas e as autoridades continuam tolerando o racismo e a xenofobia na cidade. [República Tcheca] Squatter é desocupado Em Praga, no dia 1º de julho, o squatt libertário Milada foi desalojado brutalmente por uma empresa de segurança, que emprega principalmente neonazistas. Os proprietários do imóvel pretendem construir no local escritórios comerciais, dentro da onda de gentrificação de espaços urbanos. Após uma negociação foram oferecidos aos ocupantes três andares do edifico por seis meses. Ele/as aceitaram parcialmente, mas afirmam: “não é por estes três andares que nós realmente estamos lutando”. Depois da desocupação diversas ações diretas, festas de solidariedade e shows foram realizadas em Praga, assim como fora do país. Atualmente algumas pessoas estão sendo acusadas pelas autoridades de, por exemplo, terem atacado um policial e quebrarem seu nariz, embora tenha sido o policial que começou a briga e, ainda, por danificarem um carro policial. Outras pessoas estão sendo acusadas de ofensas à autoridade. Mais infos e fotos: http://www.milada.org [Rússia] Seminário anarquista em Priamúkhino Aconteceu nos dias 27 e 28 de junho, em Priamúkhino, no Museu Bakunin, um seminário de teoria e práticas anarquistas, sob o tema autogestão, onde os participantes puderam compartilhar diversas experiências atuais e históricas. Durante o seminário foi relatado uma experiência libertária na URSS na década de 1920 sobre cooperativas autogestionadas que funcionaram em Moscou (uma delas chamada "Formigueiro" - padaria e fábrica de pão, em particular) até meados da década de 1930, quando foram destruídas e seus participantes perseguidos pelas forças de repressão russas. O evento contou com um bom número de participantes, notadamente de jovens. [Holanda] Acampamento anarquista em Alppelscha De 29 de maio a 1º de junho, anarquistas holandeses promoveram mais uma edição do tradicional Acampamento Anarquista de Alppelscha, que este ano teve uma extensa e interessante programação, com ciclos de palestras e debates tendo como foco o anarquismo na Grécia, economia e trabalhos autogestionários, gênero, mudanças climáticas, imigrantes, antifascismo, saúde mental, entre outros temas. Foi realizado também um ciclo diário de cinema, que contou com a presença do anarquista espanhol Lúcio Urtubia, que na oportunidade lançou seu filme legendado em holandês. Ao mesmo tempo foi apresentado um documentário abordando as lutas dos Sem Terras no Brasil. Uma programação para crianças também foi destaque no encontro. Além de uma série de atividades culturais, com teatro, música e jogos. A eletricidade do acampamento foi obtida através de painéis solares instalados especialmente para o acontecimento, que foi transmitido pela internet e por uma rádio montada no local. Mais de 500 participantes passaram pelo acampamento. Mais infos e fotos: http://www.devrije.nl/archives/00002692.html
agência de notícias anarquistas-ana

terça-feira, 14 de julho de 2009

Contribua para que São Miguel seja uma ilha anti-touradas!


Se é defensor dos direitos dos animais e se é contra o uso indevido de animais nos divertimentos populares como as touradas, zele pelo que o seu município seja livre de touradas.Não compactue com este espectáculo que não tem qualquer tradição na ilha de São Miguel.Para tal, se pretende que o seu município seja livre destas actividades que não têm qualquer tradição local, envie a mensagem sugerida abaixo (ou uma mensagem sua, se preferir) com destino à/ao Presidente da Câmara Municipal da sua área de residência, utilizando os contactos abaixo referidos:Sua Excelência Presidente da Câmara Municipal:Peço a V. Ex.ª que tome uma posição exemplar e pioneira de condenação e rejeição oficiais das touradas e da crueldade animal que estes espectáculos implicam, colocando o nosso Município na linha da frente dos Municípios mundiais que têm como princípio institucional promover o respeito pelos animais e não admitir actos de violência contra estes.Poderia ser assim, o nosso Município o primeiro dos Açores a ser declarado Anti-Touradas, estabelecendo um exemplo que será certamente louvado e apreciado pelos seus habitantes, pela população de outros concelhos da Região, e, certamente, pela maioria da população portuguesa.Os Açores necessitam, urgentemente, de dar passos positivos e sólidos na protecção dos animais e peço a V. Ex.ª que faça com que seja o nosso Município a dar o primeiro passo, que definirá uma nova era mais ética para com os animais nos Açores e em Portugal, através da declaração oficial de "Município Livre de Touradas", tendo como base a oficialização municipal de um compromisso público e permanente de não-autorização de touradas.Esta medida promoveria o nosso Município internacionalmente como uma cidade institucionalmente comprometida com a protecção dos animais, o que certamente lhe traria grandes benefícios promocionais e económicos, uma vez que só que a identificação deste com turismo de natureza deve passar também pela defesa do direito dos animais.Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.ª e ficando na expectativa de uma resposta,Com os meus respeitosos cumprimentos,Nome: Número de BI:Morada:E-mail:ContactosCâmara Municipal de Ponta Delgada bertacabral@mpdelgada.pt Câmara Municipal da Lagoa gabpres-cml@mail.telepac.ptCâmara Municipal da Ribeira Grande ricardosilva@cm-ribeiragrande.ptCâmara Municipal de Vila Franca do Campo pres@cmvfc.pt Câmara Municipal da Povoação presidente@cm-povoacao.pt Câmara Municipal do Nordeste presidente@cmnordeste.pt

Próxima Quinta-feira dia 16


(Jantar) e conversa"F.A.I. - Federação Anarquista Ibérica. A sua história, presente e futuro"por volta das 21.00 no Club Aljustrelensewww.nodo50.org/fai-ifa/

[Alemanha] Mulher é assassinada por um neonazista em pleno Tribunal de Justiça de Dresden

No último dia primeiro a farmacêutica egípcia Marwa al Sherbini, de 32 anos, foi assassinada durante um processo contra um agressor racista, no Tribunal Estadual de Dresden, Marwa foi ao tribunal testemunhar contra Alexander, um alemão de 28 anos, de ascendência russa. Em agosto do ano passado, ela pediu ao alemão que desse um lugar em um banco de rua para o seu filho, Mustafá, de 3 anos, e recebeu como resposta graves ofensas: “puta”, “islâmica” e “terrorista”. Ela denunciou estes fatos e 3 meses mais tarde o racista foi condenado a uma multa de 780€. O promotor do ministério público recorreu desta sentença argumentando que ela era demasiada frouxa e conseqüentemente aconteceu um novo julamento, em 1º de julho. Ali, além do réu, estavam presentes seu advogado, o juiz e o promotor do ministério público, Marwa estava acompanhada de seu filho e de seu marido, Elwi Ali Okaz, um imigrante do Egito, que vive há 4 anos em Dresden, e trabalha como professor no instituto "Max Planck". A princípio a sessão estava se desenvolvendo sem problemas, mas, de repente, quando Marwa acabava de fazer sua declaração, Alexander sacou uma faca e atacou a mulher que usava véu muçulmano, e, em poucos minutos, matou-a com dezoito facadas. Seu marido e o advogado do acusado tentaram parar o agressor sem sucesso, acabando seu esposo saindo também gravemente ferido. Dois policiais que entraram na sala em vez de ajudarem a vítima atiraram na perna do seu marido que correra em socorro da esposa, "suspeitando" que ele fosse o agressor. Marwa morreu imediatamente dentro da sala do Tribunal por causa de seus múltiplos ferimentos. Depois ficou sabido que ela estava no terceiro mês de gravidez. Seu marido foi transferido para o hospital em estado de coma. Seu filho também saiu ferido, e está sob cuidado de amigos da família. Um dia depois do assassinato o porta-voz da promotoria pública, Christian Avenarius, descreveu Alexander como um "carrasco, solteiro, fanático, extremamente racista...” Agora os responsáveis pela corte e a imprensa lamentam a falta de segurança no julgamento, e começaram a fazer controles na porta de entrada do Tribunal. A situação no estado da Saxônia, cuja capital é Dresden, é muito preocupante, devido à força que o movimento neonazista tem na região, e que se desenvolve sob a custódia do Estado alemão. Todos os anos, em fevereiro, há uma tradicional manifestação neonazista na cidade chamada "marcha fúnebre", em "homenagem" às vitimas dos bombardeios aliados de 1945 durante a Segunda Guerra Mundial, com uma participação de aproximadamente 6.000 neonazistas. Dresden é um dos grandes redutos do partido neonazista NPD, que conta com uma grande participação no parlamento regional, com oito parlamentares neonazistas. E a política conservadora e racista do governo da Saxônia há muitos anos permite o avanço dos ataques fascistas e racistas, com um alto grau de organização de grupos da extrema direita. Por isto, o assassinato de Marwa é uma das conseqüências lógicas desta política racista e xenófoba. O corpo de Marwa foi recebido no aeroporto do Cairo por uma multidão e sepultada na segunda-feira, 6 de julho, em Alexandria, no Egito. Ela já é vista por conterrâneos e por outros muçulmanos residentes na Europa como mártir. Representantes de organizações muçulmanas exigem vingança. O governo alemão não manifestou publicamente o seu repúdio ao crime. E o vice-porta voz do governo, Thomas Steg, afirmou apenas que o caso precisa ainda ser esclarecido, investigado para ver se a motivação do crime foi ou não racista.
agência de notícias anarquistas-ana

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Manifestação antifascista termina em confronto com a polícia no centro de Atenas


Cerca de 3.000 pessoas se reuniram hoje (7) no centro de Atenas para protestar contra os planos racistas e xenófobos do governo grego que vem nos últimos meses intensificando uma série de medidas que restringem a imigração no país. Durante a passeata, que contou com muitos imigrantes, foram realizadas diversas pichações, fachadas de bancos estilhaçadas e várias câmeras de vigilância danificadas. A polícia usou gás lacrimogêneo para tentar dispersar o protesto. Os manifestantes reagiram levantando barricadas e lançando bombas incendiárias, paus e pedras contra as forças de segurança, que tiveram apoio de grupos neonazistas. Por alguns minutos o centro da capital grega se transformou num campo de batalha. Fotos: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1054883

terça-feira, 7 de julho de 2009

Resistência popular contra o golpe militar fascista nas Honduras


Para acompanhar os acontecimentos:Rádio Liberada ( radio clandestina das Honduras): aquihttp://radioprogresohn.com/ - ouvir online aquihttp://radioeslodemenos.blogspot.com/http://www.radioglobohonduras.com/http://chiapas.indymedia.org/http://unionsl.blogspot.com/http://hondurasresists.blogspot.com/http://www.hondurasgolpeada.net/http://hondurasenlucha.blogspot.com/http://hablahonduras.com/http://resistenciahondurena.blogspot.com/http://porhonduraslibre.blogspot.com/http://laluchasigue.org/http://upsidedownworld.org/main/content/category/5/23/46http://contraelgolpedeestadohn.blogspot.com/OUTROS MEIOS QUE ESTÃO TAMBÉM A ACOMPANHAR OS ACONTECIMENTOS:http://oclibertaire.free.fr/spip.php?article590http://oclibertaire.free.fr/spip.php?breve157http://amerikenlutte.free.fr/index.phpTelesur: http://www.telesurtv.netAlba TV http://www.albatv.org:80/Aporrea: http://www.aporrea.org/Agencia Bolivariana de Noticias: http://www.abn.info.vePrensa Latina: http://www.prensa-latina.cu/ANMCLA Corresponsalía Honduras:http://www.medioscomunitarios.org/honduras/Asociación Latinomerica de Educación Radiofónica:http://www.aler.org/Diario Nuestro País Costa Rica: http://www.elpais.cr/

Dia 8 de Julho (quarta-feira) pelas 18h Praça de Luís de Camões (Lisboa) Concentração de solidariedade com a luta dos povos indígenas do Peru


No passado dia 5 de Junho a polícia peruana atacou brutalmente manifestantes na região de Bagua, no norte do Peru, resultando na morte de cerca de 50 indígenas da floresta amazónica, em mais de 100 feridos e vários desaparecidos, tendo também sido detidas perto de 130 pessoas. Este massacre é consequência da repressão estatal de uma luta que os povos indígenas daquela região travam há bastante tempo contra os projectos de desenvolvimento, promovidos pelo Tratado de Comércio Livre assinado pelo governo do Peru concedendo o direito de exploração dos recursos naturais aí existentes, que irão abalar por completo o seu modo de vida e que levarão a uma destruição ambiental sem retorno. Esta é uma luta que não é só dos povos amazónicos, mas que se alastra a todos nós, já que pretende preservar aqueles que são os poucos vestígios de um mundo selvagem que tem vindo a ser arrasado em nome de um dito progresso com o único objectivo de enriquecer alguns à custa da devastação do nosso planeta. Daí, respondemos ao apelo internacional feito pela União Socialista Libertária do Peru para o próximo dia 8 de Julho, convocando uma concentração de solidariedade com a luta dos povos indígenas. Contra o capitalismo e a destruição do nosso mundo natural, solidariedade com a luta dos povos indígenas!!! Nenhuma agressão sem resposta!!! Anarquistas por uma Terra Livre Apareçam e divulguem!!!

Ativistas fazem protesto contra o G8 em Berlim ; Não à expansão da base militar dos EUA em Vicenza

Neste sábado (4), cerca de 600 pessoas mostraram nas ruas da capital alemã sua solidariedade ativa com os protestos na Itália contra o G8 e a resistência contra "arquiteturas de segurança" na "Fortaleza Europa". Com o lema "Trema G8 – somos suas crises", a marcha começou em Kreuzberg, passando pela câmara do comércio italiana, em frente das embaixadas russa e britânica, e cruzando várias ruas do centro de Berlim, entre outros pontos da cidade. Vários lemas foram gritados durante o cortejo: "Berlim, L`Aquila, a resistência é internacional", "anti, anti, anti anticapitalista", “G8, G8, nós estamos aqui, o Bloco Negro de Gênova"... Várias falações foram feitas ao mega-fone focalizando o G8 e as mudanças climáticas, o G8 o militarismo e a guerra, a mobilização na Itália, os protestos em Vicenza que aconteceram hoje (nota abaixo), os julgamentos forjados pela polícia em Gênova contra ativistas. Uma nota de solidariedade foi enviada à manifestação em Vicenza, na Itália. Camaradas italianos presentes no ato explicaram algumas datas dos dias de protestos contra a cúpula do G8 na próxima semana, na cidade de L'Aquila, no centro da Itália, onde líderes do grupo dos oito maiores países industrializados e principais países em desenvolvimento discutirão a situação da economia mundial, regulação financeira, mudanças climáticas, comércio e desenvolvimento. No comício também foi demonstrada solidariedade com os dois anarquistas italianos, Sergio e Alessandro, que foram presos na sexta-feira (3), acusados de fazerem parte de uma "conspiração de anarco-insurrecionalista". Neste mesmo dia outros 40 anarquistas de várias cidades italianas sofreram uma batida policial domiciliar, num grande operativo das forças de repressão italianas. Segundo os repressores os companheiros presos estavam planejando uma sabotagem a linha ferroviária Orte-Ancona (no centro da Itália). No final do protesto, na frente da embaixada francesa, as falas foram focadas à resistência antimilitarista no encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Estrasburgo e a seguinte repressão. Alguns ativistas alemães e franceses ainda estão presos, a espera de julgamento. Aconteceram alguns enfrentamentos durante a manifestação. A polícia atacou e prendeu um ativista que foi acusado de ter pichado as paredes da prefeitura de Berlim com frases anti-G8. Ao menos um outro ativista foi preso no fim do ato, quando muitas pessoas já tinham se dispersado. Sacuda o G8! Trema G8! Fotos: http://www.flickr.com/photos/kietzmann/sets/72157620819732991/ Não à expansão da base militar dos EUA em Vicenza Milhares de manifestantes anti-G8 se reuniram neste sábado (4) na cidade italiana de Vicenza, para protestar contra os planos de expansão da base militar estadunidense, a maior dos EUA na Europa, e, também, contra a reunião do G8 do dia 8 ao dia 10 de julho, que será sediada pela Itália neste ano, em L'Aquila. Registraram-se duros confrontos entre a polícia e manifestantes, que atiraram garrafas e outros objetos contra os policiais, inclusive artefatos explosivos. Não foi registrado nenhum ferido nos choques. O governo italiano aprovou a construção de uma nova base militar de 6 mil metros quadrados no local do antigo aeroporto de Molin, nos limites da cidade de Vicenza. Apesar de ter sido aprovada por Roma, os habitantes da cidade rejeitaram a expansão da base em um referendo. Ativistas afirmam que a base apresenta um risco à água subterrânea e é perigosa para os moradores e para o centro histórico de Vicenza, um tesouro da arquitetura renascentista. O protesto em Vicenza foi o primeiro grande ato antes da reunião das nações mais ricas do mundo na semana que vem, onde manifestantes anti-capitalistas planejam uma série de protestos descentralizados, culminando numa grande manifestação.
agência de notícias anarquistas-ana

sábado, 4 de julho de 2009

4 Noites 4 Filmes todas as 5º feiras


[EUA] Mastigando Os Credores: Uma Entrevista Com Entartete Kunst


Para muitos na cena radical da Bay Area, a partida de Entartete Kunst no final deste mês marcará a passagem de uma era. Para mim certamente.EK é um selo anarquista de gestão coletiva que lançou e co-lançou 20 discos e CDs nos últimos dez anos. Eles começaram produzindo peças e batidas predominantemente eletrônicas, mas mais recentemente têm incorporado mais rap a seu repertório. Conheci Marco a Melissa (e outros da EK) pela primeira vez pouco depois de eu começar um programa de voluntariado com a AK Press (quase uma década atrás). Seu trabalho árduo, apoio generoso e gestos camaradas não vêm sendo suficientemente celebrados ao longo dos anos. Desejamos a eles o melhor. Se você estiver na Europa este verão, não deixe de pegar as datas de excursão deles. Fale sobre o seu single mais recente, Mix Tapes and Cotton. Sobre o que é a faixa? Drowning Dog: “Mix Tapes and Cotton” é uma canção sobre racismo através dos olhos de uma criança. Quando eu era menino (na Flórida), a Ku Klux Klan incendiou uma cruz em nosso quintal, esfaqueou nosso cachorro e costumavam nos infernizar. Por isso é uma história pessoal. Ela diz que somos capazes de lidar com o racismo e o sexismo juntos como uma classe e que são as instituições — governos e corporações — que nos empurram isso, essa é a questão real. É uma canção sobre os trabalhadores pobres sem acesso à educação, mas com ilimitado acesso à lavagem cerebral podem canalizar sua raiva para atos estúpidos como queimar cruzes e falar aquele monte de merda e como nós (também trabalhadores pobres) podemos lidar com gente ignorante juntos. Mas quando as instituições (classe média e alta) usam ideais racistas e criam políticas que desumanizam e destroem vidas ou têm dinheiro e poder por trás dessas idéias aí fode tudo, fica perigoso, mortal (por exemplo, complexos industriais de prisão, militares, habitação, poluição, saúde etc.). É meio isso que diz. Que acontece com a Entartete Kunst por esses tempos? Pode nos contar uma breve história da EK e o que estão tramando atualmente? DJ Malatesta: Nós [Drowning Dog e Malatesta] estamos para começar uma excursão com umas trintas datas pela Europa Ocidental (a turnê Crunch The Creditors 2009), graças ao movimento anarquista e ao nosso trabalho duro pelos anos excursionando / construindo a solidariedade com umas pessoas / grupos / galeras etc. muito legais. E temos, como você mencionou um novo sete polegadas saindo agora, disponível pela AK Press e outras como NatterJack Press, London Class War, Les Creations Du Crane, Irregular Rhythm Asylum, e muitas outras. Comecei esse grupo junto com dois amigos que não tiveram experiência nenhuma com anarquismo. Lançamos uma compilação de peças e batidas eletrônicas que tinha uns tons políticos, e ele passaram a criar vários outros projetos. Nesse ponto, comecei a trabalhar com muitos artistas e produtores DIY (faça-você-mesmo), principalmente na Bay Area, editando e compilando vinil e CDs e lançando-os sob o selo “Entartete Kunst” — tipicamente bandas, mas projetos solo também. Breaks, poesia, batidas doidas, ruído etc. O nome “entartete kunst” significa “arte degenerada” em alemão. Tomamos o nome de uma exposição homônima usada pelo governo alemão dos anos 30 para tentar ridicularizar a arte radical. Usamos o nome porque somos conscientes que somos considerados degenerados por nossos chefes… de todos os tipos: políticos, financeiros, sociais. Marcamos pelo menos sessenta shows na Bay Area durante aquele período para muitas bandas (incluindo nós mesmos) e fizemos uns vinte lançamentos desde 1999 — todos inteiramente financiados dos poucos dólares que sobravam nos contracheques de várias pessoas e dinheiro de drogas (risos), ocasionalmente pagando por um lançamento com o dinheiro de um anterior. Não nos tornamos um coletivo até 2003. Por esse tempo, tínhamos muita certeza de que isso seria uma ferramenta de propaganda. Por um tempo, éramos em quatro fazendo todo o trabalho, depois em três. Sugeri que coletivizássemos. Passamos depois a organizar nossa primeira excursão européia (2003) e lançar o vinil 2 x 12 polegadas e o CD States Of Abuse (2004/5). Nesse exato momento, são Drowning Dog e Malatesta (claro que isso pode mudar). Nós tocamos, gravamos, escrevemos e produzimos juntos. Lançamos nosso CD de estréia Got No Time CD (2007/8) e Mix Tapes and Cotton 7” (2009) juntos, e estamos planejando uma porção de lançamentos para a E.K. Inc.: um sete polegadas, johnny NO cash 7”, um lançamento em vinil e download de compositores de rap, multilingual, inspirado pelo ideário comunista-libertário e anarquista para 2010, e um novo lançamento de Drowning Dog assim como incontáveis outras colaborações e remixes. DD: Got No Time é o CD de estréia do Drowning Dog! O CD fala sobre como não temos tempo para as coisas realmente importantes na vida. Passamos a maior parte do tempo no trabalho, trabalhando pra caralho, tornando os outros ricos. E geralmente produzindo coisas que ninguém quer / precisa em nossa sociedade — muitos, muitos poucos de nós realmente poderão realizar plenamente seu potencial. Por isso, Got No Time é na verdade um chamado para a eliminação de todos esses trabalhos de merda de que realmente não precisamos em nossa sociedade. Estou pronto para um dia de quatro horas numa semana de três dias (pra começar, porra). E sobre o futuro? Vocês estão se mudando dos Estados Unidos e se radicando na Europa. Por quê? DJM: O movimento é forte lá em comparação com o que rola por aqui, e com mais consciência de classe. Queremos trabalhar com muitas pessoas; infelizmente, tem um punhado só de grupos que se identificam com o que a gente faz ou mostram apoio à nossas políticas ou à nossa música. Mas há alguns… incluindo AK Press e Red Emmas. As pessoas tomam menos antidepressivs na Europa… assim é melhor para contra-atracar. DD: Pela pizza. Entartete Kunst, e vocês como indivíduos é há algum tempo, parte do movimento anarquista na Bay Area. Pode nos falar um pouco sobre as coisas nas quais vocês têm estado envolvidos e que mudanças viram na Bay Area nos últimos anos? DJM: Eu, por exemplo, tenho estado na maioria dos encontros anarquistas na Bay Area pelos últimos dez anos e, se tanto, eu o vi crescer (período do 9/11) e depois encolher (nos últimos dois anos), pelo menos no sentido do interesse do grande público. Há muitas razões pelas quais isso pode ter acontecido, mas pra ser bem honesto, acho que as pessoas que são as mais vocais na Bay Area são da classe errada e, portanto mantém as idéias firmes no seio de sua própria cultura. É o que eu penso. De um lado positivo, há alguns grupos que são meio que conscientes disso e começaram seus próprios grupos de trabalhadores, salvo engano — como o Modesto Anarchist Crew. Vocês fizeram algumas excursões pela Europa agora e foram expostos a vários movimentos anarquistas no processo. Pode comparar e situar os contrastes de suas experiências com os anarquistas aqui e lá? DJM: Se você é um anarquista comprometido, você é um anarquista comprometido. Eles lá têm circunstâncias diferentes: a mentalidade na Europa é muito mais comunista (num sentido anti-estatista) do que aqui e isso é importante, eu acho… embora não seja um nem o outro. Temos de ter consciência de que todos estamos conectados e que não podemos sobreviver sozinhos. DD: Comparar e situar os contrastes, bom… Europa é diferente, nem melhor nem pior, mas diferente, tem um contexto diferente, lugar diferente, leis, história diferente. Sempre use o que tiver, quando puder, com o que se tem, onde estiver. Podemos ir a esses espaços na Europa — centros sociais, squats, espaços de arte — na primeira leva de excursões me pareceu doido que aqueles espaços existissem: “Vocês têm centros sociais financiados pelo governo?!” E a idéia de que você pode ocupar um lugar por anos e NÃO ter seus miolos estourados. Interessante pra caralho, não bem como a cultura / leis de propriedade americanas. Certo, nós podemos ocupar lugares nos States, mas não é o mesmo. É na maior parte em locações indesejáveis, fora do centro da cidade, aquela bosta de centro e geralmente não dura muito, não tem muito apoio da comunidade. Infelizmente, se é que há, não há muito dinheiro colocado na cultura. A maior parte do dinheiro nos Estados Unidos vai para os militares e para a polícia. Financiar espaços para fomentar pensamento crítico ou questionamento criativo não está na lista de prioridades deles. Eles só precisam de mãos baratas para limpar a bosta deles. Educar pessoas e culturizar pessoas (acho que inventei essa palavra) pode causar problemas. Não pense. Cale a boca. Limpe a bosta. Ganhe dinheiro pra nós. Isso não bem parte da pergunta que você fez, mas uma coisa eu acho importante e legal e é que é muito bom interligar todos os grupos que conhecemos nas viagens com outros que de outro modo jamais saberiam de sua existência. Porque vamos para países diferentes, somos capazes de conhecer tanta gente, galeras, grupos radicais, anarquistas legais. É tão importante que saibamos da existência uns dos outros porque sabe, tá ruim lá fora, sabe o que e quero dizer? Precisamos uns dos outros. Que hip-hop vocês estão escutando atualmente? DD: Collectif Mary Read, La K Bine, Comrade Malone, Mentenguerra, Microplatform, La Plataforma, The Edger, Beast, Keny Arcana, Kurzer Prozess, Direct Raption, Cuba Cabbal, Acero, Arapiata, Gente Strana Posse. Quando a maioria das pessoas pensa em hip-hop eles certamente o associam com a política anarquista. Fale um pouco sobre a música anarquista e a cena hip-hop. Quem eram alguns dos pioneiros e com que têm se impressionado por esses tempos? DJM: Há e havia quando começamos uma cena punk que toca em idéias anarquistas e se organiza coletiva e autonomamente, aí criaram redes das quais aparentemente nos beneficiamos até hoje, porque os garotos hoje em dia curtem todo tipo de som, não apenas um único tipo. Temos visto um agudo crescimento de bandas de hip-hop, especialmente na Europa e Amércia Central / do Sul, nos últimos anos… embora, ironicamente, Emcee Lynx of Oakland tenha sido o primeiro rapper anarquista que ouvi por volta de 2000. Obviamente tem havido um monte de rap de protesto / crítica social ao longo dos anos como Boogie Down Productions, KRS One, Public Enemy, The Coup, Dead Prez, Immortal Technique, mas nenhum de que se pudesse dizer ser especificamente anarquista. A lista na pergunta anterior é a de quem mais nos impressiona neste exato momento. Mais infos: http://www.entartetekunst.info/

[EUA] Eco-anarquistas vão a júri por “advogar literatura e materiais que defendem a anarquia


[Hugh Farrell e Gina “Tiga” Wertz são dois companheiros eco-anarquistas estadunidenses, e estão com sua primeira data de julgamento marcada para o dia 14 de julho. Motivo: eles estão sendo acusados de realizar atividades criminais – acusações originalmente intencionadas a apontar o grupo – por supostamente “conspirar” no “abraçamento” de árvores, participarem em desobediência civil não-violenta, e fazer um blog inflamatório contra a mega-rodovia I-69 da NAFTA (North America Free Trade Agreement, Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).] Quando fui informado sobre a detenção destes jovens não vislumbrei nenhuma informação interessante inserida na moção do governo pelo pagamento de 20.000 dólares de fiança. Vejam só, estes ativistas não estão sendo acusados de qualquer destruição de propriedade ou violência, eles estão sendo acusados de “conspiração”. Então, como o governo estadunidense tentou justificar a alta quantia de fiança? De acordo com a moção de Farrel para pagar a fiança: “O acusado estava sendo observado advogando literaturas e materiais nos quais defendem a anarquia, destruição de propriedade e violência, incluindo o “Eco-Defesa: Um Guia de Campo” e “Recipientes para o Desastre: Um Livro de Receitas Anarquista””. De muitas formas, isto não é nada novo, a demonização do/as anarquistas existiu tanto quanto o termo em si. Mas este é um território perigoso por um punhado de razões. Isto reflete mais recursos desperdiçados em vigilância vindos da Emenda Primeira. Porque Farrel estava sendo “observado” pela imposição da lei enquanto supostamente estava “advogando literatura” em primeiro lugar? A intenção é punir as pessoas por suas crenças políticas. Mesmo que seja verdade que Farrel tenha sido observado advogando literatura e que a literatura defendia a “anarquia”, como fazer isto se relacionar a ele comparecer, ou não, em seu dia de julgamento (que é o que a fiança se refere)? Não há lugar em uma democracia para criminalizar livros! Não se engane, isto significa o seguinte: criminalizar o/as dissidentes! O governo não está queimando os livros, e não está dizendo que é ilegal adquiri-los, mas a acusação está dizendo que se você “realmente” adquiri-los ou advogá-los, isto refletirá negativamente em seu caráter. Neste caso, sou igualmente culpado (e tenho certeza que estou em boa companhia com muitos de vocês). Eu tenho esses dois livros e ambos estão disponíveis em inumeráveis livrarias e no Amazon.com. “Ecodefesa” foi um livro central na história do movimento ambientalista, e inclui uma introdução de Ed Abbey. “Recipientes para o Desastre”, publicado pela CrimethInc, não é um “livro de receitas anarquistas” que talvez você esteja esperando: há seções sobre coalizões além dos grupos de afinidade e saúde mental. Assim como tantos casos que já escrevi, este não se trata sobre ameaças à segurança do público, e nem se trata sobre destruição de propriedade, e sim implica em demonizar as pessoas por causa de suas crenças políticas. Neste episódio, nem mesmo sobre isso esse caso implica: ele trata de demonizar as pessoas por causa de seus livros. O fato dos promotores verem estes livros como uma ameaça é mais uma razão para você levar uma ou duas cópias. Se você solicitá-los, por favor, faça através da conta do Amazon no GreenIsTheNewRed.com, e apóie este sítio de internet também! Tradução > Marcelo Yokoi

[Itália] G8 2009, desde Roma olhando até Áquila e o mundo

Sete ventos nos calendários e as geografias de baixo: primeiro vento, uma digna juventude raivosa” (Subcomandante Marcos, EZLN, Chiapas, México, mensagem para a Grécia rebelde, dezembro de 2008) Em 8, 9 e 10 de julho o presidente-patrão do governo italiano, Silvio Berlusconi, será o porta-voz oficial da Cúpula dos “Potentes” da Terra, dedicada à questão da crise global, que se reunirá em uma fortaleza da polícia de Estado (guarda da finança) de Coppito (Áquila). Nesta temporada de especulação e guerra, a decisão de ampliar a cúpula a outras nações (transformando de G-8 em um real G-14/G-21), reflete a necessidade de aumentar o nível de conscientização global para seguir legitimando a quebra da política capitalista. Desta maneira, esta cúpula oferece a possibilidade de fazer frente aos crescentes signos de hostilidade que estão se estendendo em todos os rincões do planeta, ditando medidas estratégicas para seguir protegendo um sistema que explora as riquezas mundiais em benefício de poucos. Por trás da comédia criada a ponto de levar os chefes da política mundial ao acampamento de quem sofreu com o terremoto italiano, está a vontade de confirmar seu domínio capitalista sobre nossas vidas: re-financiar a especulação financeira, salvar os bancos, aumentar a precariedade da questão de direitos trabalhistas, impulsionar a cooperação internacional em praticas de repressão social, acompanhar a exploração sem fronteiras da humanidade e os recursos naturais do planeta. Este G-8/G14/G21 além de situar-se em um contexto que quer transformar uma “tragédia” em um grande plano de especulação, se desenvolve em uma cenografia histórico-social pintada por fortes contestações globais contra este modelo: desde “El corralito” na Argentina em 2001, a revolta do Alto da Bolívia, Oaxaca, até a recente e ativa resistência dos povos indígenas da Amazônia Peruana. Seguindo a revolta contra a CPE e a explosão dos trens franceses nos subúrbios em 2006 e as numerosas revoltas dos migrantes presos em toda a Europa (desde o Peloponeso até Ceuta, Melilla e Lamedusa). Por último, a revolta grega de dezembro de 2008 e sua conseqüente repressão, as contestações contra as medidas econômicas anti-crises na Islândia como em Dublin, os violentos distúrbios durante a cúpula do G-20 em Londres onde Ian Thomlison foi assassinado por um policial, até a OTAN em Estrasburgo, e o 1º de Maio em Berlim. A contestação do G-8 de julho é o último encontro de uma série de manifestações e ações diretas que são praticados nos últimos meses na Itália. A partir das cúpulas sobre Agricultura e Ambiente, sobre a privatização das universidades, o G-20 dos ministros da economia de 28 de março, e a cúpula das justiças e dos interiores de 28/29 de maio. Até chegar a mobilização de 16 de junho, dia em que as comunidades afetadas pelo terremoto de Abruzzo protestaram em Roma contra as políticas de enganação sobre a reconstrução e contra a especulação na questão das “emergências” a serem adotadas. A assembléia nacional de 1º de junho que teve lugar na região de Abruzzo impulsionou a proposta de uma “radical e ampla mobilização” desde a primeira semana de julho até os dias em que os chefes de estado e do governo se reunirão em Coppito para a cúpula dedicada a crise global. Este marco, a rede NÂO G-8 de Roma reúne a demanda e convoca para o dia da chegada das delegações internacionais (7 de julho) em seu caminho até o G8 em Áquila, um dia de“ Bem-vindos aos responsáveis desta crise” bloqueando a cidade e proporcionando “Info Point” para quem quiser participar. Ademais, propomos construir um “mapa das crises”, com ações diretas que se realizarão cada qual com seus grupos de afinidades, como ocorreu em Londres no G-20 e como ocorre em várias partes da Europa, já há alguns meses. Por último, no dia 10 de julho, convocamos em Áquila uma manifestação internacional em solidariedade às populações afetadas pelo terremoto, e contra o G-8 e para reivindicar uma reconstrução social dos territórios afetados. Nós, ativistas e militantes autóctones, migrantes, em situação de precariedade social, criadores de formas independentes, antifascistas, anti-racistas e antimilitaristas a aderirmos à mani do dia 10 em Áquila, impulsionando o princípio de “propagação” das mobilizações e fazendo um chamado a todos os movimentos de luta, coletivos e redes disponíveis para que se construam e pratiquem os “mapas das crises” com ações descentralizadas no maior número de cidades da Itália e da Europa. Propomos ainda um método de convergência eficaz entre os movimentos, caracterizado pela horizontalidade e intercâmbio, dando desta maneira continuidade às iniciativas e ações diretas contra quem são os verdadeiros responsáveis da crise. Desta maneira denunciaremos publicamente: - os responsáveis que seguem alimentando o sistema capitalista que explora os recursos do planeta. - os responsáveis de quem acaba com a liberdade individual. - os responsáveis das precariedades e mortes da situação trabalhista Com estas propostas, e com estes objetivos, hoje propomos uma política de cooperação ativa e uma conexão entre as práticas sociais, a partir das ações intencionadas para julho de 2009. “Akat qhiparux waranq waranqanakax kutinixa (voltarei e seremos milhões)” Tupac Katari, 1781 V de Violeta: É a cor de maior espectro visível com maior freqüência e menor comprimento de onda. É a cor do movimento de liberação das mulheres e da autodeterminação sexual, é a cor do sonho, da metamorfose, da magia. Além disso, é a cor da escravidão no século XVI na Inglaterra, era a cor do luto, na capoeira é associada à Orixá Iansã, deusa dos ventos e das tormentas, na cidade de Lima é a cor de homenagem a Cristo negro, “senhor dos milagres”, e homem que move o mundo, o capitão dos terremotos. Nos dias do G8 o violeta será a nossa cor. V de Vingança: é uma palavra dura, que não deixa espaços. É uma homenagem para quem levanta todas as manhãs, anda de ônibus, carro ou moto, chega ao seu trabalho e encontra a morte. É a homenagem para quem abandona seu país em busca de um futuro melhor e encontra os CIE (Centros de identificação e Expulsão). Serão nossas palavras, nossas mãos, nossas emoções e nossa raiva que derrubará a vingança. É um corpo coletivo que se move rapidamente dentro das metrópoles. Essa mesma velocidade que nos leva de uma exploração à outra e que determina uma constante negação de um futuro, a reenviamos a quem expropria e explora nossas vidas. V de Vitória: a imagem clássica, dedos indicador e médio, signo de uma força que ganha. A vitória que buscamos é querer o tempo que nos roubam e a voz que nos sufoca. É a necessidade de novas opções políticas, econômicas e sociais e contra quem constantemente reproduz as crises, o capital e seu domínio. O que buscamos é a vitória por haver ganhado um metro a mais, por tomar o ar a plenos pulmões depois de haver aberto um possível projeto de liberdade e luta. É a vitória anticapitalista que queremos reproduzir e sustentar. São as pequenas vitórias que constroem o caminho. São as decisões de seguir e comprometer-se, desta vez, assim como muitas vezes mais. V de Violeta, V de Vingança, V de Vitória! V-Strategy, Roma, Itália, junho 2009 Tradução > Palomilla Negra agência de notícias anarquistas-ana

[França] Acampamento Sem Fronteiras em Calais


"Queremos um mundo sem estados, onde as pessoas podem movimentar-se de forma livre” Aconteceu nos dias 23 a 29 de junho o Acampamento Sem Fronteiras em Calais, no norte da França. Essa jornada foi mais uma oportunidade para trabalhar coletivamente com o objetivo de construir redes com comunidades de imigrantes, para ajudar a desenvolver vínculos entre os indivíduos e grupos que os apóiam, desafiar às autoridades dos dois lados do Canal da Mancha com suas políticas anti-imigrantes, e contra a crescente repressão exercida aos imigrantes e ativistas na região. Ao redor de 1000 pessoas de vários pontos da Europa participaram do evento, notadamente da França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha. Muitos moradores locais visitaram o acampamento, um grupo de aproximadamente 100 imigrantes, principalmente curdos e afegãos, participaram diariamente do acampamento, assim como diversas crianças e adolescentes. Durante o acampamento foi produzido diariamente o jornal “Nômade”, que era distribuído no centro da cidade. Por diversas vezes a polícia tentou recolher a publicação. O acampamento também teve momentos para festas, oficinas, debates, cinema e outras práticas para refletir e ampliar a luta dos e das No Border (sem fronteiras). Protesto nas ruas de Calais O ponto alto das atividades do acampamento foi um ato público. No sábado (27), cerca de duas mil pessoas tomaram as ruas centrais de Calais, para protestar contra os controles de imigração, as condições de vida dos imigrantes clandestinos na cidade e na “Fortaleza Europa”, o fim das fronteiras e pela liberdade de movimentos. “Queremos um mundo sem estados, onde as pessoas podem movimentar-se de forma livre”, disse um ativista. Aproximadamente dois mil policiais fortemente equipados foram mobilizados neste dia, transformando a ex-capital da renda uma "cidade em estado de sítio". Calais é um ponto nevrálgico da imigração do continente europeu para o Reino Unido. Centenas de imigrantes, maiormente afegãos, eritreus, iraquianos e somalis, peregrinam pelas ruas da cidade ou habitam o que chamam de “selva”, "barracas" feitas de tábuas e de cobertas de plástico que ficam situados no subúrbio norte de Calais, tudo lembra um campo de refugiados. O ministro da Imigração da França anunciou recentemente que até o fim do ano fechará a “selva”. Ninguém é ilegal! O próximo Acampamento Sem Fronteiras será promovido na Grécia, na Ilha de Lesbos, nos dias 25 a 31 de agosto de 2009. Vídeo do protesto: http://www.youtube.com/watch?v=D3yedUzex2g Fotos do acampamento, do protesto: http://www.indymedia.org.uk/en/2009/06/433478.html http://www.indymedia.org.uk/en/2009/07/433599.html http://www.indymedia.org.uk/en/2009/06/433269.html http://www.indymedia.org.uk/en/2009/06/433452.html http://www.flickr.com/photos/filkaler/ Mais infos: http://calaisnoborder.eu.org/ http://london.noborders.org.uk/calais2009

Filme sobre o contexto global da energia nuclear e a exploração de urânio na Austrália


Urânio - é um país? Procurando as origens da Energia NuclearDe onde vem a tua eletricidade? Este documentário procura as origens da energia nuclear e aponta para a Austrália. Aí a mina de Urânio Olympic Dam é gerida pela multinacional BHP Billiton. Consome grandes quantidades de água, um recurso sem preço. Um habitante indígena fala do impacto que a mina tem no ambiente em que vive. Entretanto, a 1300 km de distância, em Melbourne, dão-se protestos na sede da BHP Billiton - os ativistas pretendem que o negócio sujo acabe. A extração de urânio é bastante lucrativa e a sua procura está aumentando. O porta-voz da Associação de Urânio da Austrália fala de um futuro radiante. Argumenta que, na Austrália, as jazidas são grandes e representam 188 mil toneladas de óxido de urânio em 28 pontos. Este país tem as maiores jazidas de urânio do planeta. Daqui a alguns anos, o urânio poderá entrar na lista de suas exportações de matérias-primas. O novo primeiro-ministro liberal, Colin Barnett, eleito em 2008, é favorável ao desenvolvimento da exploração do urânio. A Austrália exporta urânio principalmente para os Estados Unidos, o Japão e a França. Recentemente fez sua primeira entrega para a China, país que pretende construir dezenas de reatores de energia nuclear, assim como a Índia. Do outro lado do mundo, a energia nuclear é sujeita a debate. Na França, Bruno Chareyron procura radioatividade em lugares nucleares e no transporte de urânio. Na Alemanha, Claudia Kemfert, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, explica porque a energia nuclear se transforma em rios de dinheiro. Michael Müller, secretário governamental do ministério do ambiente adere à idéia de uma anulação gradual da energia nuclear. Aponta que a energia nuclear não está apropriada para parar as mudanças climáticas. Ficha Técnica Urânio - é um país? Procurando as origens da Energia Nuclear 53 minutos 2008 Alemanha / França / Austrália Realizado por: Stephanie Auth, Isabel Huber e Kerstin Schnatz Idiomas: Alemão e Inglês Legendas em Inglês Para ver o filme: http://nukingtheclimate.com/

O Peixe Morcego Vulcânico Cego