quarta-feira, 30 de abril de 2008

action beat [uk] & too titan to fall [pt]

6ª, 2 maio 20h00 entrada livre Action BeatColectivo de improv noise/no wave de Bletchley (ao que parece um shithole situado no Norte de Inglaterra) que normalmente se junta com uma série de convidados para tocar em qualquer data. Soam, dizem eles, como uns Sonic Youth em início de carreira, Glenn Branca, Swans ou Rhys Chatham. As referências e as influências são de valor e isso reflecte o que se ouve no myspace. Normalmente tocam com 4 guitarristas, 1 baixista e entre 1 a 4 bateristas.www.myspace.com/actionbeatToo Titan To FallJoão (guitarra), Pedro (bateria) e Tiago (baixo), do Porto. Praticam o exercício da construção de músicas pequenas, muito pequenas, tendo o pormenor como principal preocupação. Tentam que um outro exercício, o da interpretação, seja feito da forma mais rápida e espontânea que as suas características físicas lhes permitem.Too Titan to Fall @ MySpaceorganização: Lovers & Lollypops www.loversandlollypops.comwww.myspace.com/loversandlollypops

Sessão de informação e debate sobre os OGM na COSA


No dia 3 de Maio pelas 19:00h vai ter lugar uma sessão de informação e debate sobre a luta contra os transgénicos e também projecção de vídeos sobre a acção de Silves e os OGM em geral.Haverá também jantar (21:30), bar e bailarico pela noite.Cosa: Rua Latino Coelho nº2 (Setúbal, junto à estação dos autocarros)email: http://COSSANOSSA@gmail.com/

Marcha Global pela Marijuana - 3 de Maio - Porto


[Manif. Anti-autoritaria] Comunicado lido na Manifestação de 25 de Abril.

EM ABRIL, VENDEM-NOS MIL MENTIRAS! DIZEM QUE O POVO É QUE MAIS ORDENA, DIZEM QUE SOMOS LIVRES, DIZEM QUE DEVEMOS CELEBRAR O 25 DE ABRIL DE 1974 COMO O DIA EM QUE A HISTÓRIA ACABOU, O DIA QUE NOS DEU TUDO O QUE PRECISAMOS, O DIA EM QUE POUSÁMOS AS ARMAS E ABDICAMOS DE LUTAR POIS JÁ TUDO FOI CONQUISTADO... HOJE, 34 ANOS DEPOIS, AQUELES QUE FALAM SÃO SILENCIADOS, AQUELES QUE RESISTEM SÃO ANIQUILADOS, AQUELES QUE SE ERGUEM SÃO PERSEGUIDOS, CRIMINALIZADOS, DETIDOS E HUMILHADOS. A CLASSE POLITICA SENTA-SE NAS SUAS CADEIRAS DO PODER, E OBSERVA SEM NUNCA SUJAR AS MÃOS COMO UMA VEZ MAIS CONSEGUEM REINAR PACIFICAMENTE, DESDE QUE NOS DIVIDAM. E ASSIM DIVIDEM-NOS ENTRE RICOS E POBRES, ENTRE NACIONAIS E ESTRANGEIROS, DIVIDEM-NOS PELA COR DE PELE, PELA ORIENTAÇÃO SEXUAL, PELO GÉNERO, OU PELA ESPÉCIE. E ENTRE NÓS, SEMPRE NO MEIO, SEMPRE A ESPALHAR A VIOLÊNCIA, SEMPRE PRONTOS A OBEDECER Á VOZ DO DONO, ESTÃO AQUELES QUE DECIDIRAM VENDER-SE A TROCO DE UMAS MIGALHAS. COM AS SUAS FARDAS, OS SEUS CACETETES E A FRUSTRAÇÃO DE SEREM PESSOAS SEM VALORES NEM DIGNIDADE, A POLÍCIA EXISTE CADA VEZ MAIS PARA PROTEGER AQUELES QUE TUDO TÊM DOS OUTROS A QUEM TUDO LHES ROUBARAM. AS PRISÕES ESTÃO CHEIAS DE POBRES, AS ESQUADRAS ESTÃO CHEIAS DE SANGUE, AS RUAS ESTÃO CHEIAS DE MEDO E DESCONFIANÇA. AS VOSSAS RUSGAS, AS VOSSAS IDENTIFICAÇÕES, AS VOSSAS CARGAS, A VOSSA VIGILÂNCIA E CONTROLE SÓ RESULTARÁ ENQUANTO NÓS O ACEITARMOS, ENQUANTO NÓS NOS CALARMOS, ENQUANTO PERMANECERMOS ISOLADOS, DESORGANIZADOS E AMEDRONTADOS. NÃO NOS IMPORTA A VOSSA “LEGALIDADE” OU “ILEGALIDADE”, NÃO NOS IMPORTAM AS VOSSAS FRONTEIRAS, NÃO NOS IMPORTAM OS VOSSOS JUÍZOS DE VALOR: IMPORTA-NOS SIM A REBELDIA, A INSUBMISSÃO E A DIGNIDADE. NUNCA A LIBERDADE FOI DADA OU NEGOCIADA – FOI SEMPRE ARRANCADA PELA DETERMINAÇÃO DE QUEM QUER SER LIVRE. PSP, GNR, PJ, SIS, ASAE, SEF, CHIBOS, INFAMES, VIGILANTES, SEGURANÇAS, AUTORITÁRIOS... DE UMA VEZ POR TODAS DESAPAREÇAM DA NOSSA VIDA!! CONTRA A REPRESSÃO POLICIAL CONTINUAMOS E CONTINUAREMOS NA RUA!

[Lisboa] Manifestação Anti-Autoritária


Nota Prévia: Antes de mais é necessário referir que este blog não passa disso, um blog... Não é por ter sido postada a convocatória da manifestação que quem aqui escreve passa a ser da organização da mesma. Aliás, esta convocatória foi publicada em inúmeros sites e blogs. É também engraçado o conjunto de movimentos que referiram estar ligados a esta manifestação. Principalmente o Stop the Lisboa Treaty, que é uma iniciativa de cidadãos alemães que se dedicam a publicar textos a exigir um referendo para a Constituição Europeia e também a denunciar algumas desigualdades sociais na Europa. Não se percebe qual a ligação que os senhores jornalistas encontraram com esta manifestação. Outra coisa foi terem referido os "Ultras", que toda a gente associa rapidamente a hooligans violentos desejosos de causar o caos e a destruição. Não se entende porque não escreveram o nome completo da organização, que é Ultras Contra o Racismo que já há muitos anos lutam pela erradicação do racismo nos estádios de futebol. Depois, a Agência Lusa afirma ter tentado contactar os organizadores da manifestação para esclarecimentos. Que se saiba ninguém foi contactado. Subtilmente os senhores jornalistas tentaram denegrir esta manifestação dando a entender que é apenas um grupo de miúdos rebeldes que não tem respeito por ninguém... De notar também a insistência destes senhores jornalistas em tentar fotografar os manifestantes de cara destapada, mesmo depois de os mesmos terem feito perceber que não queriam ser fotografados. Agora a manifestação propriamente dita: Quando a manifestação partiu da Praça da Figueira havia, notoriamente, alguma tensão no ar. Houve mesmo uma conversa mais acesa com um jornalista que apesar dos avisos estava a insistir na captação de fotos aos manifestantes. A polícia andava sempre nas redondezas e sabíamos que estavam à espera de um deslize nosso para poder intervir. A dianteira da manifestação estava a avançar rapidamente o que fez com que o corpo da mesma ficasse um pouco disperso. Circulava a informação (ou boato) de que a polícia poderia tentar partir a manifestação ao meio. Por essa razão o pessoal que seguía na frente começou a andar mais lentamente para assim o grupo fosse mais compacto e por conseguinte mais difícil de dividir. Ao chegar ao Rossio houve alguns atritos com o pessoal da Associação 25 de Abril como é aqui relatado: A concentração saiu da Praça da Figueira, passou pelo Largo de São Domingos e fez-se notar ao entrar no Rossio, com os tambores, buzinas e coros a inquietarem os membros da Associação 25 de Abril, que fazia naquela altura as suas intervenções num palco montado frente ao Teatro Nacional Dona Maria II. "Vieram provocar uma manifestação organizada e a polícia sem fazer nada. Eu já fiz um 25 de Abril, agora tenho que fazer outro?", queixou-se um dos elementos da associação, que preferiu não se identificar. De referir que nós não estávamos ali para provocar os senhores... Nem estávamos ali para festejar o 25 de Abril... Estávamos na rua para protestar contra o estado deste nosso mundo (falando de maneira generalista), contra o capitalismo, fascismo, e contra o cada vez mais enervante comodismo das pessoas... Ouvimos algumas bocas, mas enfim, a manifestação continuou... Ao chegar à Rua Augusta andámos muito devagar devido às esplanadas dos cafés. De referir o episódio do "homem-estátua" que, muito bem disposto, interrompeu a sua actuação para dar passagem ao grupo, a ele obrigado! Depois, circulou outro aviso (ou boato) de que a polícia estaria pronta a intervir e que essa intervenção seria feita pelos lados para assim poder dividir o pessoal. O lado que estava mais exposto era o direito, mas tendo em conta a união do pessoal é bastante provável que se tivesse conseguído resistir em caso de ataque. Mas felizmente, isso não se verificou e a manifestação chegou pacificamente ao Terreiro do Paço onde forma queimadas as notas de 500 e foi lido mais um comunicado. De referir que os senhores jornalistas só conseguíram perceber algumas palavras dos dois comunicados que foram lidos que foram: "Chibos infames", "Sangue nas ruas", "continuamos e continuaremos nas ruas"... Mais uma vez é uma mensagem violenta que passam, mas já vamos estando habituados... Depois de algum tempo no Terreiro do Paço a manifestação começou a desmobilizar e de referir que os vários grupos que se iam retirando eram seguídos pela polícia que aproveitava para tirar fotos a quem já estava de cara destapada. Mesmo depois de desmobilizada houve agentes à paisana que tentaram criar confusão para justificar uma intervenção dos seus colegas robocops. felizmente toda a gente percebeu o que se passava e ninguém perdeu a compostura. Foi talvez um dia perdido para os repórteres sedentos de sangue e de lojas partidas e de gente assaltada... Mas para nós foi um dia em cheio. Paz Saúde e Anarquia Retirado de: http://www.contraocapital.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Lisboa: Manifestação anti-policial marcada para o 25 de Abril


Retirado da agencia LUSA. "Diversas organizações marcaram uma "Manifestação antiautoritária - contra a repressão policial" para dia 25 de Abril, às 17:30 na Praça da Figueira, através de um blogue na Internet.
Os organizadores convidam para uma manifestação, "um ano depois do ataque policial no Chiado" e "dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense", refere a mensagem no endereço http://contraocapital.blogspot.com/2008/04/manifestao-25-de-abril.html.
No texto que acompanha o convite é referido que "passaram 34 anos desde a substituição de um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir as populações".
Nas ligações existentes no site da Internet contam movimentos como o 'Movimento Antifascista Português', 'Parem o PNR', 'Bragança Antifascista', 'Raiva', 'Ultras', 'Stop de Lisboa Treaty', 'Resistir', 'Bastounada', entre outros."

terça-feira, 15 de abril de 2008

Rusga policial em Lisboa para amedrontar os imigrantes


Decorreu com grande aparato e cobertura mediática mais uma rusga na zona do Martim Moniz, local de Lisboa frequentado por muitos imigrantes. Todos os que não eram brancos (independentemente da nacionalidade) foram incomodados pelas forças de segurança e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Mais de 300 agentes foram mobilizados para a chamada “Operação Vasco da Gama”, que a polícia e a Câmara de Lisboa justificaram para “reabilitar” a zona. Para isto, perseguir trabalhadores e imigrantes (trabalhadores), o Estado Português é muito activo e corajoso. Para isto não há falta de meios. Mais uma rusga racista. Sim racista: houve dois cidadãos brancos que tentaram ser identificados pelos agentes presentes no Martim Moniz e…não conseguiram. Uma rusga que apenas serve para mostrar serviço, amedrontar todos aqueles e aquelas que por cá andam a suprir as nossas próprias insuficiências e, em última instância, humilhá-los. Eis a verdadeira face da “integração”.Mas onde está a coragem das autoridades para uma verdadeira actuação como “Estado de Direito”, que diz ser, quando a impunidade dos empregadores é o dia a dia? Onde está a coragem para ter agentes tipo ASAE e SEF, com o mesmo tipo de cobertura mediática, a fazer o mesmo com o patronato que emprega e explora trabalhadores, sejam eles imigrantes ou com BI português e “caucasianos”? Onde está a coragem para punir e castigar todos os empregadores que roubam os salários aos imigrantes (e não só), que não cumprem as leis, que pagam tarde e a más horas, que ficam com os descontos para a Segurança Social?Falta de meios? Para perseguir as e os mais desfavorecidos, não tem havido falta de meios. Já era altura de se fazer aquilo que se apregoa por toda a Europa… É muito bonito vermos os discursos inflamados em defesa dos direitos humanos no Tibete. Fica bem a toda a gente. Mas para quando a defesa dos direitos humanos aqui, em Portugal?

Aumento dos preços dos cereais gera mais pobreza em todo o mundo


Tem-se assistido nos últimos tempos a uma escalada do preço dos cereais – arroz, trigo, milho – atingindo sobretudo as populações urbanas dos países mais pobres. Só nos últimos nove meses os preços dos cereais subiram 45%. Tais aumentos devem-se, essencialmente, ao efeito conjugado de três ordens de factores: tectos impostos na Europa à produção de cereais para que os preços não baixem; crescente utilização dos cereais para a produção de biocombustível (devido aos aumentos de preço do petróleo); e ainda o justo acesso de milhões de pessoas a um maior consumo de cereais, como acontece na China e na Índia em consequência dos elevados ritmos de crescimento económico verificados nestes países em desenvolvimento.Nos países mais pobres, 25% da população gasta entre 70% e 80% do seu escasso rendimento em bens alimentares, sendo estes países os que mais sofrem com este tipo de inflação. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) mostra-se bastante preocupada com os problemas sociais daqui resultantes e fala da gravidade de uma situação que já atinge países como o Egipto, as Filipinas, Marrocos, a Argentina, Moçambique, o Senegal ou o Haiti. Conflitos violentos já se verificaram no Egipto, no Haiti, na Costa do Marfim, na Bolívia e no México, com estradas bloqueadas e ataques às forças repressivas, com vários mortos e feridos. Em Portugal, o problema já começa a sentir-se bastante à mesa daqueles para quem a alimentação leva parte significativa do rendimento. Novos aumentos do pão e do arroz estão na ordem do dia. A situação dos pobres e das classes exploradas agrava-se, assim, em consequência de uma penúria alimentar que é resultado, apenas, dos critérios de lucro que comandam a produção. Com efeito, as capacidades produtivas instaladas no mundo de hoje chegam e sobram para alimentar convenientemente toda a população mundial. Mas como o capital só produz em função do rendimento que obtém, e não das necessidades das populações, o volume de bens produzidos é limitado à faixa dos que têm poder de compra. Milhões de outras pessoas são assim sacrificadas e condenadas à fome. Os aumentos agora verificados contribuem, seguramente, para alargar ainda mais o fosso que separa ricos de pobres à escala mundial e local. Mas os protestos que já ocorreram mostram também que se amplia o terreno de luta pela igualdade e a justiça social.

sábado, 12 de abril de 2008

Programação do Centro de Cultura Libertária

19 Abril– 15h às 17h – Partilha de conhecimentos: Práticas de resistência, prevenção, primeiros socorros e trauma emocional).– Filme “Street Medic” de Luis Manriquez (em inglês).– 20h – Jantar vegetariano.26 de Abril– 20h – Jantar vegetariano.3 de Maio– 16h – Filme: “Brad Will: uma noite mais nas Barricadas”, de Videohackers (em português), seguido de conversa sobre revoltas populares na América Latina.– 20h – Jantar africano (vegetariano).10 de Maio– 16h – Debate: “Anarco-sindicalismo, lutas sociais e possibilidades de resistência no campo laboral” – debate promovido pela secção portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores.– 20h – Jantar vermelho e negro (vegetariano).17 de Maio– 16h – Workshop de serigrafia.– 20h – Jantar vegetariano.31 de Maio– 16h – Filme: “Democracy isnt’t build on demonstrators’ bodies” de Anarchists Against the Wall (em inglês), seguido de conversa sobre o conflito israelo-palestiniano.– 20h – Jantar vegetariano.Centro de Cultura LibertáriaRua Cândido dos Reis, 121, 1º dto – Cacilhas – Almada

25 de Abril Manifestação Antiautoritária Contra a Repressão Policial.


Convite para uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.
Um ano depois do ataque policial em pleno Chiado no dia 25 de Abril de 2007, dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense , perante os ataques continuados da polícia em Bairros Sociais e por todos os episódios de abuso e violência perpetrados pela repressão organizada do Estado, convocamos uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o "descontrolo" das populações no pós 25 de Abril.A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial. O sistema capitalista, na sua vertente democrática, leva-nos a pensar que não sabemos gerir as nossas vidas e que a polícia é uma realidade à qual não podemos fugir. Como se não bastasse vivermos num estado policial, querem que sejamos nós próprios os polícias das outras pessoas, de nós próprios e dos nossos vizinhos. A polícia, que todos os dias reprime e violenta, não serve a ninguém se não àqueles que lucram com a miséria de todos os outros, àqueles que nos oferecem uma vida controlada, que destroem os ecossistemas, que impõem fronteiras entre regiões, que nos roubam no trabalho, que nos dizem como devemos ser e que nos querem convencer que somos indivíduos, quando a nossa individualidade não passa de uma ilusão no leque de possibilidades que a sociedade de consumo nos deixa ter.Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias. Todos estes métodos de controlo e repressão são tendencialmente universais e à medida que o tempo passa achamos serem cada vez mais normais e sabemos serem também mais presentes.
Todos conseguimos resolver os nossos conflictos, pensar pelas nossas próprias cabeças, imaginar como realmente queremos que sejam as nossas vidas.Apelamos à participação de todos aqueles que condenam a violência policial e os métodos que o capitalismo e o estado têm para nos controlar.Praça da Figueira, Lisboa, 17:30h, 25 de Abril de 2008.

DiVuLg@!!

Violenta repressão na Cimeira da Nato na Roménia

No dia 2 de Abril, cerca do meio-dia e meia, centenas de polícias romenos tomaram de assalto o Centro de Convergência anti-NATO em Bucareste capital da Roménia. O espaço de convergência tinha sido montado para apoiar uma concentração anti-NATO e estava legalmente arrendado. Durante o assalto pelo menos duas pessoas foram feridas com gravidade tendo sido imediatamente hospitalizadas. Vários testemunhos dão conta que muitas pessoas foram brutalmente agredidas quando já estavam detidas e até mesmo enquanto eram transportadas para o hospital. Muitos ficaram gravemente feridos e a alguns foi recusada assistência medica durante a detenção.

Foram detidas 46 pessoas. Não tinha havido nenhuma acção antes do ataque da polícia e todas as detenções aconteceram no interior do Centro de Convergência. Os agentes da polícia actuaram de cara tapada e foram especialmente agressivos com os jornalistas que tentavam documentar os acontecimentos. O centro de convergência estava montado perto do centro da cidade de Bucareste, que recebia a Cimeira da NATO. Foi estimado que entre forças policiais, militares, atiradores especiais e serviços secretos mais de 27000 agentes 'guardaram' a cidade. Foi emitido um alerta amarelo de segurança impondo leis muito restritivas em toda a cidade e proibindo qualquer tipo de manifestações.

Artigos Indymedia : Policia arrasa Centro de Convergência anti-NATO em Bucareste http://www.indymedia.org.uk/en/2008/04/395451.html Repressão durante a Cimeira da NATO na Roménia http://www.indymedia.org.uk/en/2008/04/395313.html Centro de Convergência Anti-NATO atacado por Policia anti-terrorista http://www.indymedia.org.uk/en/2008/04/395310.html Prisões durante a Cimeira da Nato em Bucareste http://www.indybay.org/newsitems/2008/04/02/18490151.php Detenções de Manifestantes em Bucareste http://www.indymedia.org/en/2008/04/903745.shtml Activistas anti-NATO enfrentam brutalidade policial http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=850835 Outras fontes: Repressão massiva em Bucareste http://gipfelsoli.org/Home/Bukarest_2008 Vídeo do assalto ao Centro de Convergência http://www.protv.ro/stiri/summit-ul-nato/militanti-anti-nato-retinuti-de-fortele-de-securitate.html Fotografias das detenções http://photos.cmaq.net/v/bucharestnato/ Informações para os que se dirigiam à Roménia http://romania.indymedia.org/en/2008/03/2490.shtml Manifestações de Solidariedade em Berlim http://romania.indymedia.org/en/2008/04/2538.shtml Protestos frente às esquadras de policia http://romania.indymedia.org/en/2008/04/2545.shtml Declaração de Bucareste http://romania.indymedia.org/en/2008/04/2562.shtml Solidariedade em Viena de Áustria, Berna, Berlim e Copenhaga http://romania.indymedia.org/en/2008/04/2561.shtml Todas as detenções foram feitas antes que qualquer acção contra a Cimeira da NATO tivesse ocorrido e num contexto em que as autoridades decidiram claramente "tolerância zero a qualquer oposição" à Cimeira. A comunicação social local entrou em histeria falando de "perigosos anarquistas" que iriam descer à cidade para partir montras e atacar lojas. Uma televisão, durante o noticiário da manhã, chegou mesmo a encorajar os espectadores para atirarem pedras aos manifestantes que avistassem nas ruas. A Cimeira da NATO em que se discutiu o alargamento da organização a países como a Roménia e a Ucrânia recebeu a visita do Presidente Bush. Parte da cimeira foi dedicada a discussão do envio de mais tropas para o Afeganistão.

Veja artigo original e comentários no UK Indymedia http://www.indymedia.org.uk/en/2008/04/395456.html

18 de Abril na KylaKäncra


terça-feira, 8 de abril de 2008


Festa de Solidariedade para com Grémio Lisbonense_ Ateneu Comercial de Lisboa


ERRATA: Onde se lê BELARMINO deve ler-se BLARMINO
Passaram dois meses desde que o Grémio ficou privado das suas instalações.
Foi apresentado um projecto cultural na CML, que por sinal foi muito bem aceite, trazendo de novo a esperança para a resolução do problema, mas a verdade é que continuamos cá fora, debaixo da ponte... digo arco!! Com as despesas mensais que não cessaram!Para aqueles que acreditavam que sem espaço físico o Grémio tinha os dias contados... devem estar um pouco desapontados...!!
O GRÉMIO RESPIRA!!!!!!! COM A AJUDA DE TODOS... RESPIRA!!
Por não sermos os únicos a acreditar na importância do Grémio, e por haver mais gente que quer a associação no local que sempre foi e será o seu, vários artistas, músicos e amigos juntam-se, solidários com a causa, para uma festa de arromba no Ateneu Comercial de Lisboa.APAREÇAM!!!
(IMPORTANTE: continuamos à espera que nos enviem mais fotos, mais registos do Grémio)
retirado de:http://gremiolisbonense.blogspot.com/


Descritivo:
Maio de 1968.
Em Paris anuncia-se o início de uma luta prolongada.
Quatro décadas depois, este colóquio internacional reúne um conjunto de reputados intelectuais cujas investigações permitiram voltar a olhar para 1968 nas suas mais variadas dimensões. Levando o debate mais além das repetidas alusões ao cariz geracional e estudantil da revolta, mapeando 1968 para lá das fronteiras da França, o colóquio confronta a importância de 1968 na emergência de novas subjectividades políticas, analisa a dimensão de luta de classes que atravessa o período e discute a persistência de Maio’68 nos conflitos políticos contemporâneos.
PROGRAMA
11 DE ABRIL
10h Maio no Mundo
Fernando Rosas
Teses sobre a geração dos anos 60 em Portugal e a questão da hegemonia
Gerd-Rainer Horn
Um conto das duas europas
Manuel Villaverde Cabral
Maio de '68 como revolução cultural
14h30 Ideias de Maio
Anselm Jappe
Maio de 68, do «assalto aos céus» ao capitalismo em rede. O papel dos situacionistas.
Daniel Bensaid
Como será possível pensar que se possa quebrar o ciclo vicioso (da dominação)
Judith Revel1968,
o fim do intelectual sartriano
12 DE ABRIL
10h Maio em Movimento
Maud Bracker
Participação, encontro, memória: os imigrantes e o Maio de 68
João Bernardo
Estudantes ou trabalhadores?
Franco Berardi (Bifo)68 e a génese do cognitariado
14h30 O Outro Movimento Operário
Xavier Vigna
As greves operárias em França em 1968
Yann Moulier Boutang
Maio de 68, herança por reclamar na divisão de perdidos e achados da História
John Holloway
1968 e a crise do trabalho abstracto
18h 1968 - 2008
Bruno Bosteels
A revolução da vergonha
François Cusset
Os embalsamadores e os coveiros
Retirado de:
Organização: Instituto Franco-Português Instituto de História Contemporânea Le monde diplomatique – edição portuguesa
Apoios: FCT Fábrica de Braço de Prata Goethe Institut AntígonaLugar: Institut Franco-Portugais
Morada: Avenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 LisboaTel: (+351) 21 311 14 00
Email: infos@ifp-lisboa.com
Site: http://www.ifp-lisboa.com

[Lisboa] Zapatismo, poder e estado: seminário com John Holloway



ZAPATISMO, PODER e ESTADO seminário com JOHN HOLLOWAY ISCTE Auditório B203 9 DE ABRIL 2008 18:00 O levantamento zapatista mudou a ideia de transformação social radical, constituindo-se como um desafio prático e teórico que exige reflexão e debate. O que pode significar querer mudar o mundo sem tomar o poder? O que é uma política de dignidade? O que significa afirmar “caminhamos perguntando”? Que sentido pode adquirir o zapatismo na cidade? É sobre estas questões que se debruçará o seminário. John Holloway nasceu em Dublin. Professor da Universidade de Edimburgo desde 1972, é desde os anos 70 um dos mais destacados dinamizadores da corrente conhecida como Open Marxism. Actualmente é professor na Benemérita Universidad Autónoma de la ciudad de Puebla, no México. Publicou livros e ensaios em vários países, de Post Fordism and Social Form - a Marxist debate on the Post-Fordism State até Zapatista! Reinventing revolution in México. Em 2002 publicou Changing the World without Taking Power – The Meaning of Revolution Today, livro também publicado no Brasil com o título Mudar o Mundo sem Tomar o Poder – O Significado da Revolução Hoje. Este livro, ao colocar em cima da mesa questões tais como a crise do sujeito revolucionário “clássico”, a crítica da noção de revolução enquanto estrutura de poder e dominação, a centralidade do trabalho abstracto na ideia estatocêntrica de revolução ou, ainda, a ideia de autonomia como forma política anti-totalizadora do sujeito transformador, colocou o pensamento de John Holloway no centro de um intenso e polémico debate político e teórico, travado desde a França até à Argentina. Organização Centro de Estudos de Antropologia Social / ISCTE Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa / ISCTE Le monde diplomatique – edição portuguesa INSCRIÇÕES ATÉ DIA 7 DE ABRIL Por e-mail para: ceas@iscte.pt [Entrada gratuita. Lugares limitados] [Confere certificado] [John Holloway intervirá em espanhol] [Será previamente fornecido aos inscritos um texto de John Holloway]

terça-feira, 1 de abril de 2008

Feira do Livro Anarquista - 23, 24 e 25 de Maio em Lisboa


Nos dias 23, 24 e 25 de Maio de 2008, por iniciativa de diversos colectivos e indivíduos libertários, vai realizar-se em Lisboa a Feira do Livro Anarquista, a decorrer no Grupo Desportivo da Mouraria.Pretendemos com a organização deste evento criar um espaço para a exposição e debate das ideias e lutas libertárias, assim como para o convívio e fortalecimento de laços entre pessoas que partilham uma visão anti-autoritária do mundo. A Feira proporcionará, para além das bancas de livros e outras publicações, um programa de actividades diversas, que poderão ser debates, workshops, sessões de cinema, performances e o que mais a imaginação e a vontade d@s participantes propuserem.Apelamos à participação neste evento de tod@s @s interessad@s, através da sua presença com bancas de informação, livros e outras publicações ou com propostas de actividades que queiram promover durante a Feira.@s interessad@s em participar devem confirmar a presença da sua banca ou propor actividades até dia 20 de Abril de 2008. Podem fazê-lo para os seguintes contactos:E-mail: feiradolivroanarquista@gmail.comEndereço postal: Apartado 40 / 2801-801 Almada / PortugalPara mais informação consultar o blogue da Feira do Livro Anarquista:http://feiradolivroanarquista.blogspot.com/

Acção e Ocupação na Casa Viva


CONVITEO espaço contra a autoridade11-13 Abril 2008 – CasaViva (Porto) – Dias de Acção e OcupaçãoA ideia de espaço público constitui – já desde a antiguidade clássica – a base da democracia enquanto prática quotidiana. Se, na antiga Grécia, esta nunca foi alargada à grande parte da população (mulheres, estrangeiros e escravos nomeadamente), actualmente a sua inexistência é inerente à própria condição cidadã.A democracia, de dinâmica passou a regime, e o espaço público – onde as grandes questões eram alvo de decisão por parte das pesssoas – foi destruído e “dividido” em fábricas e outros locais de trabalho, centros comerciais, clínicas psiquiátricas ou centros de dia. A vida passou a ser uma realidade espácio-temporal baseada na incessante satisfação de necessidades e não na reflexão, no debate, no livre pensamento, na possibilidade e responsabilidade de decidir sobre o que nos diz respeito.A cidade é o palco por excelência deste processo de privatização social da vida – não de individualização–, em que a relação com o outro depende essencialmente de uma lógica instrumental. O contacto com o próximo é cada vez mais determinado pelo que queremos pedir, pelo que precisamos, pelo que temos que dar, pelo que está escrito no contrato de trabalho, pelo que é definido pelas regras de boa educação, pelo o que poderei vir a escrever no livro de reclamações. Não pela dupla vontade de exprimirmos a nossa individualidade e de recebermos a individualidade dos outros, um privilégio que, sendo sujeito a um processo de institucionalização temporal – depois das 6 da tarde, antes das 8 da manhã – deixou obviamente de o ser. E quando a normalidade se torna a definição oficial da mais profunda instabilidade – do emprego que não há, mas que se tem de ter, das contas que não param de aumentar, mas que se têm de pagar, de uma vida da qual não se gosta, mas tem que ser vivida – passa a ser não oficial o conflito, nas suas múltiplas formas.A criação de linhas de fuga e de resistência passou e passa pela organização de novas esferas semi-públicas de discussão e convivência, que funcionem fora da lógica do estado e capital. Segundo Hakim Bey, surge a possibilidade de grupos de amigos isolados assumirem uma forma mais complexa: “núcleos de aliados mutuamente escolhidos, trabalhando (brincando) para ocupar cada vez mais tempo e espaço fora de todos os controlos e estruturas mediadas. Depois quererá transformar-se numa rede horizontal de semelhantes grupos autónomos – depois, numa “tendência” – depois, num “movimento” – e depois numa rede cinética de“zonas autónomas temporárias” [T.A.Z]”.É com base na ideia de que “não há um metro quadrado da Terra sem polícias ou impostos…em teoria”, e de que é possível criar enclaves livres, “mini-sociedades que vivam resoluta e conscientemente fora do amplexo da lei”, que ocorrem, ao longo da década de noventa, ocupações de casas e tentativas de organização de centros sociais em Portugal. Apesar de ser um pouco redutor englobar todas estas experiências numa só tendência, podemos afirmar – em abstracto – que foram lugares propícios à espontaneidade e aos acasos da vida quotidiana, tendo possibilitado encontros com pessoas de fora, partilha de saberes, a oportunidadede fazer as coisas de uma outra maneira e, desde logo, equacionar modos de agir no mundo.O aumento da repressão, aliado à crescente afirmação das cidades enquanto núcleos geradores de produtividade (e também a uma certa atitude de isolamento dogmático por parte de vários colectivos ocupas), determinou o fim de quase todos os centros sociais ocupados (a C.O.S.A vive!). Porém, este fenómeno é apenas um pequeno indício de um longo processo de transformação dos centros urbanos em centros de negócios. Casos como o do Mercado do Bolhão, no Porto, e do Grémio Lisbonense, em Lisboa tornam mais visível a tendência dominante para o desaparecimento de tudo o que destoa do modo de funcionamento empresarial. Mais do que nunca, e perante a multiplicidade de processos de objectivação do quotidiano – muitos dos quais com um pendor fortemente repressivo –, a criação de espaços libertados (e que queiram libertar) deverá constituir uma das principais estratégias orientadoras da luta anti-autoritária.A 11, 12 e 13 de Abril, a CasaViva abre-se a todas as pessoas e colectivos que nela queiram viver por esses dias e partilhar perspectivas e acções relacionadas com a questão da ocupação, aproveitando os dias europeus de acção de apoio a squats e espaços autónomos lançados pela rede Squat.net.http://april2008.squatOs temas serão: centros sociais, okupas e espaços libertados, o mau uso da terra e a sua propriedade, a apropriação de espaços públicos pelo mundo dos negócios através da privatização, da especulação e da publicidade. E tudo o mais que te lembrares até lá. O desafio é o habitual. Traz ideias de acção (e tudo o que elas precisarem para serem levadas a efeito) e disponibilidade para participar nas acções pensadas por outras pessoas. Vem preparado para seres co-gestor(a) do espaço. Aparece na sexta, para se combinarem e coordenarem as acções de sábado, batalha com as outras pessoas nesse dia e fica para o Domingo, onde esperamos ter tempo para conversar calmamente.Durante esse tempo, haverá, decerto, café, cerveja, pequeno-almoço e jantar e, muito provavelmente, concertos, filmes e festa.CasaVivaPraça Marquês de Pombal, 167Porto
casaviva167@gmail.com
http://www.casa-viva.blogspot.com/

27 estudantes universitários egípcios suspensos por vestirem t-shirts de solidariedade com Gaza


Vinte e sete estudantes da universidade do canal do Suez, na cidade egípcia de Port Said, foram suspensos por um mês por usarem t-shirts de solidariedade com os palestinianos de Gaza, noticiou ontem um jornal do Egipto. O diário independente Al Masri al Youm publicou, juntamente com a notícia, uma fotografia dos 27 estudantes com a legenda “em compaixão com Gaza”. “Expulsaram-nos das aulas por mostrarmos a nossa solidariedade com Gaza”, denunciou um dos universitários ao jornal. As camisolas vestidas pelos jovens eram idênticas à que Abu Trika, jogador da selecção egípcia de futebol, utilizou por baixo do equipamento durante a última Taça das Nações Africanas, e que mostrou no festejo de um golo contra a selecção do Sudão. A t-shirt do futebolista, onde se lia “Sympathize with Gaza”, gerou grande controvérsia. A Confederação Africana de Futebol fez um aviso ao jogador, por este ter quebrado as regras da FIFA que banem a política do desporto. Mas vários editoriais e artigos no Egipto elogiaram o gesto do avançado, agora tido como um herói por muitos egípcios. Polémica foi também a actuação do motor de busca Google, que terá mesmo removido as imagens do gesto da Internet (na pesquisa de imagens do Google não é possível encontrar esta imagem). Segundo o jornal Al-Watan e a televisão Al-Arabiya, da Arábia saudita, a censura terá ocorrido por pressões de Israel.O território de Gaza é actualmente controlado pelo partido radical Hamas. Eleito democraticamente em Janeiro de 2006, o partido foi forçado a abdicar do poder em favor da Fatah, por pressão dos Estados Unidos e da União Europeia, que então suspenderam o envio de ajuda ao governo palestiniano. Segundo várias organizações humanitárias, Gaza, onde o Hamas governa sozinho depois de ter expulso as autoridades próximas da Fatah, vive hoje a pior crise humanitária desde 1967 (ano da guerra dos seis dias e da ocupação israelita do território). http://www.alarabiya.net/articles/2008/02/03/45101.html

Roménia proíbe cultivo de milho transgénico



A Roménia, o maior produtor de milho da Europa, anunciou esta semana uma proibição ao cultivo de milho transgénico MON810, a única variedade autorizada para cultivo na União Europeia. O MON810 é o único transgénico autorizado para cultivo no território europeu. A Roménia tornou-se assim no 8º país europeu a proibir o cultivo de transgénicos no seu território, seguindo os passos da França, Hungria, Itália, Áustria, Grécia, Suíça e Polónia. A Roménia é o principal produtor de milho da União Européia em total de hectares plantados, com cerca de 3 milhões de hectares cultivados anualmente. Do milho MON 810 foram plantados 300 hectares no país desde 2007, representando apenas 0,01% do total de produção de milho da Roménia. Com o anúncio do ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Romênia, Attila Korodi, o maior produtor de milho da Europa torna-se livre de transgénicos. ”A proibição de OGM (organismos geneticamente modificados) na Roménia marca uma mudança sísmica. Envia uma mensagem crítica de que esta tecnologa perigosa não deve ser tolerada. É vital que a Comissão Europeia [1] proteja todos os agricultores e consumidores europeus e o ambiente, através da introdução de uma proibição contra o cultivo de OGM em todo o território europeu”, afirmou Geert Ritsema, coordenador da campanha internacional dos OGM da Greenpeace International. Preocupações sobre a segurança do milho MON 810 levaram o governo romeno a agir. Estudos científicos mostram que o milho MON 810 provoca danos à fauna, solo e saúde humana. A toxina Bt embutida no MON810, desenhada para matar a praga da broca do milho, entra no solo e provoca danos a organismos do solo, como as minhocas e outra fauna selvagem, incluindo borboletas e aranhas. As provas da sua segurança para a saúde humana e animal são inconclusivas [2]. ”O povo Romeno rejeitam esmagadoramente esta tecnologia insegura, desnecessária e insustentável [3]. É essencial que a proibição seja implementada tão cedo quanto possível, para que os cultivos naturais possam estar salvaguardados da contaminação genética antes do início da época de sementeira,” afirmou Gabriel Paun, Coordenador de Campanha OGM da Greenpeace Roménia. No final de 2007, o Comissário da União Européia para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, usou estudos similares para bloquear o cultivo de outras duas variedades de milho transgénico, semelhantes ao MON 810, na União Européia. Ele também apontou para novos estudos que mostram que a toxina Bt produzida pelo milho transgénico tem efeitos negativos nos ecossistemas aquáticos. Contaminação Genética A contaminação de plantações convencionais por transgénicos é já um problema sério. Em 2007 apenas, houve 39 novos casos de contaminação em 23 países. Apesar disso, não há padrões internacionais para responsabilizar as empresas de biotecnologia pelos danos causados e perdas financeiras. O relatório Registo de Contaminação Transgénica 2007 (sumário executivo em português), produzido anualmente pelo Greenpeace e pelo Gene Watch UK, já constatou 216 casos de contaminação genética em 57 países diferentes, desde que as plantações geneticamente modificadas começaram a ser feitas comercialmente (em 1996). Notas: [1] Em 1998, a Monsanto obteve da Comissão Europeia uma licença de 10 anos para crescer milho transgénico MON810 em todo o território da UE. A licença está agora a chegar ao período de renovação, criando uma oportunidade importante à Comissão para retirar a permissão de cultivar milho MON810 em toda a UE, o que estaria na linha da maioria dos países que cultivam milho da UE. O MON810 é a única variedade transgénica autorizada para cultivo no território da UE. [2] Um estudo recente do professor Gilles Eric Séralini, assessor do Governo Francês para os OGM da Universidade de Caen, encontrou sinais de toxicidade nos órgãos internos de animais alimentados com milho transgénico. [3] Um estudo de opinião, conduzido pela Mercury Research e encomendado pela Greenpeace no Verão de 2007, mostrou que 67% dos romenos não querem comer alimentos transgénicos. Fontes: Greenpeace International e EcoAgência Solidária de Notícias

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