segunda-feira, 10 de novembro de 2008

*Façam o favor de ler a notícia e reencaminhem porque 'todos diferentes todos iguais' mas há uns mais 'iguais' que outros...

*Façam o favor de ler a notícia e reencaminhem porque 'todos diferentestodos iguais' mas há uns mais 'iguais' que outros...E não entrem em locaisque discriminem seres humanos! **Ana Neves*'O grupo de 23 pessoas com deficiência ligeira (física e mental), todasadultas, integrava a colónia de férias da Cooperativa de Solidariedade Social Cercipóvoa, da Póvoa de Santa Iria. Maria João Aires, uma dasmonitoras que esteve no local, conta como tudo se passou.O grupo chegou ao Hawaii por volta das 23h00 e durante cerca de uma horadivertiu-se, dançou e, segundo a monitora, 'interagiu com os outrosclientes'. Hora e meia depois um dos funcionários do estabelecimentoinformou Maria João Aires de que este iria fechar, devido a um problema técnico, convidando-os a pagar e a sair. A monitora confessa ter achadoestranho, pois os outros clientes não estariam a ser avisados do mesmoproblema. Decidiu permanecer.Minutos depois é dada indicação de que o bar iria mesmo encerrar. O gruposai, juntamente com os outros clientes, só que estes permanecem junto à porta, de copo na mão. 'Disseram-me que iria fechar e já não voltaria a abrir, mas estavam a pedir aos outros para não se irem embora', disse ao Correio da Manhã. RECLAMAÇÃO DIFÍCIL Maria João Aires decidiu mandar o grupo embora e esconder-se ali perto. Oque viu chocou-a: 'Automaticamente as portas abriram-se e o bar voltou afuncionar em pleno.' A monitora voltou a aproximar-se do bar para pedir oLivro de Reclamações, mas responderam-lhe que 'nem sequer existia',apesarde uma referência à sua existência na porta do estabelecimento. Chamou então a PSP e foram os agentes da esquadra do Calvário que exigiram oLivro de Reclamações. Este foi novamente recusado pelo funcionário doHawaii, argumentando que o bar não havia prestado qualquer tipo de serviçoao grupo. Maria João Aires não pensou duas vezes. Sacou do comprovativo dadespesa e mostrou-o: 75 euros, relativos a 29 bebidas consumidas. Só nessaaltura o livro surgiu.'Foi como um balde de água fria', diz Maria João, frisando que amaior partedos utentes da Cercipóvoa nem sequer tem possibilidade de frequentarestabelecimentos do género com amigos e familiares.No âmbito da colónia de férias, o mesmo grupo já foi ao cinema, teatro,praia e piscina. Maria João Aires assegura que 'não foram discriminadosemmais nenhum local'.Contactada pelo CM, a responsável do turno do dia do Hawaii escusou-se acomentar, remetendo qualquer esclarecimento para o encarregado do turno danoite, que não esteve disponível. REGRAS E MULTASNORMASAs regras do bar Hawaii estão afixadas à porta do estabelecimento, que abreàs 12h00 e encerra às 04h00. O acesso só é vedado a quem não manifestar intenção de utilizar os serviços prestados, a quem se recuse a cumprir asnormas de funcionamento privativas do bar e a quem entrar em áreas de acessoreservado. QUEIXASTambém à porta, o estabelecimento avisa que o Hawaii dispõe de Livro deReclamações. Está escrito em português, inglês e francês. COIMASA recusa em apresentar o Livro de Reclamações é punida com um máximo de 30mil euros.FISCALIZAÇÃOA Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) é a entidadecompetente para fiscalizar os estabelecimento de restauração e bebidas.SAIBA MAIS1996 é o ano em que foi instituído o Livro de Reclamações em Portugal. Asuaexistência passou a ser obrigatória nos locais de atendimento público apartir de 1 de Janeiro de 1997.128 mil queixas foram registadas no último ano e meio. A restauração e ocomércio são os sectores de actividade que mais reclamações suscitam.CONSTITUIÇÃOOs portadores de deficiência física ou mental têm direitos e deveresprevistos constitucionalmente.DIREITOS De acordo com a Carta dos Direitos do Cidadão, as pessoas portadoras dedeficiência mental não podem ser rejeitadas, marginalizadas ou retiradas doconvívio da família ou da sociedade. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------'Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentirmelhor e mais feliz'.(Madre Teresa de Calcutá).

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