terça-feira, 15 de setembro de 2009

Portugal fora da Nato!

As autoridades portuguesas, correspondendo à pressão dos EUA, preparam o envio de mais tropas para o Afeganistão. Como no Iraque ou no Kosovo, os teatros de guerra abertos pelos norte-americanos vão sendo suportados por homens e meios de países que são comprometidos na agressão por governos subordinados aos EUA. A campanha para convencer a população portuguesa da “obrigatoriedade” de enviar mais tropas está em marcha. Os ministros Luís Amado (Negócios Estrangeiros) e Severiano Teixeira (Defesa) são os ponta-de-lança da operação. Na frente jornalística, de novo em prontidão, o Público advogava, em editorial de 20 de Agosto, ser “importante que se tenha em Portugal consciência de que os nossos soldados vão correr riscos, que podem morrer porque vão combater, mas que não podem deixar de ir”. Em debates televisivos, os mesmos generais e os mesmos comentadores que fizeram a cabeça aos portugueses com o “perigo” de Saddam Hussein, lançam-se agora em campanha pelo esforço de guerra norte-americano no Afeganistão, mesmo reconhecendo que a guerra está perdida.Os argumentos, tanto das autoridades como dos corifeus, são os mesmos que serviram para envolver Portugal na agressão ao Iraque. Em vez das armas de destruição massiva que ninguém viu, agora é “a guerra contra os fundamentalistas” e são os “compromissos” com a Nato. A prosa está requentada e soa a mau teatro. Mas é preciso despertar a opinião pública portuguesa, se não queremos ser arrastados para mais um crime.É altura de denunciar a Nato como aquilo que é: uma aliança militar de agressão ao serviço dos interesses norte-americanos e europeus. E de apelar à população para que exija a saída de Portugal da Nato.

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