sábado, 29 de março de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

II Festival Anti-Fascista 12 de Abril em Aljustrel


Concerto Sábado 29 Março




Isto é “Anarquismo Verde”Civilização é exploraçãoA sociedade de massas é demasiado complexa para trabalhar sem especialização. A divisão especializada do trabalho aliena-nos do resto e cria uma hierarquia necessária para coordenar a produção. A hierarquia divide a sociedade entre quem tem poder, e quem não tem poder é tratado como um objecto a ser explorado.A exploração por motivos de classe, género, etnia e preferência sexual é intrínseca à sociedade de massas. A sociedade de massas não pode ser reformada. Deve ser modificada.O pequeno é o idealA sociedade de massas deve ser reestruturada para comunidades suficientemente pequenas para que cada pessoa seja respeitada, como indivíduo autónomo. Nas pequenas comunidades a autodeterminação modificaria a hierarquia. Não podes combater o massivo com o massivo. Se os nossos meios e fins têm de ser consistentes, devemos organizar-nos em redes de pequenos grupos autónomos para modificar a sociedade de massas.Terra ou morteA sociedade de massas enjaula as pessoas. Controlando os recursos da Terra, o Estado controla a sociedade. Devemos acabar com a nossa dependência do Estado recuperando a Terra e vivendo de maneira auto-suficiente. Restaurando a nossa relação com a Terra deitamos abaixo o pensamento hierárquico que a está destruindo.Revolução na periferiaA sociedade de massas necessita de recursos de todo o planeta para sobreviver. Os mais explorados por ela são aqueles que trabalham a terra no terceiro mundo, para verem o fruto do seu trabalho a ser exportado para os mais ricos. Não têm nada a perder recuperando a terra para eles mesmos. Quantos menos recursos sejam importados do Terceiro Mundo, menos capaz será a sociedade de massas de expor mercadorias nos seus países do Primeiro Mundo. As pequenas comunidades autónomas e auto-suficientes serão mais necessárias e fáceis de estabelecer à medida que o Estado perde o controlo sobre o resto do planeta.Autonomia agora!Devemos apoiar a revolução na periferia fazendo a nossa própria revolução aqui. Devemos compartilhar os conhecimentos necessários para sobreviver sem o Estado, criar uma cultura de resistência que nos liberte da alienação da sociedade de massas, viver livres de exploração boicotando os bancos e as multinacionais, construindo uma economia alternativa “verde e negra”, defendendo-nos a nós mesmos e à Terra usando a acção directa contra as bases militares, os laboratórios, os promotores e indústrias, contra a exploração e o fanatismo.Green Anarchist – http://www.greenanarchy.org/

6ª e sábado, 28 e 29 março entrada livre


Barack Obama Que pode ele mudar?


Parece agora altamente provável, embora não seja absolutamente certo, que Barack Obama venha a ser o candidato Democrático à presidência dos EUA. E parece altamente provável que vença a disputa com John McCain. Também parece quase certo que as maiorias democratas do Senado e da Câmara dos Representantes venham a ser alargadas. Assim, parece que Obama poderá vir a assumir funções com um mandato relativamente forte por parte dos eleitores.

Se nos perguntarmos como é que Obama, que entrou na corrida há seis meses como um jovem e pouco provável vencedor, conseguiu este feito, a resposta parece bastante clara. Ele tem vindo a dar relevo ao tema da “mudança” e isto parece ter encontrado eco junto dos eleitores, incluindo muitos que vão votar pela primeira vez. Claro que a mudança é um termo ambíguo, cujo significado varia consoante aqueles que a abraçam. Mas parece que o tema da “mudança” dá resposta ao elevado índice de desconforto sentido nos EUA perante a situação global tanto no país como no mundo. As duas áreas de maior desconforto são a Guerra do Iraque e o estado da economia.

O que a maioria dos eleitores parece estar a dizer é que acham que a guerra do Iraque é um atoleiro e que invadir o país foi um erro. Quanto à economia, os eleitores parecem estar a dizer que o seu nível de vida actual tem vindo a descer e que temem que venha a descer ainda mais. No fundo, estão a rejeitar as linhas de forças argumentativas do regime de Bush, e estão a culpá-las em grande parte pelo seu desconforto. Que mudanças especificas o eleitores querem parece ser menos claro, mas que querem algo, querem.

Obama tem outro atractivo para além da questão da mudança. É uma questão de estilo. Diz que está disposto a falar com qualquer um – com presumíveis forças hostis internacionais, com presumíveis aliados internacionais, e com representantes de todas as facções políticas a nível interno. Isto contrasta com a repetida insistência de Bush de que há todo o tipo de grupos com que os EUA nunca deveriam “negociar”.

Obama tem ainda um outro atractivo estilístico. Diz repetidamente: “Sim, nós podemos!” É um mote emprestado do lendário líder dos trabalhadores rurais hispânicos, Cesar Chavez, cujo slogan era: “Sí, se puede!” Este mote é particularmente atractivo para todos aqueles que se sentiram marginalizados pelo sistema político dos EUA, e que acham que este mote lhes dá poder.

Portanto, agora que Obama parece tão perto de se tornar presidente, tem aumentado a discussão na imprensa, na Internet e em debates públicos sobre o tipo de mudanças que Obama pretende realmente efectuar. Isto parece-me ser a pergunta errada. A verdadeira questão é que tipo de mudanças Obama pode realmente efectuar, uma pergunta bem diferente.

O currículo de Obama é o de um Democrata liberal que se opôs à guerra do Iraque e cujo modo de acção foi sempre centro­‑esquerda, uma vezes com ímpeto, outras com prudência. Não há dúvida que pretende imprimir um estilo diferente à Casa Branca. Agora, quão radicalmente diferente será a política que pretende implementar, já é menos evidente. Mas mesmo supondo que ele é politicamente mais radical do que aparenta, a questão mantém-se, que pode ele fazer? Os presidentes norte-americanos têm indubitavelmente poder para afectar de forma considerável as grandes linhas políticas – George Bush foi disso prova – mas também são reféns do seu cargo. Por isso mesmo, vale a pena rever quais são as opções em termos de política externa, política económica, e naquela arena mais vaga a que podemos chamar política cultural.

Na política externa, a questão mais imediata e avassaladora é o Médio Oriente – não apenas no que diz respeito ao Iraque, mas também no que respeita ao Afeganistão, Irão, Paquistão e à questão Israelo­‑palestiniana. Bush trabalhou bastante para atar as mãos do seu sucessor. Mas Bush cometeu o erro de pensar que a política norte-americana no Médio Oriente está primordialmente nas mãos do governo dos EUA. Acho que isto já não corresponde à verdade. Há um turbilhão de forças nesta região que escapam às limitadas capacidades de controlo do governo dos Estados Unidos.

O nacionalismo anti-americano tem vindo a ganhar força no Iraque, de forma lenta mas segura. Os Taliban estão a recuperar o poder real no Afeganistão, ameaçando consequentemente perturbar o funcionamento da NATO como força internacional. No Paquistão, parece que os Estados Unidos estão reduzidos a rezar em silêncio para que o seu cada vez menos popular amigo, Pervez Musharraf, consiga resistir à tempestade. Os iranianos decidiram que podem desafiar os Estados Unidos sem correr grande perigo. E tanto Israel como a Autoridade Palestiniana estão numa situação cada vez mais tremida, tanto interna como internacionalmente. Condoleezza Rice anda essencialmente a ser ignorada por toda a gente. Será que o Secretário de Estado de Obama vai ser tratado de maneira diferente?

Se o turbilhão arrasar as políticas norte-americanas na região, então, mesmo que as tropas norte­‑americanas sejam retiradas do Iraque, será que a Europa ocidental, a Rússia, a China e a América Latina se irão aproximar dos Estados Unidos e até apreciar o seu estilo mais amigável e mais inteligente? As tendências geopolíticas subjacentes estão contra os Estados Unidos. Obama pode fazer melhor do que Bush, mas até que ponto?

A história não é muito diferente quando se olha para o estado da economia norte-americana. Sem dúvida que uma administração democrática terá políticas fiscais, de saúde e ambientais diferentes. E é provável que a faixa de 80% da população mais pobre fique a ganhar. Mas os empregos na indústria não vão voltar, mesmo que os EUA ponham de lado os seus acordos comerciais neoliberais. Também nesta arena grassa um turbilhão, talvez mais poderoso que o turbilhão geopolítico do Médio Oriente, e os Estados Unidos não controlam o seu desenvolvimento.

Isto deixa-nos uma arena em que Obama pode ter algum espaço de manobra, aquilo a que chamo vagamente a arena cultural. A campanha dele tem vindo a mobilizar uma força popular que tem ganhado força e autonomia. É a das pessoas a dizerem: “Sim, nós podemos”. Obama pode ter ajudado a despertar essa força, mas está a transformar-se numa força auto-propulsiva que irá ter enorme impacto no que ele fizer como presidente. Num sentido lato, é uma força que o irá impelir, enquanto presidente, para a esquerda, tanto directamente como através do seu impacto nos membros do Congresso.

É muito difícil dizer exactamente até onde esta força poderia levar Obama. Mas o seu impacto pode ser semelhante ao exercido pela chamada direita religiosa sobre o partido republicano nos últimos 30 anos. Martin Luther King Jr. disse: «Eu tenho um sonho». Era o sonho de uns Estados Unidos diferentes, com prioridades diferentes e princípios muito mais igualitários. Se este período que se aproxima conduzir à concretização desse sonho, nem que seja só parcialmente, irá ter naturalmente um impacto a longo prazo sobre o tipo de estruturas económicas que os Estados Unidos defendem para si e que o mundo defende para si.

A mudança é sem dúvida possível, uma mudança potencialmente muito positiva. Depende tudo muito menos de Obama do que de todos nós. Mas Obama poderia dar-nos, apenas e só, o espaço em que o “nós” de “sim, nós podemos” o pode empurrar e aos Estados Unidos.

[Bulgária] Terceira Feria do Livro Anarquista Balcânico em Sofía



Grupo organizador da terceira Feira do livro anarquista dos Balcãs. Tradução ALB Noticias A Feira do Livro Anarquista Balcânico é uma instituição que trata de extender os princípios anti-autoritários nas comunidades locais, assim como entre os ativistas que vêm de vários países balcânicos e de todo o mundo, e finalmente, realiza eventos políticos e culturais. A primeira Feria do Livro Anarquista Balcânico ocorreu em Ljubljana na Eslovênia no ano de 2003 e foi um grande êxito com muita participação. A segunda Feira do Livro Anarquista Balcânico teve lugar em Zagreb, Croácia, no ano seguinte, mas desde então o movimento local não pode mante-la, e a idéia de organizar uma feira do livro anual ficou mais fraca. O grupo de iniciativa para organizar a terceira Feira do Livro Anarquista Balcânico está formado por grupos e indivíduos de Bulgária, Sérvia e Grécia, que tem frequentado as feiras do livro prévias. Querendo reavivar a instituição, selecionamos Sofía como lugar para a feria do livro por duas razões principais: a primeira se deve a enorme historia do movimento anarquista na Bulgária e também se deve a enorme atividade de publicação na atualidade. O movimento anarquista deste país está constituído desde o tempo de Christo Botef, poeta nacional e rebelde que viveu próximo do século XIX. Os anarquistas búlgaros estiveram presentes nos momentos importantes da historia búlgara e também da historia mundial, já que aparte da resistência contra o kzar búlgaro, alguns anarquistas inclusive participaram na revolução espanhola. A continuidade do movimento se viu interrompida com o estabelecimento do regime comunista depois do final da segunda Guerra Mundial, quando todos os princípios anarquistas foram perseguidos e muitas individualidades anarquistas se viram por sua vez presas. Depois da queda dos regimes comunistas, os princípios anarquistas reviveram e o movimento se rearticulou uma vez mais. Hoje em dia, quando o neoliberalismo e o nacionalismo prevalecem, os anarquistas búlgaros estão ativos sob circunstâncias extremamente difíceis, tendo que enfrentar-se a grupos de ultra-direita entre a indiferença geral da população. Chamamos a todos os/as anarquistas, antiautoritarios/as ou anticapitalistas a apoiar com sua presença a este evento, inclusive se não têm publicações próprias para apresentar, e também a participar nas ações que ocorreram. A feira do livro está programada para 31 de maio até 2 de junho em Sofía. Para más info sobre alojamento... fab@a-bg.org ita_gr.yahoo.co.uk inicjativa.org tradução para o português: Florazul

Por ocasião dos 5 anos de ocupação do Iraque



No dia em que se completam 5 anos sobre a ocupação do Iraque por tropas dos EUA, um conjunto de organizações políticas e cívicas decidiu dirigir uma carta aberta ao primeiro-ministro José Sócrates na qual se protesta contra a ocupação, se denuncia a colaboração portuguesa com os crimes cometidos e se exige uma mudança de rumo do governo português a respeito da política de agressão do imperialismo norte-americano. Nesta data, é bom trazer à memória os actos de cumplicidade das autoridades portuguesas da altura – concretizados na cimeira das Lajes e na cooperação militar e política com as forças invasoras – e, ao mesmo tempo, deixar dito que essa política prossegue sem qualquer alteração pela mão do actual chefe do governo. Subscrevem a carta, designadamente, a CGTP, o Conselho da Paz, o Tribunal-Iraque, o PCP, o Partido Ecologista Os Verdes, a União dos Sindicatos de Lisboa, o Movimento Democrático de Mulheres, o Comité Mumia Abu Jamal. Eis o texto integral da Carta. Carta aberta ao primeiro-ministro de Portugal Senhor Primeiro-ministro: Em 17 de Março de 2003, um dia depois da cimeira dos Açores, o presidente George W. Bush anunciou o iminente ataque militar ao Iraque com a seguinte declaração: «À Nação do Iraque, Informação recolhida por este e outros governos não deixa dúvidas de que o regime iraquiano continua a possuir e esconder as mais mortíferas armas (…). O regime tem um historial de rude agressão no Médio Oriente. Tem (…) ajudado, treinado e protegido terroristas, incluindo operacionais da Al Qaeda. O perigo é claro: usando armas químicas, biológicas ou, um dia, nucleares conseguidas com a ajuda do Iraque, os terroristas poderiam concretizar as suas ambições assumidas de matar milhares ou centenas de milhar de inocentes no nosso e noutros países (…). À medida que a nossa coligação lhes retirar o poder, iremos distribuir a comida e os medicamentos de que precisam. Iremos desmontar o aparato de terror e ajudar-vos-emos a construir um novo Iraque que seja próspero e livre. No Iraque livre não haverá mais guerras de agressão contra os vossos vizinhos, não mais fábricas de venenos, não mais execuções de dissidentes, não mais câmaras de tortura e câmaras de violação. O tirano em breve partirá. O dia da vossa libertação está perto.» Falar de liberdade e democracia no Iraque é um insulto à inteligência. Em cinco anos de ocupação, o Iraque conta mais de um milhão de mortos e cinco milhões de exilados e deslocados. Muitos mais morrerão enquanto persistir a ocupação, e em sua consequência, vítimas da fome e da doença, da contaminação radioactiva, das catástrofes ambientais e humanitárias, do terrorismo de Estado e do terrorismo promovido por indivíduos ou grupos. Durão Barroso, que como primeiro-ministro teve especiais responsabilidades na campanha a favor da guerra, procurou limpar a face declarando que se enganara. Paulo Portas, então ministro da Defesa, que “tinha visto provas” da existência das armas de destruição maciça, refugia-se no silêncio. Jorge Sampaio, que enquanto Presidente da República aceitou o envolvimento português, nada diz diante da catástrofe. Portugal tem sido cúmplice activo na guerra que levou à destruição de um país, ao sofrimento e morte de um povo – e ao agravamento da situação do Médio Oriente. Na verdade, à destruição do Iraque somam-se a destruição do Afeganistão, o genocídio do povo palestiniano, o ataque ao Líbano, as ameaças ao Irão, o escândalo dos “voos da CIA” e das prisões secretas criadas pelos EUA à margem de qualquer lei. Todos estes factos fazem parte de um mesmo plano de domínio do Médio Oriente. E a justificação com que se cobre – a chamada “guerra ao terrorismo” – tem sido desmontada pelos factos e repudiada em todo o mundo por muitos milhões de pessoas. Estas situações configuram violações do direito internacional, crimes contra a Humanidade e crimes de guerra a que Portugal não deve nem pode estar associado. Senhor Primeiro-ministro, Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana (art. 1º da Constituição da República) e o Estado subordina-se à Constituição (art. 3º). Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do Homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da cooperação com todos os povos do Mundo para a emancipação e progresso da humanidade (art. 7º, nº 1). Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão (art. 7, nº2). Não haverá povos livres e soberanos enquanto não se respeitar a liberdade e a soberania de todos os povos. Nem se será digno de respeito enquanto não se respeitar o direito internacional e os direitos do Homem. Não haverá progresso e emancipação enquanto houver povos escravizados e colonizados. Não é com terrorismo de Estado nem com guerras que se combate a fome e a pobreza, que se luta pelo progresso e pelo desenvolvimento. Senhor Primeiro-ministro, Portugal continua a ser parceiro de crimes cometidos pelos interesses imperialistas dos EUA. Não colhe o argumento de que o governo português foi enganado, nem é justificação o respeito por compromissos assumidos quando está em causa a violação do direito internacional. É necessário mudar de rumo e, no cumprimento do espírito e da letra da nossa Constituição, é imperioso que o governo se demarque daqueles actos e desenvolva todos os esforços diplomáticos e políticos para acabar com os crimes citados e para respeitar os países e povos agredidos. Pela passagem do 5.º ano de ocupação e do início do massacre dos iraquianos por tropas imperiais (regulares e mercenárias), as organizações signatárias exigem do Governo Português o cumprimento da Constituição da República, o exercício de uma política internacional de respeito pelos direitos humanos e pela soberania dos Estados.

terça-feira, 18 de março de 2008

21 e 22 Março




comédia emotronic metal hardcore 5ª, 20 março, 20h00 entrada livre


Mayday Lisboa 2008 :: A precariedade congela-nos a vida


Sábado durante a tarde houve mais uma acção de antecipação do MayDay!! Lisboa, os precários saíram à rua e congelaram... foi às 15:30 frente ao Centro Comercial do Chiado, às 16 frente à Brasileira e às 16:30 frente ao MacDonald's do Rossio. Foram acções rápidas que congelaram os precários e as pessoas que passavam na rua que perguntavam o que se passava, algumas identificaram-se.
Fizemos isto porque a precariedade congela a vida de muitas pessoas, todos aqueles que não sabem se terão rendimento amanhã, na próxima semana ou daqui a seis meses, aqueles que são forçados a imigrar clandestinamente, trabalhar clandestinamente e viver clandestinamente, aqueles que são forçados a endividar-se perante a banca, aqueles que têm de esconder a sua orientação sexual. precariedade congela a vida dos que querem ter uma vida minimamente digna e não podem.
Fizemos isto porque a vida é poder, força, energia, reflexão, amor, ódio, imaginação e acção. E isto nunca poderá ser congelado.
Vídeo da acção: http://www.youtube.com/watch?v=yJ25-O3KoRY
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O precariado rebela-se!!!
maydaylisboa@gmail.com
maydaylisboa.blogspot.com
http://groups.google.com/group/maydaylisboa

22 de Março - Concertos na Kylä kancra (Setúbal)




sexta-feira, 14 de março de 2008

A desertificação do interior do País


Há cerca de 32 anos a Constituição da República Portuguesa determinava que incumbia, prioritariamente, ao Estado, «orientar o desenvolvimento económico e social no sentido de um crescimento equilibrado de todos os sectores e regiões», bem como «eliminar progressivamente as diferenças sociais entre a cidade e o campo». Tais objectivos sustentavam-se na existência de um Plano que tinha um «carácter imperativo para o sector estatal» sendo, para outras actividades de interesse público, obrigatória a planificação por via de contratos­‑programa.

Passados 32 anos, através de sucessivas e retrógradas revisões constitucionais, a incumbência do Estado foi sendo despudoradamente reduzida e, mais que isso, a norma planificadora e o seu carácter imperativo foram completamente riscados do texto constitucional, para dar lugar, pela prática governamental, à omnipresença da economia de mercado.

O “abaixo a planificação” e o “viva o mercado” foi o hurra! utilizado, em uníssono, pelo PS, PSD e CDS-PP no decurso do processo contra-revolucionário, cujos efeitos são aqueles com que, à vista desarmada, nos confrontamos hoje, no dia-a-dia.

Muitos desses efeitos consubstanciam-se no processo de desertificação do interior do País, na litoralização dos investimentos, na macrocefalia das regiões metropolitanas de Lisboa e Porto e nas assimetrias sociais daí decorrentes, tudo isto em rápida aceleração pelas medidas já tomadas e já anunciadas pelo governo de José Sócrates.

Falemos, então, por agora e apenas, de um desses aspectos: o problema da desertificação do interior do País. Para tal objectivo socorremo-nos dos dados dos Censos de 2001 e da população residente em 2006, estimada pelo INE, constante nos Anuários Estatísticos das Regiões.

A que conclusões chegámos? Às conclusões de sempre, ou seja, estamos perante uma “secagem demográfica”, transversal à maior parte do território, com especial destaque para o Alentejo, Beira Interior e Trás-os­‑Montes, sem esquecer outras parcelas de que se salientam o Nordeste dos distritos de Leiria e Aveiro, uma parte importante do distrito de Coimbra (incluindo o próprio concelho), a zona Oriental do distrito de Braga, a parte Norte do distrito de Viana do Castelo e, também, a zona serrana do Algarve.

As grandes linhas da evolução demográfica entre 2001 e 2006 expressam-se como a seguir se descreve.

A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR

Para se visualizar, em termos espaciais, a dimensão da redução de população aconselhamos a fazer uma ligação entre Castro Marim, no Algarve, até ao concelho de Bragança, em Trás-os-Montes. Pois bem, é possível fazer esse percurso passando, exclusivamente, por concelhos afectados pela redução de população, salvo num pequeno território, a Sul de Évora, formado por Viana do Alentejo, Portel, Reguengos de Monsaraz e Mourão. Mas se o ponto de referência passar a ser Monchique, passando por Alcácer do Sal e, daí, até Bragança, então, tal percurso será, exclusivamente, feito em concelhos que viram a sua população diminuir entre 2001 e 2006. Todo este espaço (mais de 500 Km em linha recta) é o espaço predilecto da desertificação, expresso no facto de 81% dos concelhos do Alentejo, Beira Interior e Trás-os-Montes terem visto, nos últimos cinco anos, uma redução de população que se cifra entre um valor médio de 5,9% relativo ao distrito de Portalegre, até ao valor médio de 0,03% referente ao distrito de Viseu.

Se a estes oito distritos juntarmos o de Coimbra, estaremos a falar de um saldo negativo na ordem dos 47.000 residentes, valor que poderia ser maior não fosse algum efeito positivo na demografia por via da imigração. Mas, atenção: as percentagens atrás referidas referem-se às médias distritais. Se as desagregarmos por concelhos, verificaremos que há quebras superiores a 10%, como são os casos de Alcoutim, Gavião, Fronteira, Almeida, Crato, Mértola, Vila Velha de Ródão, Penamacor, Monchique, Oleiros, Marvão e Alter do Chão.

O distrito de Portalegre aparece aqui extremamente penalizado com a redução de população, o que confere a este distrito, em termos territoriais, a detenção da maior mancha territorial de concelhos com menos de 5000 habitantes, situação só comparável a uma parte do Pinhal Interior. Mesmo em distritos mais próximos do litoral, como são os casos de Coimbra, Leiria e Santarém, há concelhos com perdas elevadas, como sejam, a título de exemplo, os casos de Pampilhosa da Serra, Mação e Castanheira de Pera.

Tais perdas recentes a juntar às das últimas décadas fazem com que a densidade populacional no interior do País atinja os preocupantes 20 habitantes por km2 na Beira Interior Sul, valor que desce aos 19 habitantes por km2 no Alto Alentejo. Se os 19 e os 20 habitantes constituíam, em 2006, a densidade populacional em certas regiões do País, o que não será após a governação do PS como resultado do encerramento de escolas, centros de saúde, maternidades, esquadras da PSP e da GNR, tribunais, postos dos CTT? Se a tudo isto juntarmos as consequências do abandono das terras, do encerramento de industrias tradicionais e da deslocalização do parco tecido produtivo, que futuro se augura para as respectivas populações onde, comparativamente à média nacional, se praticam dos mais baixos salários e das mais baixas pensões de reforma?

Em contrapartida assiste-se a uma elevada densificação preocupantemente expressa nos concelhos de Odivelas e Amadora com, respectivamente, 5652 e 7338 habitantes por km2, onde, a título de exemplo, muitíssimos jovens casais têm de suportar vultuosos encargos financeiros pela colocação dos seus filhos em creches privadas, dada a omissão do Estado nesta importante área social.

O efeito conjugado destas duas situações permite concluir que, a pretexto da desertificação, se encerram os serviços públicos, mas o contrário, o aumento populacional, já não serve de pretexto para o desenvolvimento das funções sociais do Estado.

1 – A DESERTIFICAÇÃO DOS CONCELHOS DE LISBOA E DO PORTO

A par da desertificação do interior há a registar o esvaziamento das cidades – em especial dos seus cascos históricos – de Lisboa e Porto, com perdas, respectivamente, de 54.906 e 35.341 residentes, o que as coloca no topo da descida de população, quer em termos absolutos, quer em termos relativos, valores muitíssimo superiores aos verificados nos concelhos do interior do País. Com efeito, o Porto detém a mais alta percentagem de redução de população entre 2001 e 2006, qualquer coisa como 13,4%, cabendo a Lisboa a percentagem de 9,7%. A cidade do Porto é, pois, um caso a ter em consideração na medida em que, se os próximos cinco anos forem idênticos aos últimos cinco anos, tudo indica que a sua população descerá abaixo da fasquia dos 200.000 habitantes, valores próximos daquilo que será a população dos concelhos de Cascais, Loures e, eventualmente, do Seixal.

2 – O CONTRAPONTO DA DESERTIFICAÇÃO DE LISBOA E PORTO

Ao mesmo tempo que se assiste ao progressivo e constante esvaziamento populacional de Lisboa e Porto assiste­‑se, reflexamente, numa espécie de jogo de verso e reverso, ao vertiginoso aumento da população dos concelhos limítrofes, designadamente em redor de Lisboa, num arco que começa em Sintra, vai até Alenquer, passa por Vila Franca de Xira, desce por Benavente e Palmela e termina em Sesimbra e Seixal. Estamos a falar da região que mais tem crescido, sobretudo em Sesimbra, Alcochete e Mafra, com percentagens elevadíssimas, na ordem, respectivamente, de 28%, 24% e 22%, isto num reduzido espaço de cinco anos. Em termos absolutos, os maiores aumentos referem-se a Sintra e ao Seixal, com mais 64.721 e 20.355 habitantes, respectivamente. Um outro aspecto a ter em conta reside no facto de o aumento populacional tender a distanciar­‑se cada vez mais de Lisboa, em duas direcções: uma, a Norte, englobando concelhos como Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e o já referido concelho de Alenquer; outra, a Sul, de que Sesimbra é o caso mais emblemático.

Esta dicotomia, a redução de habitantes em Lisboa e o aumento da população nos concelhos limítrofes, constitui a prova provada da irracionalidade de um sistema que obriga milhares de pessoas a abandonar os seus lares, obrigando­‑os, depois, a regressar para o exercício de uma actividade laboral. É esta “expulsão” e é este “regresso” que impõem os movimentos pendulares de casa-trabalho-casa, com tudo o que isso significa de prejuízo, em todos os planos, designadamente no âmbito financeiro e na qualidade de vida.

Para fazer face a este movimento pendular, os nossos impostos, em vez de potenciarem o aparelho produtivo, foram canalizados para se construírem as circulares, as vias rápidas, os itinerários principais e complementares, a CRIL, a CREL, as auto-estradas, os viadutos, os aquedutos, as rotundas, as radiais, as passagens superiores e inferiores, sem que nenhuma delas tenha, a médio e a longo prazo, resolvido, de uma forma definitiva, as filas e a redução do tempo de transporte.

Tais investimentos, sem consequências eficazes em termos geracionais, faz lembrar a história do burro e da cenoura, pela qual o simpático asno, por mais que corra, nunca conseguirá alcançar o almejado, ou seja, comer a cenoura, porque, estando a mesma na ponta de um pau amarrado à cabeça do burro, a cada passo deste corresponde, também, um passo adiante da cenoura.

Para fazer face, tornamos a insistir, a este movimento pendular investiu-se milhões e milhões de euros em material circulante, em infra­‑estruturas, estimulou-se o uso do transporte privado, transformou-se, em todo o país, desde 1956, segundo um artigo publicado em 23/2, no Expresso, assinado por Teodósio Salgueiro, 1,77 milhões de hectares de terrenos agrícolas em espaços urbanizáveis, construíram-se casas novas para muitas das quais não há compradores, ao mesmo tempo que estão ao abandono dezenas de milhar de habitações antigas à espera da derrocada final para, em seu lugar, haver uma maior área edificada, densificando­‑se o espaço e, com isso, aumentar exponencialmente os lucros. Eis, por um lado, em todo o seu esplendor, para bem do capital, o endeusamento do mercado e, por outro, para mal do país, as consequências do ódio à planificação, a qual, a não ter sido riscada da Constituição e a ter sido concretizada, teria contribuído para a existência de um outro País: mais equilibrado, mais coeso, mais justo.

3 – AS REGIÕES COM MAIOR ATRACÇÃO POPULACIONAL

No conjunto dos 18 distritos do continente assume especial relevância o que se passa nos distritos de Faro e Setúbal, aqueles que entre 2001 e 2006 mais cresceram, percentualmente, em termos de população residente: cerca de 6,7% e 7,3%, respectivamente. Se neste último distrito desagregarmos a parte peninsular da parte do território inserido no Litoral Alentejano, aquela percentagem ainda será maior. É preciso, pois, estarmos atentos ao distrito de Setúbal, cuja população tenderá a aumentar, devido aos previstos investimentos no novo aeroporto, no TGV, nos megalómanos núcleos turísticos a implementar entre Tróia e Sines e na instalação de importantes centros logísticos, contribuindo para que o distrito de Setúbal passe, no País, a ocupar o 3.º lugar em termos de habitantes. Tal aumento acarreta, obviamente, consequências no plano dos serviços públicos, designadamente nas escolas, creches, centros de saúde, hospitais, lares, centros de dia, nas forças de segurança e tribunais. O caso do prometido hospital a localizar no concelho do Seixal é paradigmático de como os governos do bloco central não compaginam a evolução do número de pessoas com as adequadas infra­‑estruturas sociais, ou seja, o Poder que contribui para a desertificação do interior é o mesmo que não compatibiliza as funções sociais do Estado com o crescimento populacional dos concelhos limítrofes de Lisboa e Porto. Para se perceber a omissão do Estado naquilo que devia ser uma preocupação de adequar a natureza e a qualidade das instituições públicas à realidade demográfica, nada melhor do que salientar o caso do Hospital Garcia de Orta, em Almada. O âmbito deste hospital abrangia, em 1991, os 295.941 habitantes dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra. Em 2006 essa população cifrou-se em 384.749, ou seja, houve neste lapso de tempo um crescimento de residentes na ordem dos 30%. As estruturas hospitalares também cresceram 30%?

terça-feira, 11 de março de 2008

SÁBADO no Club


Alteração no concerto de Sábado - tal como antes anunciado - Mantem-se a conversa sobre ANTÓNIO FERREIRA DE JESUS e o benefitt nesse dia para edições em torno da situação das prisões em Portugal... Apareçe e APOIA!

Finlandeses à solta esta Quinta-Feira


Esta Quinta pelas 21.00 os finlandeses PART TIME KILLER no Club...
Punk-Rock melódico da Finlândia
www.myspace.com/parttimekiller

Demolições de casas na periferia de Lisboa


Azinhaga dos Besouros em Agosto de 2006 (Amadora), Alto da Damaia em Fevereiro de 2007 (Amadora) e recentemente o Bairro Fim do Mundo em Janeiro de 2008 (Cascais) são bairros de barracas sujeitos a demolições de habitações sem realojamento.Poderíamos também citar o bairro da Quinta da Serra (Loures), Quinta da Vitória (Loures), o Bairro das Marianas (Carcavelos), o Bairro do Talude (Unhos)…bairros chamados “clandestinos”, ameaçados todos os dias de destruição por parte das Câmaras dos concelhos à volta de Lisboa. O esquema é geralmente o mesmo: imigrantes, que não podem alugar apartamentos com rendas inacessíveis, são obrigados a encontrar soluções alternativas, e relegados para bairros de barracas nas periferias das grandes cidades; até que estes terrenos, alguns deles ocupados há dezenas de anos, são alvo de pressões financeiras.De uma situação que convinha a todos, da notável política do “deixa andar” das Câmaras Municipais, passamos de repente a uma situação de urgência para destruir estes bairros, perante a necessidade de implantação de novos projectos imobiliários. As primeiras habitações destruídas são dos homens solteiros, depois das outras famílias, com um simples aviso colocado na porta.Uma grande parte dos habitantes são excluídos do PER, Programa Especial de Realojamento, aparecido em 1993, e são expulsos sem quaisquer alternativas, como actualmente as famílias do Bairro do Fim do Mundo, desalojadas para permitir a construção de um centro Paroquial Património dos Pobres… A crise do alojamento em Portugal é generalizada, crise muito mais qualitativa que quantitativa; mas as primeiras populações atingidas são sempre as mais carentes, os imigrantes. Em 2005, os habitantes dos bairros para demolição, apoiados pela associação Solidariedade Imigrante, iniciaram acções de resistência para lutar contra essas situações inaceitáveis. Nasceu o grupo DAH – Direito à Habitação.Em 2006, foi formada a Plataforma Artigo 65 – Habitação para todos, que é uma rede de cidadãos e associações, profissionais e cívicas, que se juntou às comissões de moradores que lutam pela aplicação deste direito fundamental que é o Direito à Habitação.Para mais informações:Plataforma Artigo 65- www.plataformaartigo65.orgDireito à Habitação (DAH-Solim)- www.moramosca.wordpress.com

Manifestação em Londres contra a Exxon


Na quarta-feira dia 4 de Março, vários deputados britânicos encabeçaram uma manifestação em Londres contra a petrolífera norte-americana Exxon Mobil, que acusaram de ter “uma motivação política” no seu litígio contra a companhia estatal venezuelana Petróleos de Venezuela (Pdvsa)
A Exxon Mobil e a Pdvsa estão envolvidas numa luta nesse tribunal depois da companhia norte-americana ter conseguido que uma outra instância judicial britânica congelasse os activos internacionais da empresa venezuelana por 12 mil milhões de dólares, a fim de assegurar o eventual pagamento de uma indemnização pela nacionalização de um projecto seu na Venezuela.
Em 2006, a Exxon rejeitou a entrada no sistema de “empresas mistas” que, por ordem constitucional, rege o negócio petrolífero na Venezuela, e com o qual se abriu um processo de arbitragem para dirimir uma possível compensação.
No entanto, a multinacional optou também pela via judicial, e ainda por cima num país alheio ao litígio como éo caso do Reino Unido, o que levou o governo venezuelano a declarar que a empresa pretende “danificar a imagem da Pdvsa no mundo”.
“Estamos muito preocupados por uma multinacional como a Exxon tentar ameaçar a independência e soberania do Estado venezuelano” para dispor dos seus recursos naturais, denunciou hoje o presidente do grupo parlamentar Amigos da Venezuela, Colin Burgon.
A Exxon pretende “perturbar a economia venezuelana e prejudicar o governo”, porque “as multinacionais não gostam que ninguém lhes diga o que têm de fazer”, como fez o Estado venezuelano.
Tanto Burgon como Keith Sonnet, subsecretário geral do importante sindicato Unison, também presente no protesto, acreditam que por trás da estratégia da Exxon há “uma motivação política”, já que a petrolífera “tem uma larga história de vinculação com George W. Bush”.
Pablo Roldán, da Tirem As Mãos da Venezuela (do Reino Unido) denunciou que a Exxon Móbil está a tentar minar a vontade revolucionária do povo bolivariano e a soberania da Venezuela com métodos delinquentes, usando a intimidação e as suas influências dentro dos tribunais.”
Finalmente, os organizadores do protesto, na qual participaram várias dezenas de pessoas, entregaram uma declaração de apoio com assinaturas de personalidades britânicas ao ministro conselheiro da Embaixada da Venezuela em Londres, Félix Plasencia-González, que agradeceu “a solidariedade do povo britânico”.
Traduzido a partir de: http://rebelion.org/noticia.php?id=64244

terça-feira, 4 de março de 2008

Split Tempos de Revolta/Disgraça.



Já saio o split que junta as 2 bandas de Ferreira do Alentejo, Tempos de Revolta/Disgraça.

Tempos de Revolta já acabaram e Disgraça nao se sabe!

Por isso foi feito este registo D.I.Y., contem algumas musicas de ambas as bandas e um cplip de Disgraça.

Se quiserem adequerir, escrevam para Crisesocial@gmail.com.

Concertos no KylaKancra, novo espaço okupado


Novo espaço okupado em setúbalKyläkancraDomingo, 09 de Marçoa partir das 17hConcertos com:Familea Miranda (Chile)LobsterMojo & the Maggots2semicolcheiasinvertidasSafety Matchese Riddim & Culture SoundsystemDivulga e Aparece!Em defesa dos espaços okupados.

Cinema no Club Aljustrelense


[Lisboa] Encontro/Conversa "A prostituição e o direito à maternidade"



Dia 8 de Março de 2008 - Dia Internacional da Mulher Encontro – Conversa sobre: A prostituição e o direito à maternidade Na igreja dos Anjos às 16h Desde 2005 que o cem - centro em movimento trabalha com a obra social das Irmãs Oblatas no âmbito dos seus projectos socio-artísticos com a comunidade. Depois de dois anos de aulas regulares de dança a um grupo de mulheres com idades entre os 30 e os 60 anos e histórias de vida que passam pela prostituição de rua e a toxicodependência, houve a possibilidade de criar colectivamente um pequeno filme sobre estas experiências. Deste primeiro filme feito no ano passado - aulas de dança cortadas ao meio, metade movimento/metade filmagens: câmaras nas mãos das mulheres, assuntos discutidos em conjunto “Concorda com a legalização da prostituição?” ou “O nosso bairro (Anjos) visto por nós...”, reflexão colectiva sobre o tipo de montagem – nasceu a ideia de continuar e de se fazer um novo filme desta vez com mais tempo e melhores condições. Em 2008 o projecto continua com aulas semanais ou bissemanais (consoante a disponibilidade das mulheres) e actualmente está a fazer-se um novo filme com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Tendo visto o filme anterior, o Padre dos Anjos disponibilizou a sala de convívio desta igreja (que se situa num dos largos com mais toxicodependentes e sem-abrigo de Lisboa, mesmo em frente da sopa dos pobres) para se projectar o filme e mostrou-se disponível para colaborações futuras. É neste contexto que no dia 8, dia da mulher, vai haver um encontro – conversa sobre A prostituição e o direito à maternidade, tema escolhido em conjunto sobre o qual ao longo do último mês se têm filmado depoimentos e histórias pessoais a apresentar. Trata-se de abordar as dificuldades que muitas mães com situações de vida complicadas enfrentam para ficarem com os seus filhos uma vez que, à falta de apoios sustentados para estas mulheres (apoios pessoais a terem em conta a história de vida de cada uma, centros de apoio a mulheres, apoio à habitação – uma vez que muitas vezes é invocada a falta de condições das casas, leis de legalização menos rígidas, leis de adopção menos complicadas...), há tendência a “fichar” as crianças à nascença (no hospital) para um seu imediato ou futuro internamento em instituições especializadas onde muitas vezes as condições de vida também não são as melhores. No grupo de 11 mulheres com que actualmente o cem em conjunto com a Obra Social das Irmãs Oblatas está a trabalhar há vários casos em que ter um filho se torna praticamente um conflito (expressão utilizada por uma das Irmãs que acompanha há já vários anos estas histórias de vida), conflito da mãe sem condições com a criança que tem de cuidar e para a qual tem de arranjar dinheiro, conflito da mãe com a situação complicada em que se encontra (familiar, psicológica, de abuso de substâncias, etc.), conflito da mãe com a polícia e as assistentes sociais mas sobretudo conflito da mãe com o medo de que lhe tirem a criança e com a sua própria impotência. Segundo as Irmãs Oblatas o importante é compreender e estar disponível em vez de rejeitar, afastar para o lado e reprimir. Para o cem - projecto Ir, trata-se de fazer em conjunto, o que até agora tem acontecido.

Angola e Nigéria fazem desaparecer o preso politico Henry Okah

Desde 3 de Setembro de 2007 que Henry Okah, um jovem e respeitado dirigente da luta no Delta do Níger também conhecido por “jogador silencioso”, está preso em Angola onde foi detido quando regressava à Nigéria procedente da África do Sul. O governo Angolano, provavelmente a pedido do governo Nigeriano e das multinacionais do petróleo operando na Nigéria, deteve Okah e o seu amigo e companheiro de viagem (Capitão Edward Atatah) com pretextos duvidosos. Estes incluem a posse de “livros incriminadores”, corrida ao armamento e apoio a tentativa de golpe de estado na Guiné Equatorial. Devido ao absurdo dos casos fabricados, as acusações ficaram fora dos tribunais angolanos.

Depois de cinco meses nas prisões angolanas, onde os dois foram torturados e lhes foi negado o acesso a advogado, acredita-se que foram extraditados secreta e ilegalmente para a Nigéria em 14 de Fevereiro de 2008. Neste momento o paradeiro de ambos é desconhecido. As tentativas recentes dos representantes legais, para localizar Okah e o seu companheiro, são recusadas pelo governo Nigeriano e teme-se o pior. O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND) emitiu a 29 de Fevereiro um apelo à Associação de Advogados da Nigéria e à Comunidade Internacional para intervirem e obrigarem o relutante governo da Nigéria a respeitar e fazer cumprir a lei. O grupo ameaçou de represálias o governo, os militares e as instalações de exploração petrolífera caso não seja feita a prova de vida de Okah. Os advogados que representam os dois homens vão apresentar uma queixa contra o governo Nigeriano no Supremo Tribunal Federal em Abuja.

O irmão de Henry Okah apresentou as cartas, desviadas do interior da prisão angolana, escritas antes da deportação ilegal de Okah e Atatah para a Nigéria. Carta de Henry Okah http://nyc.indymedia.org/media/2008/02//95121.pdf Carta do Capt. Edward Atatah http://www.phillyimc.org/en/node/66087 Fontes: Comunicados do MEND: http://www.phillyimc.org/en/2007/09/42421.shtml tradução de agualva artigo publicado em: www.indymedia.org

O Peixe Morcego Vulcânico Cego