Mais de 30 homens armados com metralhadoras automáticas invadiram no inicio deste mês as casas de 1.061 famílias em uma ocupação perto do bairro Bahia Velha, Acre. Pertences e pessoas foram atirados ao descampado. A tropa de elite cumpriu uma ordem de reintegração de posse expedida pelo juiz Luiz Vitório Camolez, que reconheceu a propriedade da área para a família de Otília Alves de Souza e 13 herdeiros. Vários lotes, porém, já haviam sido vendidos por alguns herdeiros, mas mesmo assim a determinação judicial exigiu a desocupação imediata das terras. Houve resistência dos moradores e muita violência. Uma pessoa foi presa, quatro ficaram feridas sem gravidade e houve ameaças de morte.
Funcionários da Imobiliária Ipê, que teria comprado lotes na região de um dos herdeiros, também ajudaram na demolição dos barracos. Os ocupantes protestaram e foram agredidos pela "tropa de choque". "É um absurdo o que está acontecendo, eles fazem isso porque nós somos pobres e não temos como nos defender; de manhã, quando a polícia chegou, um dos agentes me deu uma 'gravata' e me atirou no chão, me deixando sem ar.", reclama Deuzirene Araújo, presidente da associação de moradores criada exatamente para tentar resolver o assunto pacificamente, na negociação com os herdeiros. Segundo ela própria, os proprietários se negaram a negociar diretamente com os posseiros, preferiram que a negociação fosse feita com a Imobiliária Ipê. A área em questão tem cerca de 65 hectares e está ocupada há mais de seis meses.
Funcionários da Imobiliária Ipê, que teria comprado lotes na região de um dos herdeiros, também ajudaram na demolição dos barracos. Os ocupantes protestaram e foram agredidos pela "tropa de choque". "É um absurdo o que está acontecendo, eles fazem isso porque nós somos pobres e não temos como nos defender; de manhã, quando a polícia chegou, um dos agentes me deu uma 'gravata' e me atirou no chão, me deixando sem ar.", reclama Deuzirene Araújo, presidente da associação de moradores criada exatamente para tentar resolver o assunto pacificamente, na negociação com os herdeiros. Segundo ela própria, os proprietários se negaram a negociar diretamente com os posseiros, preferiram que a negociação fosse feita com a Imobiliária Ipê. A área em questão tem cerca de 65 hectares e está ocupada há mais de seis meses.
Em uma ação denunciada pela associação como ilegal, o governo do Estado mandou catalogar as famílias que moram no local há mais de 10 anos, mas apenas 54 foram contempladas. De acordo com a Lei de Usucapião o direito à posse é garantido para as pessoas que moram na mesma propriedade há cinco anos. A secretária de Movimentos Sociais da prefeitura, Socorro Lima, disse que as famílias 'comprovadamente em situação de risco social' e que moravam na ocupação serão encaminhadas a programas de assistência à habitação do município. De acordo com a associação, porém, essas famílias estão sendo levadas a pensões e hospedarias de Rio Branco sem qualquer garantia ou informação acerca do pagamento do aluguel. No transporte para o 'novo lar', feito de forma brusca e improvisado em uma caçamba, vários perderam móveis e até se machucaram.
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