segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Saudita estuprada por gangue é condenada a 200 chibatadas

Mulher saudita estuprada por uma gangue é condenada a 200 chibatadas e seis meses de prisão por infringir as leis de segregação por sexo do país.
Uma corte de apelação na Arábia Saudita condenou uma mulher estuprada por uma gangue a 200 chibatadas e seis meses de prisão por infringir as leis de segregação por sexo do país. A mulher, 19, parte da comunidade xiita, foi estuprada 14 vezes durante o ataque de uma gangue na região leste do país. Inicialmente, ela havia sido condenada a 90 chibatadas por violar as leis do país que proíbem qualquer forma de associação entre homens e mulheres não relacionados entre si. Ela tinha estado no carro de um homem desconhecido durante o ataque. Quando a vítima apelou à Justiça, os juízes encarregados do caso afirmaram que ela teria tentado usar a mídia para influenciar a decisão da corte. Eles decidiram então dobrar a pena e condenar a vítima à prisão. Os juízes também dobraram a pena dos estupradores - originalmente de cinco anos. Segundo os jornais sauditas, o estupro aconteceu há um ano e meio numa província do leste do país. Sete homens da maioria sunita do país foram considerados culpados pelo estupro e condenados a penas de um a cinco anos. As penas foram dobradas depois do apelo, mesmo assim foram consideradas brandas - o país prevê pena de morte para estupradores. Os jornais sauditas citaram a declaração de um oficial que afirmou que os juízes decidiram punir a vítima porque ela teria tentado influenciar o poder judiciário pela mídia. O advogado da vítima foi suspenso do caso, teve sua licença confiscada e enfrenta processo disciplinar.

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